Capítulo 15 - Pai ou filho, tem como piorar?

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***Kenina***

Sinceramente não sei como vou sobreviver agora, mas a coisa mais sensata a se fazer é obedecer. O fato do Babasi não ter retornado depois daquilo era a prova que não posso contar com ele para mais nada.

Agora preciso de alguma forma aprender a sumir do radar do Keenam ou ele vai acabar comigo. Não me atrevi a falar nada com ninguém aqui, estou em constante silêncio desde que acordei.

— Se sente melhor minha noiva amada? — a voz disfarçada do Keenam me fez congelar no lugar, acreditava que teria mais um tempo para me recuperar, porém, me enganei — Espero que ela não tenha dado muito trabalho, a teimosia da minha noiva é uma coisa a qual ainda vamos trabalhar — corrigindo ele vai me infernizar até que desejo a morte e ela não virá.

— Ela só é muito silenciosa, não falou com ninguém desde que o seu pai falou com ela — o Keenam não conseguiu disfarçar o sorriso com essa informação.

— Ótimo, pode nos dar licença? Preciso ajuda ela a se trocar antes de irmos — quem vê ele falando desta forma até parece que é uma pessoa boa e carinhosa, mas o olhar dele entregava o quanto ele ainda é sombrio.

— Posso ajudar se você desejar Kenina? — a enfermeira já entendeu o que estava acontecendo, não me atrevi a olhar para o Keenam sabia que ele estava transbordando de raiva.

— Não é necessário, o meu noivo deve me ajudar — forcei um sorriso, mas acabou parecendo uma careta.

Mas pelo jeito a enfermeira acreditou, já que confirmou com a cabeça e saiu fechando a porta atrás de si. Como o esperado, o Keenam rasgou a minha camisola de uma única vez, o seu olhar queimava sobre o meu corpo, mas o seu sorriso apenas cresceu quando ele apertou onde as adagas me perfuraram.

— Está sentindo assassina? — ele aperta cada vez mais me fazendo choramingar de dor enquanto um pouco de sangue começa a escorrer — Foi somente isso que aconteceu com você enquanto a minha mãe está morta, eu vou fazer você desejar a morte assassina.

— Por favor... — tento ao máximo controlar a minha voz para ela sair baixa e ceder a vontade de gritar de dor pelo seu aperto.

— Olha ela sabe ser educada — ele solta me puxando contra o seu corpo — Vou ser bem direto, a partir de hoje eu sou o seu anjo salvador, tudo o que eu disser é lei, eu sou o único que vai te tocar e se os seus olhos voltarem a brilhar por seja lá quem for quem vai me pagar é o seu corpo — ele entrelaça os dedos no meu cabelo puxando com força e me obrigando a olhar nos seus olhos.

— Sim — sussurro sentindo o aperto aumentar.

— Tenha respeito por mim, pois infelizmente vou ser obrigado a me casar e manter você ao meu lado, uma aberração que se tornou uma assassina e adivinha querida — o seu nariz percorre no meu pescoço me fazendo prender a respiração — Ele tem razão, você tem o cheiro daquela lycana, isso muito me agrada, pois vou conseguir fazer com você tudo o que faço com ela, mas de uma forma mais intensa.

— Keenam... — um puxão mais forte do meu cabelo me faz dar passos para trás e em seguida ele me joga de joelhos no chão.

— Pode ter certeza querida que vamos nos divertir muito ainda, mas agora se troque logo, pois precisamos voltar, meu pai foi para aquela reunião e quando retornar vai te encontrar sorrindo e ao meu lado.

— Sim.

Não me atrevi a falar mais nada ou apenas perguntar, já que consegui perceber que tem algo acontecendo entre os dois, mas certamente ele não irá me contar e vou ter que descobrir sozinha o que aconteceu, afinal posso usar isso contra ele também.

A Segunda Chance do AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora