9. O Conciliábulo dos Fhar - Décima Segunda Parte.

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Morga leu a primeira página:

Ordenei às minhas duas Sentinelas que deslocassem o meu Segredo a cada cinquenta anos. Locais e esconderijos serão anotados neste diário. Somente parte do meu Segredo não está mais em minha posse, já que eu mesmo a consignei a pessoa de confiança. Por este motivo, entre os meus brancos de gesso encontra-se o único verde com a primeira, agora vazia.
Ninguém jamais deverá encontrar a Segunda e a Terceira cheias.
A única vontade é uma vida eterna sem volta.
A morte definitiva chegará com o sacrilégio.

A Imperfeita mantinha os olhos cravados na página:
— Segredo? Que segredo? Okrad confia unicamente nas Sentinelas! E o que dizer a Primeira vazia, a Segunda e a Terceira cheias?

Folheou lentamente o diário misterioso: a cada cinquenta anos, uma data e um local do planeta foram assinalados.

— Qual é o sentido disso tudo? — Morga não conseguia compreender.

Ao chegar à última página, concentrou-se, esforçando-se para descobrir que mistério o Grão-Medônio ocultava. A primeira coisa que lhe saltou aos olhos foi que aquela última página havia sido escrita no ano anterior.

233º dia – Estação Ársica – Ano 499

Sob grânulos leves, distante das ondas,
A Segunda repousa sem perigo.
Sob seixos pesados, distante das ondas,
A Terceira repousa no silêncio.

[Símbolo Desconhecido] Okrad.

Fim da Décima Segunda Parte.

Fim da Décima Segunda Parte

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Morga - A Maga do VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora