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Foi um beijo lento e carregado de sentimentos e emoções. Tentei parar o beijo, pois não queria abusar do Zack, ele estava abalado após reviver todas as emoçoes, mas ele não me soltou.

Nos beijamos até ficarmos sem ar.

-Obrigada. -Falei secando seu rosto. -Por confiar em mim e se abrir comigo.

Aprendi desde pequena que quando te contam uma história que o máximo que você pode falar é "Que legal", "Que triste" e "Sinto muito", é melhor não dizer nada. Ele sabia que eu o havia escutado e assimilado cada palavra de ambas as histórias e já era o bastante. Também, conhecia o Zack e sabia que mesmo com o meu silêncio, ele sabia o que eu queria dizer.

-Não tem pessoa que eu confie mais que você, Fernanda. -Ele acariciou meu rosto.

-Eu já disse o quanto me orgulho de você e o quanto te acho forte? -Ele assentiu abrindo um sorriso fraco. -Sério, Zack. Depois de tudo, te ver agora com essa motivação para seguir em frente é inspirador.

-Você sabe que tem uma grande parcela nisso tudo. -Sorri feliz d orgulhosa.

-Me sinto muito importante por isso e privilegiada por poder ser amiga de um garoto tão maravilhoso. -Ele aproximou seu rosto do meu.

-Posso te beijar? -Perguntou em um sussurro e eu fechei os olhos.

-Por que não poderia? -Ele selou nossos lábios e abriu um sorriso.

Depois de umas três horas, uma boa comida e muita conversa, o Zack parecia menos abalado com as revelações e eu menos chocada com elas. O ambiente estava mais leve e já tinha rolado até algumas risadas.

-Você vai voltar para cá, não vai? -Perguntei aninhada ao seu peito.

-Hum... Acho que n... -Levantei abruptamente e olhei feio para ele. -Se for o que você quer, eu volto sim. Afinal, onde se encontra uma casa dessas com aluguel de 200 reais por mês? -Ele deu uma risada e eu o acompanhei.

-Eu quero, afinal, gosto da sua comida.

-Não sou seu cozinheiro particular, Fernanda. -Ele falou tentando manter uma cara séria e eu ri dele.

-E eu não tenho permissão legal para alugar essa casa... E ai, o que vai ser? Eu sem comida e você sem casa?

-Parece que cozinhar mais 200 reias é um bom acordo.

-Que bom, Sr. Zack. Foi bom fazer negócios com você. -Estendi minha mão para ele.

-Não é assim que eu quero finalizar nosso acordo.

-A não? E como é, então? -Perguntei me fazendo de desentendida. Ele deu sorriso e me beijou.

-Assim. -Abri um sorriso entre o beijo e ele retribuiu.

Um estranho em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora