Um estranho em minha vida

34.

Acordei no dia seguinte com o celular da Bianca tocando. Peguei sem olhar no visor e já sabia que era o Zack, desde quando ela disse que ia se mudar para o Afeganistão ninguém nunca mais mandou uma mensagem.

-Alô. -Falei tentando não parecer muito sonolenta, pois era 1h da tarde.

-Hãn, Bianca. Você está perto da sua casa? -Ele atropelou as palavras e não deixou eu responder. -É que a Milla foi atropelada e eu tive que a trazer no veterinário e acho que deixei a porta da cozinha aberta. Eros e Belinha estão soltos, eles devem estar quebrando tudo.

-Oi? -Falei meio alterada perdendo completamente a voz de sono.

-Olha, relaxa que eu vou paga...

-Zack, esquece a minha casa. Como que está a Milla? -Falei acariciando meu cachorro, Átila, que estava tranquilo na ponta da minha cama.

-Ah. Ela está bem, mas vai ter que ficar aqui alguns dias e acho que vai ter que operar alguma coisa.

-Caramba. Em que veterinário você está? -Ele me passou o endereço e disse que chegaria o mais rápido possível.

Me arrumei bem rapidinho e saí do quarto.

-Bom dia, Bianca. -Meu irmão falou. -Dormiu bem?

-Engraçadinho. Oi Karina. -Minha amiga sorriu envergonhada.

-Eu quero que você me atualize nessa história ai. -Falou referindo-se ao Zack. Assenti e saí de casa depois dar um beijo na bochecha dos dois.

-Oi, Zé, bom dia. Você pode me deixar no veterinário da praia?

-Claro. -Entramos no carro e, como a cidade não era muito grande, chegamos rápido. -Vai precisar de mim?

-Não, Zé. Obrigada. -Dei um beijo na bochecha dele e saí do carro.

-Deixa a internet do seu telefone ligada! -Já havia saído do carro, mas consegui ouvir. Dei uma risada e entrei no veterinário. Dei logo de cara com o Zack, mexendo no celular.

-Oi, como ela está? -Ele me olhou.

O Zack não estava chorando, mas seu semblante transmitia tristeza. Muita tristeza.

-Na mesma que há vinte minutos. Só estava te esperando, não tem mais o que fazer aqui por hoje.

-Posso vê-la? -Ele assentiu e apontou para a primeira porta. Sem dizer nada, entrei na sala e a vi deitada e sedada. Meu coração se apertou e encheu de pena. -Oh meu bebê. -Acariciei seu focinho. -Você vai ficar bem. O Zack vai fazer o possível para te deixar como antes e eu vou fazer de tudo para ajudar. -Dei um beijinho no topo da cabecinha dela e fiquei fazendo carinho por uns minutos.

Saí da sala.

-Quer ir lá para sua casa comer alguma coisa e ver o que sobrou? -Ele parecia um pouquinho melhor. Assenti.

Ele foi dar um último tchau para Milla e fomos para a minha casa de Uber. Ele foi o primeiro a entrar e assim que o fez, colocou a mão na cabeça, como em sinal de desespero. Assim que eu vi a bagunça, só conseguia rir. Ele olhou para mim e começou a rir também.

Entramos em casa e minha risada só aumentava. Vasos quebrados com terra para todo lado, algumas patinhas nas paredes, sapatos comidos. A cozinha era o pior cômodo, tinha lixo no chão, bebida e...

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Eu queria agradecer muito a todas as pessoas que estão lendo minha história e queria que soubesse que eu amo os comentários de vocês nos posts !!!! Vocês são incríveis e amo cada comentário! 

 De verdade, obrigada. 

No mais, saibam que eu estou aberta a ouvir sugestões, caso tenham alguma. Se quiserem dar ideias podem comentar aqui ou me mandar uma mensagem que eu vou dar um jeito de incrementá-la na história, pode ser algum que aconteceu na vida de vocês, algo trágico, engraçado ou algo que inventarem !! Acho que vai ser muito legal construir essa história com vocês. 

Beijinhos!!!