Capítulo 59 - Não temos tempo

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***Erdem***

Com muito custo a Kenina se levantou do meu colo, nunca na minha vida que vou negar alguma coisa para ela, ainda mais depois do que senti quando ela me devolveu a vitalidade que estava com ela.

Foi através dela que senti o turbilhão de sentimentos que consegui entender os seus motivos para ir atrás da Alexia, mas algo me dizia que este encontro não foi como o planejado, não somente pelo fato de encontramos o corpo da Fidélis nos pés da montanha, existe algo a mais.

Acabei sorrindo quando a vejo apenas com a minha camiseta, ainda penso que estou sonhando, mas se for por favor não me acorde, quero ouvir e sentir que ela me ama muitas vezes ainda.

O cheiro do seu gozo ainda está forte no meu corpo e é sinceramente o melhor cheiro que já senti em toda a minha vida, só voltei a mim quando a Kenina me puxo pela mão por estar com os olhos fechados.

Abraço o seu corpo pelas costas enquanto o meu nariz se afunda nos seus cabelos até chegar no seu pescoço, o que fez a sua pele se arrepiar, estou amando ver a liberdade que o seu corpo se expressa agora.

— Os dois ainda dormem, prefere conversar onde? — a pergunto ainda esfregando o meu nariz contra a sua pele.

— No sótão, lá ninguém pode nos escutar — não era uma pergunta, porém ainda, sim, confirmei com a cabeça.

A viro de frente para a pegar no colo, mas a Kenina foi mais rápida e pulou segurando o meu pescoço enquanto as suas pernas se prenderam na minha cintura, ela estava me provocando e o melhor é que estou amando isso tudo.

— Kenina... o que seria uma advertência acabou saindo mais como um gemido, já que além dos beijos no meu pescoço ela resolveu dar mordidas por todo o local.

Até mesmo o meu licano estava rosnando pedindo por mais dos seus toques, o que no começo era apenas um traço meu, agora esse desejo e tesão que ela está sentindo é completamente dela e isso me deixa mais excitado ainda.

Tentei a todo custo me manter no controle, mas assim que chegamos no sótão não consegui mais me segurar e a beijei com desespero, os nossos corpos estavam em sincronia enquanto procurava por mais pele.

— Merda... — me afasto com tudo enquanto tentava respirar e pensar com calma, mas estava bem complicado com a imagem da Kenina sorrindo para mim ali deitada no colchão.

— Pronto, eu só queria deixar claro para mim mesma que você é meu — ela bate no colchão ao seu lado e somente quando me sentei que entendi o que ela fez, o seu sorriso apenas cresceu assim que toquei no meu pescoço.

— Realmente precisamos conversar o quanto antes.

— Se continuar me olhando assim, não vou facilitar as coisas, então pode começar a falar — a mudança do seu tom de voz e até mesmo na postura me fez sorrir.

— Não posso te marcar, onde o seu pai reinava a mistura de espécies é proibida...

— É um pouco pior — ela se joga enquanto suspira e preciso fazer um esforço enorme para não cobrir o seu corpo com o meu — Pelo que entendi, apenas o meu pai é filho de Tiamate, os demais são apenas guardiões e esses mesmos estão aprontando há muito tempo.

— Como assim? — deito ao seu lado completamente fascinado pela forma que ela organiza as informações na sua mente.

— Eles deveriam fazer a proteção de todos, mas se fecharam com a desculpa que a mistura de espécie é repugnante e que todos são inferiores.

— E você discorda completamente — mesmo não sendo uma pergunta ela confirma coma cabeça enquanto o seu olhar está distante, já sei onde essa conversa vai chegar e por isso mesmo o meu coração está se apertando.

A Segunda Chance do AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora