CAPÍTULO 32

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              MATTEO VALENTINI

Quando eu vi o Lorenzo com os braços em torno da Emma eu só queria tirar a minha arma é atirar nele. Não queria a mão de nenhum outro homem nela sem ser as minhas, ela era minha, seu corpo pertencia a mim. Quando ele chegou perto de mim e disse que ela estava chorando por causa da mãe, tudo que eu estava sentindo sumiu, comecei a sentir algo que não sabia, mas não estava nem um pouco feliz com o Lorenzo.

Estava no escritório resolvendo umas coisas pendentes sobre uns carregamentos de armas quando Lorenzo e Santiago entram. Continuo olhando pra tela do computador conferindo alguns números.

— Matteo.— Lorenzo me chama.
O olho arqueando a sobrancelha.

— Temos um probleminha.

— Probleminha?— retruco já inquieto.

— Um contêiner nosso foi extraviado.

— Um contêiner de armas — Santiago informa.

— Quem? Quem extraviou a porra do meu contêiner?

— Parece que foi os filhos da puta dos Albaneses. Lorenzo diz com raiva.

 — Essa armas estão avaliadas em milhares de dólares. Elas tinham que chegar ao porto de Los Angeles amanhã.
Berro furioso.

— Nós sabemos Matteo.

— E por que caralhos, não estamos atrás desses malditos?
Ignoro Lorenzo.

Passo as mãos nervoso nos cabelos.

— Já coloquei homens pra resolver isso.

— Quero saber se foram os Albaneses pra ontem Santiago.

— E se foram eles, oque você vai fazer.
Lorenzo indaga.

— Vou acabar com Aleksander, e vou tomar a Albânia pra mim.
Um sorriso surge no rosto do Lorenzo.

— Vou cuidar disso pessoalmente. Santiago diz e sai da sala.

Lorenzo se senta na poltrona de frente para mim.

— Deveria ter tomado a Albânia da última vez.

— A Albânia não é um território que eu queria no momento. Tenho prioridades Lorenzo, sou o Don, tenho que tomar decisões pro bem da organização no momento, e naquele momento a Albânia não era uma a requisição com muita importância.

— Mas continua sendo mais um território para ‘Ndrangheta.

Respiro fundo me encostado na poltrona.

— Você está lembrando que é aniversário do exibido do nosso tio né?
      
Nicolo era um tanto extravagante para festa, suas festas de aniversário eram conhecidas pelo luxo, e pelo número exorbitante de euro que ele gasta nessas festas.
Pessoas famosas, influentes da alta sociedade eram convidadas, políticos, magnatas, príncipes de outros países. Nossa família era importante, o sobrenome Valentini era muito importante na Itália, e fora dela também. Todos pensavam que nossa riqueza vinha das nossas empresas multibilionária, um legado de família, que foi passada de geração em geração. Uma empresa de pedras preciosas, pedras raras. Exportamos pra todo mundo, joalherias famosas compram conosco. Tiffany & Co, Cartier, Harry Winston, Buccellati, BVLGARI, Piaget, Van Cleef & Arpels são nosso clientes. Mas eu queria ter algo só meu, então decidi abrir minha própria empresa junto com o Lorenzo.

— Odeio essas festas.

— São interessantes — Ele sorrir.

— Você passa a noite com o pau enfiado em um buraco diferente.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora