Julia Bergmann

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Estava empolgada, sentada nas arquibancadas com a camisa do Brasil, bem próxima da quadra. Eu queria garantir que Julia, minha namorada, me visse. Os times já estavam aquecendo, e eu a acompanhava com os olhos. Ela estava focada nos exercícios, mas de repente, notou minha presença. Sorri automaticamente, e ela se aproximou com um sorriso discreto no rosto.

"Oi, amore," ela disse, com a respiração ainda um pouco acelerada por causa do aquecimento.

"Oi, amor," respondi, inclinando-me para dar um beijo rápido nela. "Estou aqui torcendo por você, como sempre."

Ela sorriu, os olhos brilhando de leveza. "Eu sei, vi você de longe. Me dá força."

"Vai com tudo, Ju. Quero ver você arrasando."

Ela acenou, apertou minha mão de leve, e voltou para a quadra. O jogo logo começaria.

Enquanto esperava, alguém sentou ao meu lado. Olhei e vi que era Bruninho, da seleção masculina. Já nos conhecíamos de alguns eventos, então foi fácil puxar assunto.

"E aí, S/N, também veio torcer pela namorada hoje?" ele perguntou com um sorriso.

"Claro, não perco um jogo se puder. E você, Bruninho, veio só observar ou tem outra razão especial?"

Ele riu. "Estou de olho nas estratégias da galera aqui. E, claro, torcendo também."

A conversa foi fluindo naturalmente, falamos de vôlei, viagens, até sobre música. Mesmo conversando com ele, eu não conseguia tirar os olhos da quadra, onde Julia já estava em ação.

"Ela joga demais, hein?" comentou Bruninho, notando meu olhar fixo em Julia.

"Ela é incrível," respondi com um sorriso orgulhoso. "Sempre me impressiona com a garra que tem."

O jogo começou a esquentar, com o Brasil dominando a quadra. Julia fazia alguns ataques poderosos e também defendia com precisão. Eu não conseguia evitar de aplaudir e gritar seu nome de vez em quando.

Bruninho olhou para mim e comentou: "Você é bem barulhenta na torcida, hein?"

"Não consigo evitar. Quando é ela jogando, eu me empolgo. Quer ver quando o jogo tá pegando fogo!"

"Tá certo, apoio é importante. Eu acho que dá sorte."

Continuei de olho em Julia, que me surpreendeu ao olhar rapidamente na minha direção após um ponto. Ela me deu um sorriso sutil, como se soubesse que eu estava ali não apenas torcendo, mas totalmente conectada ao que ela estava fazendo.

Bruninho então fez uma piada que me fez rir. "Bom, acho que se ela joga desse jeito por você estar aqui, vou ter que te trazer pra todos os jogos. Vai ser nosso amuleto da sorte."

Ri e respondi: "Se depender de mim, estarei em todos. Não tem outro lugar que eu preferiria estar."

Assim que o primeiro set acabou, eu e Bruninho engatamos em uma conversa super animada. Estávamos falando sobre design, algo que sempre me deixa empolgada, já que é a área em que eu trabalho. A gente falava sobre tendências e projetos que eu estava desenvolvendo, e por um momento, eu me distraí tanto que não percebi mais nada ao redor.

De repente, algo me fez parar. Levantei o olhar e vi Julia na quadra, mas o que me chamou a atenção foi sua expressão. Ela estava de cara fechada. Achei estranho, já que normalmente, ela estava sempre sorrindo para mim entre os sets ou pelo menos olhava na minha direção com aquele brilho no olhar. Mas agora... nada. Durante o restante do jogo, ela me olhou poucas vezes, e nenhum sorriso. Nada.

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