Capítulo 18 - Ou livre ou morta

44 5 3
                                    

***Kenina***

Não sei quanto tempo passou, mas foi bastante tempo já que a lua ficou alta no céu e já estava baixando, a porta do banheiro do quarto estava traçada assim como o armário, então não consegui me trocar, ficando da forma como o Keenam me mandou ficar.

Começo a escutar gargalhadas no corredor e por elas já consegui perceber que o Keenam estava alterado, alguma coisa aconteceu na festa que não o agradou e agora quem vai ser punida serei eu.

— Minha querida esposa — a sua voz era cortante assim como o seu olhar na minha direção — Hora de nos divertimos e espero que seja virgem ainda, pois se não for eu vou te cortar em vários pedaços na frente de todos.

— Não seja idiota, Keenam, você me conhece e sabe muito bem que nunca me deitei com ninguém — ele acaba rindo de forma amarga enquanto se livra dos seus sapatos, olho para a porta aberta e por alguns momentos a minha mente apenas sussurra "corre".

— Sabe — ele suspira acompanhando o meu olhar fazendo o seu sorriso crescer — Mas que esposa ingrata, quer fugir do seu maridinho? — a passos lentos ele bate a porta me fazendo pular pelo barulho — Como estava dizendo antes, por alguns anos acreditei que você servia ao meu pai, não era possível que ele te defendesse tanto.

— Nunca me deitei com ninguém...

— É MENTIRA — o seu grito rente ao meu rosto me fez engolir a saliva que nem havia na minha boca — Eu senti o seu cheiro mudar.

— Você o quê?

— Eu sou obcecado por você desde pequeno, sempre tive vontade de fazer com você o que o meu pai fazia com a minha mãe, te tratar com carinho, dar atenção, receber seus toques carinhosos e até mesmo os seus sorrisos — ele esfrega o seu nariz no meu pescoço apertando com força minha cintura — Mas depois eu conheci o outro lado, ver chorar de dor, o sangue escorrendo e ver principalmente a vida deixando os olhos delas...

— Você é louco — a sua mão vai para o meu pescoço apertando com força, mas não o suficiente para me matar, infelizmente.

— Muito inteligente da sua parte, mas não vou cair nessa — sou jogada no chão enquanto ainda procuro pelo ar que ele me impediu há poucos segundos atrás — Estou estudando a sua forma de se defender e pode ter certeza não vai funcionar comigo.

Em um segundo ele estava do outro lado do quarto e no seguinte o meu corpo foi jogado contra a parede me fazendo gemer de dor, o seu corpo colado ao meu enquanto os seus olhos brilhavam, deixando claro que ele poderia se transformar a qualquer momento.

Se tem uma coisa que aprendi esses últimos anos é nunca o provocar neste momento, afinal ele não pensa em consequências e infelizmente ele não finaliza tirando a minha vida, já tentei levar ele ao limite e quem ficou acamada e viva fui eu.

A sua boca vai para o meu pescoço enquanto ele deixava mordidas fortes que já faziam o meu sangue escorrer enquanto segurava ao último o meu grito de dor, as suas mãos não eram diferentes, não conheci um toque do Keenam até hoje que não fosse para causar dor.

Tento me soltar de alguma forma, mas em resposta ele apenas jogava o meu corpo com força contra a parede. Com a própria boca ele foi rasgando o tecido do meu vestido sem se preocupar se o seu dente estava rasgando também a minha pele.

O meu corpo começa a se defender sozinho, já que a minha mente gritava por ajuda, mesmo sabendo que ninguém iria entrar naquele quarto, mesmo que os seus gritos ecoassem por toda alcateia.

— Para com isso, Kenina — o seu o rosnado contra o meu rosto me fez arfar — Não ouse me impedir de te possuir, você é minha esposa, então faço o que eu quiser com você.

A Segunda Chance do AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora