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Você chegou em casa apressada, vestida para o jantar com Fernanda, sua namorada. Mas antes de sair, o telefone tocou, e o nome do seu cunhado apareceu na tela.
“S/N, desculpa ligar agora, mas tô na boate com a sua irmã e… olha, a Eduarda tá aqui muito bêbada. Tem uns caras tentando se aproveitar da situação. Acho que seria bom você vir buscá-la.”
Você suspirou, tentando ignorar a angústia que começava a crescer. Olhou para o relógio e viu que, se fosse rápido, talvez desse tempo de pegar Duda e ainda encontrar Fernanda para o jantar.
"Tá, segura ela aí, eu tô indo."
Quando chegou à boate, viu Eduarda apoiada em uma mesa, claramente mal conseguindo se equilibrar. Ela abriu um sorriso bobo ao te ver e ergueu o braço.
"S/N! Minha salvadora! Eu sabia que você ia vir… Eu sempre posso contar com você, né?”
"Duda, você tá bem? Vamos, vou te levar pra casa. Esses caras aqui te incomodaram?"
Ela acenou, tentando focar os olhos nos homens ao redor.
"Ah, eles? Eles são uns chatos… mas você chegou! Vamos embora!"
Foi uma tarefa e tanto colocá-la no carro, mas depois de finalmente conseguir, dirigiu o mais rápido que podia para deixá-la em casa. Ao verificar o relógio, percebeu que estava atrasada para o jantar. Com uma última olhada para Duda, que agora dormia no banco do passageiro, decidiu que ela estava bem e seguiu para o restaurante onde Fernanda esperava.
Assim que entrou no restaurante, já encontrou Fernanda de braços cruzados, com uma expressão nada amigável.
“Sabe que horas são, S/N?”
“Eu sei, desculpa… meu cunhado ligou dizendo que a Duda estava na boate, bêbada e com uns caras em cima dela. Eu não podia deixá-la lá.”
“Claro. É sempre sobre a Duda, não é? Quantas vezes você já largou tudo para correr atrás dela? Parece até que o seu relacionamento é com ela.”
"Fernanda, não fala isso. Ela é minha melhor amiga, sabe que eu não podia deixá-la naquela situação!"
Fernanda soltou uma risada amarga, balançando a cabeça.
“Sabe o que eu acho, S/N? Acho que você só tá comigo porque a Duda não percebeu ainda. Porque se ela tivesse dado uma chance… Eu nem sei se você estaria aqui agora.”
Aquelas palavras doeram, mas você tentou se segurar.
“Isso não é verdade, eu amo você. Eu só fui ajudar uma amiga, nada mais.”
“Eu já tô cansada de ser sua segunda opção, S/N. Não é de hoje que eu percebo o quanto você coloca a Duda acima de tudo. Se você não consegue ver isso, talvez eu precise te dar um tempo pra pensar.”
“Fernanda, por favor, não faz isso. Foi só uma situação de emergência, nada mais.”
Mas Fernanda balançou a cabeça, se levantou da cadeira e pegou a bolsa.
“Tô terminando com você, S/N. Quando você descobrir quem realmente ama, me avisa. Até lá, não me procura.”
Ela se afastou sem olhar para trás, deixando você ali sozinha, tentando processar o que acabou de acontecer.
Depois que Fernanda saiu, você ficou parada no restaurante por alguns segundos, tentando absorver o que acabou de acontecer. Mas então lembrou-se de que Duda ainda estava no carro, dormindo profundamente no banco do passageiro. Você suspirou, colocou a mão na cabeça, e saiu apressada para o carro.