CAPÍTULO 69

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                 EMMA VALENTINI


Eu não estava acreditando que estava em Verona. A cada lugar que eu passava eu me perguntava se minha mãe já tinha passado. Queria saber ao certo onde ela morou, seria incrível ver a casa aonde ela cresceu.

— Amanhã temos um jantar para ir.
Matteo diz.

Estávamos indo para Teatro Filarmônico.

— É um jantar de negócios?

— Não. O Capo daqui nos convidou para jantar.
Assentir.

— Cada cidade que te pertence tem um Capo?
Questiono.

— Sim. Eles cuidam da cidade.

— Então, Nova Iorque também tem.

— Agora sim.

— Antigamente não tinha?

— Eu fui até Nova Iorque porque descobri que umas pessoas estavam me roubando. E entre elas o Capo, na verdade, descobri depois que vim embora.

— E você mandou matar ele?

— Sim. Ninguém me trai e fica vivo. Ainda mais uns da minha confiança. Mas agora tem uma pessoa que eu sei que não irá me trair responsável pela cidade.

Não disse mais nada, o carro tinha parado em frente ao Teatro.

Saímos do carro e Matteo pegou a minha mão, e entramos no Teatro. Ficamos no camarote, tinha uma visão perfeita do palco. Eu estava eufórica, sempre quis ir ao um teatro, e agora estou, e estou no camarote.

A plateia estava se acomodando, as luzes começam a diminuir, as pessoas se silenciaram.

A cortina se abre e revela um palco deslumbrante. Uma orquestra enorme. Eles começaram com a quinta sinfonia de Beethoven. Foi lindo, eu fiquei encantada.

Mas o que me fez quase chorar foi quando eles tocaram,  River Flows in You de Yiruma.
Suspirei.

— Foi lindo — Digo.
A plateia explode em aplausos.

— Eu amei cada segundo. Foi simplesmente incrível, obrigada por me trazer — Lhe dou um selinho.
Ele aprofundar mais o beij
o.
— Sabia que você ia gosta.

Depois fomos jantar em um restaurante com a comida maravilhosa, a noite foi inesquecível.
                     
                          ☆☆☆☆☆

Hoje iríamos no jantar na casa do Capo. Por mim eu não iria, mas fazer o quê né. Todos queriam me conhecer, imagino a quantidade de pessoas estará lá.

O nosso dia foi incrível, conheci a casa de Romeu e Julieta, conheci castelos....foi maravilhoso o passeio, Matteo me mostrou vários lugares.
Agora estou aqui com vontade de ir pra cama e dormir.
Tem três vestidos na cama para mim escolher, mas não consegui me decidir até agora.

— A essa hora o vestido teria que estar em seu corpo não na cama — Matteo diz entrando no quarto.
Ele estava lindo como sempre.

Viro para ele fazendo um bico.

— Eu não sei qual usar. Não quero ir com uma roupa não boa o bastante. Vejo como as mulheres se vestem, são impecáveis.

Roupas só luxuosas, para festa o jantares então.

— Você ficaria linda com um vestido qualquer. Neste momento você está perfeita.
Eu estava somente de calcinha e sutiã.

— Matteo....

Ele foi até a cama e pegou o vestido preto longo, com uma manga só longa, com uma fenda na perna esquerda.

— Gosto quando você usa preto.

Com esse vestido não daria para usar o sutiã, então o tiro.
Todos os meus movimentos são seguidos pelos olhos dele.
Depois que tiro o sutiã pego o vestido, Matteo vem até mim e da um beijo em cada seio meu, dando um lambida no mamilo no último seio.

— 5 minutos.
Ele dá um sorriso de lado e saí.
Cretino.

Coloco o vestido, e o sapato é saio do quarto.

Como eu disse haveria muita pessoas, parecia que Verona inteira estava ali.

— Não seria só um jantar?
Questiono Matteo dentro do carro.

— Todos estão aqui para te conhecer.
O olho aflita.

Não queria conhecê-los, eles iriam me olha como todos os outros.

