9. O Conciliábulo dos Fhar - Última Parte.

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A Bramante respondeu sem sequer se virar:
— Obrigada, mas eu tenho certeza de que você também está precisando.

Enquanto todos saíam da Megorá, Okrad começou a falar com Smartika, logo ao lado da grade.

Morga escutava, curiosa.

— Eu mesmo vou interrogar Animea. Percebo que o anel tem alguma coisa a ver com o vírus. E depois, a visão que Lefório teve de uma chave e um pingente de cobre me fez entender que a Imperfeita está utilizando objetos mágicos. Serei inclemente! — O Grão-Medônio estava decidido a desentocar a Imperfeita, e nada poderia contrariar sua vontade.

— Claro, devemos usar todos os meios. A profecia não pode ser verdade, sempre a negamos. Mas se uma Daki com o poder de nos destruir tiver nascido aqui em Emiós, vamos colocar todas as nossas artes mágicas em ação para derrotá-la. — Smartika retirou-se, deixando Okrad ao lado do afresco.

— Eu esperarei aqui. Vocês dois também podem ir. — O Grão-Medônio despediu Serunte e Eremia.

— Você fica? — perguntou a Bramante, surpresa.

— Sim, vou meditar sobre o que é preciso fazer, e eu próprio acolherei a Gestal Animea caso ela chegue antes de vocês.

Serunte olhou para a grade do afresco; deixar Okrad sozinho não era absolutamente uma boa ideia.

— Eu posso ficar aqui; talvez nós possamos tentar resolver conjuntamente o problema da listagem manchada.

Não obstante, o Grão-Medônio mostrou-se inflexível e, encostando-se cada vez mais na grade, exclamou:
— Não! Deixem-me sozinho com as minhas Sentinelas.

As duas criaturas de fumaça voaram para o seu lado e seguiram com os olhos fluorescentes a Bramante Branca e o pai de Morga, que se encaminhavam para a saída. Os dois Fhar sentiam o medo apoderar-se dos seus pensamentos. Não podiam sequer enviar uma mensagem a Morga, porque o Obolho teria apitado, despertando as suspeitas de Okrad.

A Imperfeita corria grave perigo e ninguém podia ajudá-la.

Fim do Nono Capítulo.

Morga - A Maga do VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora