Capítulo 117

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***Kenina***

Os dias ali na casa da Melione foram calmos, aos poucos as criaturas foram perdendo a vergonha e começaram a nos tratar como pessoas normais, ou quase, já que eles não me chamavam pelo nome apenas por senhora.

No início, pensei que era alguma coisa comigo, mas o Erdem me mostrou que o máximo que iria ter com eles era isso, já que para eles essa formalidade era sinal de respeito e admiração. Não iria conseguir mudar essa cultura deles, então acabei aceitando.

— Está tudo perfeito — a Melione estava com lágrimas nos olhos ao ver o quarto da Durga pronto.

— Ainda não, mas vai estar quando ela estiver nos nossos braços — toco na barriga da Melione sentindo a Durga se mexer como se estivesse procurando o meu toque.

Agora estava feito e não tinha mais nenhuma desculpa, a minha irmã iria seguir a vida dela, enquanto eu seguiria a minha, sinceramente nem sei mais qual é a minha vida, já que estou correndo atrás das coisas para os outros desde que assumi o reino da Tiamate.

Claro que não deixei transparecer isso para os dois que sorriam olhando ao redor, nada mais justo do que eles tenham paz agora. Eu devo a minha vida a esses dois, principalmente a Melione que foi me buscar, mas palavras e ações nunca vão ser o suficiente para agradecer.

— Vamos para casa — a voz do Erdem próxima ao meu ouvido me causou arrepios e, quando fui na direção do Lior o Hugo chegou primeiro, o pegando no colo.

— Nós iremos com vocês — a Melione não esperou a minha resposta e passou pela porta que dava para o corredor da casa que agora era apenas minha.

Isso ainda era estranho, já que por mais que as casas estivessem interligadas, nós ainda tínhamos acesso as nossas coisas através de uma porta, mantendo assim a nossa privacidade, gostos e principalmente a nossa segurança.

Estava ainda perdida nos meus pensamentos enquanto olhava a minha casa com carinho, agora com a Mel em segurança preciso começar a seguir a minha vida e cuidar do desenvolvimento do reino, o quero mais poderoso e temido para que nada e nem ninguém se atreva a me desafiar.

— Estamos indo e vamos deixar a comida nos horários ali na varanda — não escondi a confusão quando olhei para a Melione — Deixa de ser lerda Nina, vocês nos ajudaram e agora vão ter algum tempo sozinhos antes da nossa partida, não se preocupe vamos ficar bem — eu sei que ela estava falando da Durga e do Lior, mas ainda, sim, fiquei um pouco aflita.

— Se surgir...

— Estamos sobre controle, mas eu prometo que se sentir algo errado, serei o primeiro a bater nesta porta — o Hugo tomou frente e isso me deixou mais aliviada. Eu sei que ele iria nos chamar, por mais que a Melione pedisse para não fazer.

A porta se fechou e quando percorri o olhar pela sala encontrei o Erdem jogado sobre o sofá, ele além de cansado por tudo que pedi estava completamente irritado pela atenção que recebi naquela realidade, o que ele deixou passar é que soltei alguns fios de fogo atrás de algumas oferecidas que vieram atrás dele.

Me aproximo apenas estendendo as mãos em sua direção e mesmo com um bico enorme demonstrando a sua irritação, ele aceitou. Não havíamos nos mudado oficialmente para aquela casa, mas algumas das nossas coisas já estavam por ali.

Assim que cheguei ao nosso quarto me assustei com o beijo que o Erdem começou, ele não era calmo ou apaixonado. Estava mais para uma necessidade de mostrar que eu lhe pertenço e claro que fiz questão de corresponder.

Aproveito que as suas mãos estão descendo pelo corpo para subir em seu colo, entrelaço as minhas pernas contra a sua cintura enquanto escuto ele rasgar o tecido do vestido. O seu rosnado era profundo, deixando claro o quanto ele não gostou de ver o meu corpo a mostra, já que ele havia fendas laterais que deixava pouco para a imaginação de quem me olhasse.

A Segunda Chance do AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora