CAPÍTULO 37

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                     EMMA FIORE

Meu corpo dói, minha cabeça latejava e meu rosto dói só de eu encosta. Quando me olho no espelho e vejo o meu rosto me lembro de tudo que eu passei, o desespero e o medo que eu senti. Aquele homem iria me violentar, nem queria saber quem eu era, não se importa com as minhas lágrimas ou com os meus nãos.
Essas pessoas não se importam com nada, com as vidas inocentes que destrói, ou matam.

— Querida?

Olho através do espelho e vejo Mariana com um olhar triste.

— Como você está?

— Me sinto suja. Com nojo de mim.
Uma lágrima escorre.

— Ei.
Ela me puxa e me abraça e eu choro.

— Você não fez nada. Não precisa se sentir assim. Aquele mostro vai pagar por ter feito isso com você.
Assenti.

— Vou tomar um banho.

— Está  bem. Qualquer coisa me chama.

Enchi a banheira e entrei. Deitei um pouco a minha cabeça e acabei adormecendo.

Acordei com a água se mexendo. Quando abri os olhos vi que era o Matteo entrando dentro da banheira.
Ele não disse nada, só fico me olhando, quando seu olhar foi pro lado esquerdo, o lado aonde levei um tapa, seu olhar endureceu.
Ele me puxou pra ele e assim que me aproximo, ele segura os meus quadris e vira o um corpo até que   minhas costas toquem o  seu peito, e as minhas pernas estejam sobre as dele.  Sinto  a rigidez do seu membro contra a minha a bunda. Suas mãos deslizam suavemente pelos meus braços até chegar os meus ombros, e da um beijo.
Suas mãos vão até a minha cintura, e sua boca até o meu pescoço e dá alguns beijos, enquanto a sua mão da minha cintura vai subindo lentamente até o meu seio. Mas ele não move sua mão, só permanecer ali parada.

— Como você está? — Ele pergunta contra o eu pescoço.

— Eu quase fui violentada, fui agredida e ele me beijou a força. Como é que você acha que eu estou?!

Digo entre os dentes, com raiva e segurando o choro.

Tento me afastar mais ele me segura no lugar, com os braços em torno de mim.

— Não. Me solta.
O empurrando, mas não adianta nada.

— Me solta.

Falo já sem força para o empurrá-lo.
Deixo minha cabeça cair contra seu peito entre soluços.

— Ele vai pagar por ter colocado a mão em você.
Ele diz baixo.

Mas com uma frieza e ódio em sua voz.

Ele me abraça, e meu choro fica mais forte, meu corpo balança.
Ele me deixa chorar em seus braços até o meu choro se sessar por completo, e eu me acalmar.

Quando tiro o meu rosto do seu peito ele agarra meu queixo e me faz olhá-lo.

— Não deveria ter te deixado sozinha. Foi erro meu, nunca mais vou te deixar sozinha. Eu prometo.

Ele beija a minha bochecha aonde uma lágrima acabou de escorre.

Suas ações me deixaram muito confusa. Não conhecia esse lado dele. Matteo cada vez mais me intriga, uma hora ele me trata como se eu fosse nada, só uma prisioneira, e tecnicamente eu sou.

                       ☆☆☆☆

Na manhã seguinte acordo sedo, estava morrendo de fome, e precisava de um remédio de dor de cabeça. A minha cabeça estava explodindo.
Fui fazer minha higiene e troquei de roupa, e desci pra comer e tomar um remédio.

— Bom dia querida. Como você está?

Marina tem sido muito importante para mim durante esse tempo, se não fosse ela nem sei oque teria acontecido comigo.

— Bem, dentro do possível. Eu estou com dor de cabeça.

— Vou buscar um remédio. Enquanto isso senta e come.
Me sentei e comecei a comer.

Depois de comer e tomar o remédio fui pra cama me deitar e acabei adormecendo.
Acordei com o Matteo acariciando meu rosto.

— Oi.
Digo lhe dando um sorriso.

— Minha mãe me pediu pra você passar a tarde com ela.

— E eu posso ir?
Ele respirou fundo.

— Sim. Agora em diante você vai ter um segurança só pra você. Aonde você for ele vai junto.

— Okay.

Ele me deu um beijo rápido e saiu.
Iria almoçar com Antonella, então fui me arrumar e desci pra conhecer o meu novo segurança.

Quando eu cheguei na sala ele estava de costas falando no celular.

— Sim senhor.
Matteo.

Com certeza Matteo esta lhe dando um monte de ordens.
Se eu espira e pra avisar ele, ou seu eu tossir, ou se minha unha quebrar.
Reviro os olhos e espero ele terminar a ligação.

Quando ele terminar a ligação chego mais perto.

— Oi — Digo chamado a sua atenção.
Quando ele se vira o meu coração começou a bater rapidamente e meus olhos se enche de lágrimas.

— Nathan!?
Sussurro.

Ele fica parado me olhando pasmo.

— Nathan.

Corro até ele e me jogo em seus braços chorando. Ele me abraça de volta.

— Emy.

Depois de um tempo abraçados eu me afasto só um pouco para ver seu rosto.

Matteo Valentini - Máfia 'Ndrangheta Onde histórias criam vida. Descubra agora