Ano 500. Planeta Emiós. Morga tem 12 anos, cabelos curtos - negros como piche -, o rosto salteado com sardas roxas sobre a pele branca e olhos azuis. Ela vive em uma casa escondida na floresta com Eremia - a Bramante Branca dos poderosos achar, gove...
— Algumas vezes, para ajudar Gardênio a trazer as mercadorias e as caixas de Senthia. Mas nunca entramos nas torres — explicaram os dois garotos.
Drima, ao contrário, jamais havia visto Áurea Nyos, e permanecia imóvel olhando a cidade com um olhar assustado.
Morga abriu a quarta portinhola do Obolho e pegou o Ciodalo, enviou imediatamente uma mensagem avisando Eremia de sua chegada e do fato de que não estava sozinha.
Dentro de poucos segundos, a Bramante respondeu:
Sei que você está com Drima, Yhari, Horp e seus Piróssios. O Pramago Lefório chegou aqui a Áurea Nyos e informou-nos acerca da sua fuga. Eles os estão caçando. Como é que vocês conseguiram chegar até aqui? Agora, afastem-se do portão e não se deixem ver pelas Sentinelas. As de Okrad são as piores. Caminhem para o lado esquerdo, encontrarão uma fileira de arbustos nevados. Parem ali e esperem-me.
[Símbolo Desconhecido] Eremia.
Morga leu a mensagem em voz alta.
— Eu sabia que eles iam nos procurar logo! Alguém nos dedurou — comentou Yhari, cobrindo com as mãos a perna que já estava semicongelada.
— Lumira! Seguramente foi ela! Maldita espiã! — Drima jamais ficara tão aborrecida.
Os quatro amigos seguiram para a esquerda; Yhari sentia o frio subir pelo rasgão do macacão e apoiava-se em Horp, afundando as botas anfíbias na neve profunda. Depois de percorrerem uma centena de metros, viram os arbustos. Wapi e Cilla enfiaram os bicos no gelo para procurar um tufo de Equisetum Arvense, pois estavam com fome e bastante cansados, e não haviam dormido por muitas horas.
O sol estava abandonando o céu e a noite caía, ameaçadora: nada deixava supor que teriam alguma chance de repousar.
Fim da Segunda Parte.
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