CAPÍTULO 42

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               MATTEO VALENTINI

Tive que viajar para Florença, tem alguns problemas que você mesmo tem que resolver com suas próprias mãos. Depois que atearam fogo na boate em Florença e alguns dos meus funcionários se feriram eu mesmo tinha que ir pessoalmente. Lorenzo também queria ir, mas o deixei para proteger a Emma, não queria que ela ficasse sem um de nós dois por perto.
Estava a um dia sem ver a Emma, e já estava com um humor horrível, estava pior do que o normal por causa dela.

Como está as coisas aí?
Estava ao telefone com o Lorenzo.

— Está tudo destruído, estão reformando. As pessoas que se feriram estão se recuperando.

Não tem nenhuma pista de quem fez isso? Estou louco pra bater em uns Albaneses.

— Não encontrei ninguém até agora.

— Matteo! — Santiago me chama.

— Preciso ir.
Desligo o celular sem esperar ele falar nada.

— Conseguimos umas imagens das câmeras que estavam danificadas.

— Quero ver — Ele me entregou o celular com as imagens.

Nas filmagens vejo um homem começando o incêndio dentro do depósito aonde fica as bebidas alcoólicas. Ele conseguiu passar despercebido por estava com o uniforme de bartender.

— Quero ele agora.

— Já estão trazendo ele.
Esperamos os soldados trazer o desgraçado.

Quando ele chegou quis socar a cara dele, até arrancar a pele dele do rosto. Assim que ele entrou na sala e meu viu começou a chorar.

— Senhor Valentini, e-eu não fiz porque eu quis. Eu juro.
Ele disse desesperado.

— Mario Grassi, 26 anos trabalha aqui a 7 anos. Sem registro criminal, a fixa está limpa. Nascido aqui, nunca viajou pra fora de Florença, os pais Elisa Grassi 48 anos Paolo Grassi 56 anos, só o Paolo trabalha, como padeiro, a senhora Grassi é dona de casa, ela teve um câncer a 9 anos, fez uma cirurgia e se recuperou — Santiago fala o olhando.

O garoto nos olha boquiaberta.

— Isso é a metade do que eu sei sobre sua família, sua vida. Eu sei tudo sobre as pessoas que trabalham para mim. Mais eu estou tentando entender o motivo de você me trair, porque com toda certeza você saberia  que eu viria atrás de você.

— Eu não tive escolha. Eu nunca trairia o senhor, sempre fui um funcionário exemplar. Mas eu tenho uma namorada...

— Elena Melis. 21 anos, estão juntos a 4 anos — Digo.

— E-ela está grávida. Descobrimos recentemente, ninguém sabe, ou sabia. Um homem me ligou dizendo que queria que eu colocasse fogo aqui, eu disse não é desliguei, ele começou a ligar pra mim sem para, eu não atendia. Até um dia ele me mandou uma foto da Elena no trabalho. E começou a me mandar várias fotos dela no seu dia a dia, e me mandou os parabéns pela gravidez. Eu fiquei desesperado, ele me ligou novamente dizendo que se eu não fizesse oque ele mandou iria matar a Elena e meu filho. No outro dia um carro quase atropelou ela. E ele disse que da próxima não erraria...

— Então você ateou fogo.
Ele assentiu.

— Você em nenhum momento quis me avisar? Porque se me avisasse protegeria sua namorada e você. Eu cuido dos meus, não importa se trabalha pra mim em uma boate. Todos que trabalham para mim eu cuido.
Ele chorou mais.

— Perdão, eu fiquei desesperado não sabia oque fazer.

— Celular.

O soldado que estava o segurando pegou o celular dentro do bolso e me entregou.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora