***Kenina***
Saio dos meus pensamentos apenas quando a licana me joga contra a cama e manda fazer cara de dor, nem deu tempo de perguntar o motivo, pois O Keenam entrou no quarto enfurecido carregando aquele chicote.
Mas desta vez a licana recebeu os golpes junto comigo, já que nós duas negamos prazer a ele. Aquilo não durou muito já que alguns lobos entraram no quarto a mando do Korku, ele mesmo estava ali presente, mas não se aproximou, apenas me olhou com desprezo e fechou a porta a trancando em seguida.
— Que merda — ela começa a reclamar assim que confere a porta, esse lado resmungona dela era novidade e sempre me arrancava algumas risadas — Não enche Kenina, odeio ficar presa.
— Eu te entendo completamente — ela me devolve o olhar de pena — Relaxa, já acostumei.
— Como ninguém percebia? — ela se senta no chão encostada na porta enquanto cruzava as pernas.
— Não sei, o Keenam sempre se mostrou um monstro, a brincadeira preferida era me deixar presa naquele porão e quando a Annesi perguntava ele falava que era brincadeira de se esconder.
— Me desculpa, mas não gostava dela, loba cretina.
Ali tinha muito mais do que eu esperava e como não tinha mais nada para fazer resolvi tirar da licana todas as informações que conseguia, consegui esconder as minhas feições de nojo e raiva que comecei a sentir por todos ali.
Ninguém nunca foi gentil comigo, mas imaginei que era a escolhida a dedo e descobri que isso era o normal deles, até mesmo a Annesi já tratou a licana de forma deplorável. No final começamos a rir de tudo isso, já que a nossa atenção estava em formas de matar cada um.
Como o esperado, ficamos ali dentro sem comida por três dias e só não passamos sede, pois tinha o banheiro ali. Assim que a porta se abriu, o Keenam deu o se show com a licana e novamente me mandou ficar parada olhando.
Após este dia eu não tive mais paz, nem para comer, dormir ou até mesmo respirar. Todos sem exceção me olhavam com um misto de raiva e medo, agora ao invés de ser chamada de aberração sou chamada de amaldiçoada.
Mas diferente do que todos pensaram, eu não liguei, apenas escutava tudo calada, sinceramente o que eles falam e fazem não é nada, eles não são ninguém, são apenas pessoas as quais ainda preciso ignorar enquanto penso em formas de devolver essa vitalidade e encontrar o quarto do meu pai.
— O que está aprontando aberração? — o Keenam me empurra contra a mesa, já que um simples toque já queima a sua mão.
— Por que não me deixa ir embora Keenam?
— E perder o meu brinquedo? — acabei soltando uma risada amarga enquanto nego com a cabeça.
— Você é um idiota — o respondo, deixando o meu nojo por ele bem evidente na minha voz.
Escuto o meu nome ser chamado, ou melhor, escuto os gritos do Keenam, mas continuo andando sem olhar para trás, não tenho medo dele, nada que venha dele vai me afetar de alguma forma e se até mesmo ele me matar eu sou grata.
A licana já tentou por diversas vezes mudar esse meu pensamento, mas no final consegui a convencer a concordar comigo e depois disso, ela não tocou mais no assunto, ainda conversamos, porém, como estou mais calada na biblioteca lendo não temos mais o que conversar.
Aqui foi o único lugar que o Keenam respeita não transando com as lobas, por falar em sexo, para ele virou um ritual me fazer buscar as lobas e depois assistir a show particular deles. Infelizmente ele sempre tinha lobas novas para usar, o que me vez revirar os olhos diversas vezes.
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A Segunda Chance do Alfa
WerewolfErdem um Lycano com sangue real e puro teve pouco tempo para desfrutar o amor de sua companheira, o motivo vou foi a ambição de alguns vampiros que manipularam bruxos com índole duvidosa para conseguir efetivar o ataque. Infelizmente a morte prematu...