— Vou te lembra uma coisa — Matteo disse olhando em meus olhos — Você é a porra da esposa do dono dessa cidade inteira, você é a primeira-dama da máfia. Eu controlo a vida de cada pessoa que está lá dentro, e você é minha esposa.

Ele me dá um beijo, e sai do carro. Ele da a volta e abre a porta para mim. Segurar minha cintura e sussurra em meu ouvido.

— Se alguém te incomoda, ou te tratando indevidamente, lembre essas pessoas de quem você é.

Entramos, eu entrei com a cabeça erguida, essas pessoas só esperam que você abaixe a cabeça e veja uma fraqueza sua para te comer vivo.

Todos olham para nós, com os olhos atentos em mim. Merda, eu era o centro das atenções.

— Matteo!

Um homem de 50 anos alto forte, com cabelos loiros com fios grisalhos, e olhos castanhos escuros veio até nós.

— Antônio — Matteo aperta sua mão.

— Essa deve ser sua esposa. Linda, meus parabéns, aos dois.
Ele estende sua mão para mim.

— Antônio Negri. É um prazer conhecê-la, e tê-la aqui.

— O prazer é meu. E obrigada pelo convite — Lhe dou um sorriso.

— Encantadora Matteo.

Sorrio e olho para Matteo, que está me olhando.

— Sim, ela é.

As pessoas começaram a vim até nós, diferente das de Roma, eles me tratam muito bem, pessoas muito receptivas.
O jantar/festa estava com um clima muito bom. Matteo estava com Antônio e outros dois homens, eu estava conversando com Mary, ela era filha do Antônio, era uma pessoa legal. Sua mãe morreu em seu parto, Antônio e seu irmão mais velho Alec cuidou dela.

— Eu fiquei surpresa em sabe que Matteo tinha casado.
Ela diz.

— Todos ficaram, até eu — Rimos.

— Então vou te conta um pouco daqui, das fofocas.

Ela começa a contar várias coisas, os meus olhos só vão se abrindo em espanto.

— Aquela é Alessa, uma vaca. A puta de Verona.

Ela aponta para uma garota com a mesma idade da minha, com cabelos ruivos lindos, que não tirava os olhos do Matteo.

— Aquele e o Etorre Vitali, ele era o Capo, mas ele passou o cargo para o meu pai. Ele disse que estava muito velho, então meu pai tomou o seu lugar. Isso foi na época do pai do Matteo. Etorre agora e o consigliere, mas ele é uma lenda, todos o respeita.

Etorre era um homem bonito para sua idade, ele tinha uns 65 anos.

— E a família dele?

— A esposa e a filha morreram. Foi triste, só ficou ele é o filho, que se casou faz tempo, e agora mora em Nova Iorque.

Fiquei conversando mais um pouco com Mary, ela se levantou para ir ao banheiro, então fui até Matteo. Fui apresentada a Etorre, ele só deu um pequeno aceno com a cabeça para mim. Ele era muito sério, e calado.

Ele ficou me encarando por um tempo, e depois saiu de perto de nós.

— Etorre está atrás dele, está monitorando ele — Antônio diz.

— Sabe extremamente aonde ele está?
Matteo questiona.

— Agora ele sumiu. Pode estar aprontado algo.

— Agora que eu tirei o passatempo dele. Deve estar aprontando outra coisa. Depois vou conversar com ele, quero saber o que ele sabe.

Eu não estava intendendo absolutamente nada.

— Rafaello está quieto de mais, não acha?

— Para o bem dele é melhor continuar assim.

— Mas ele não vai.

— Conto com isso — Matteo diz com algo na voz que me fez estremecer.

Depois de um tempo vou ao banheiro, e no caminho acabo me esbarrando em Etorre.

— Perdão — Digo.
Ele assentiu.

Lhe dou um sorriso e saio.

— Sra. Valentini!
Olho para trás.

— Sim.

— Tem belos olhos — Ele dá um pequeno sorriso e me dá as costas.

Fico parada por um tempo.

Quando começo a andar as luzes se apagam e ouço um barulho de explosão. Meu corpo todo paralisar, com medo do que está por vim

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora