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Estava sentada em uma das cadeiras da produção, observando cada detalhe das gravações da série em que minha namorada, Natália Rosa, estava participando. A série era baseada em uma fanfic chamada Xeque Mate, e Natália interpretava Maya Manoela, uma personagem forte, sedutora, e irresistivelmente provocante. A parceira principal dela na série era Sofia Starling, que interpretava a agente Giovanna Torres, e a química entre as duas era inegável.
Enquanto eu observava as gravações, não conseguia tirar os olhos da tela. Natália era uma atriz incrível, e ver sua performance era hipnotizante. Era fascinante a maneira como ela se transformava completamente em Maya, assumindo uma postura sensual e confiante que deixava todos ao redor sem fôlego. No entanto, o que quase ninguém sabia é que Natália, fora das câmeras, também tinha esse lado provocante e irresistível.
— Prontos para a próxima cena? — perguntou o diretor, ajeitando a câmera. Era uma cena de pegação entre Maya e Giovanna, e eu sabia que ia ser intensa.
Natália e Sofia estavam posicionadas na sala da casa da Maya, o ambiente cuidadosamente montado para criar a atmosfera perfeita. Elas trocaram olhares, e logo o diretor gritou "Ação!".
Maya se aproximou de Giovanna, com um sorriso provocante no rosto. A química entre as duas personagens era palpável, e eu quase podia sentir a tensão no ar.
— O que foi, Giovanna? — Maya murmurou, com a voz suave e sedutora, enquanto se aproximava ainda mais, os lábios perigosamente próximos dos de Giovanna. — Está com medo de se deixar levar?
— Eu não tenho medo de nada, Maya. — Giovanna respondeu firme, mas havia um brilho nos olhos de Sofia que mostrava o quanto ela estava imersa na cena.
Maya sorriu, aquele sorriso que eu conhecia tão bem. Era o sorriso que Natália me dava quando estava prestes a fazer algo que sabia que mexeria comigo. Eu assistia em silêncio, sentindo uma pontada de ciúmes, mas também um orgulho imenso. Ela estava brilhando ali.
— Vamos ver, então. — Maya sussurrou, antes de finalmente quebrar a distância entre elas e a beijar com intensidade.
O beijo era carregado de paixão, e eu sabia que, mesmo sendo uma atuação, havia uma parte de Natália ali. Quando o diretor gritou "Corta!", todos aplaudiram a cena.
Eu me aproximei de Natália enquanto ela se recompunha. Ela ainda estava ofegante, e havia um brilho travesso em seus olhos quando me viu.
— Como eu fui? — ela perguntou, um sorriso brincando nos lábios.
— Perfeita, como sempre. — Respondi, tentando manter o tom casual, embora eu soubesse que ela podia ver o leve ciúme em meus olhos.
— Ah, é? — Ela se inclinou para me beijar de leve, sussurrando contra meus lábios. — Quem sabe, mais tarde, eu não mostro como realmente é uma cena de pegação?
Eu ri, balançando a cabeça.
— Você é impossível, sabia?
— E você adora, não é? — Ela piscou, antes de se afastar para se preparar para a próxima cena.
Enquanto ela se afastava, senti meu coração aquecer. Era difícil não sentir ciúmes ao vê-la tão intensa com outra pessoa, mesmo que fosse só atuação. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que ela era minha, e essa confiança nos mantinha firmes.
Ao final do dia, quando as câmeras estivessem desligadas e todos fossem embora, seria eu que teria Natália Rosa em meus braços, e isso era o suficiente para me fazer sorrir.