6. O Mapa e as Poças de Esmerilha - Décima Terceira Parte.

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— Vamos trabalhar com aqueles garotos? — perguntou Morga, pondo as luvas.

— Sim, dez Dakis estão escalados para cada Poça. Mas não se preocupe, fique ao meu lado e faça o que eu estiver fazendo. Não há como errar — respondeu Yhari, cobrindo a cabeça com o capucho do macacão.

— Mas vocês viram quem está ali? — Horp estremeceu.

Drima levantou os olhos cor-de-rosa e, abrindo os braços, lamentou:
— Lumira e Reful. Era evidente que eles estariam ali. Ela mora comigo, e nossa casa está entre as que foram escolhidas para os turnos desta noite. O mesmo se aplica a Reful, que também foi selecionado.

Assim que os quatro amigos chegaram, um U'ndário aproximou-se e verificou os seus nomes e o número das casas para marcar a presença na folha de serviço.

Lumira não perdeu tempo.

— Eis a rica Daki no trabalho. Você já leu o livro que pegou na lojinha?

Morga fulminou-a com o olhar.

— Aposto que você nem sequer sabe ler.

— Você quer brigar? — retrucou a antipática Daki agitando as mãos com as grossas luvas verdes.

Uma criatura de fumaça apareceu, assustando as duas garotinhas, que baixaram a cabeça e se calaram.

Quando Lefório levantou o braço esquerdo, os U'ndários anunciaram o início dos trabalhos, gritando:
— Inserir tubos. Proceder rapidamente.

As cabeças ovoides das Mecânias Fluantes começaram a girar, e os Dakis seguraram os tubos firmemente mergulhados nas poças. Morga observava aquele monstruoso robô de 4 metros de altura. Da sua boca metálica desciam numerosos tubos flexíveis, que pareciam braços desarticulados. O cheiro acre e ácido que emanava do Masmi era insuportável e chegava a provocar ânsia de vômito e, de vez em quando, algum garotinho afastava-se para respirar e oxigenar os pulmões.

Fim da Décima Terceira Parte.

Morga - A Maga do VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora