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-Vai atrás dele. -O Daniel falou, provavelmente vendo ele ir embora também. 

Virei para ele.

-Vou lá e falo o que? Oi, Zack vamo se beija? -Pera, eu queria beijar ele? 

-Não, né, Nanda! -Ele disse rindo. -Você pode falar para ele não me matar, que tal? -Dei uma risada. 

Naquele momento percebi que sentia falta de conversar mais com o Daniel. Ele não sabia nada do meu relacionamento com o Zack, mas, ainda assim, estava dando a maior força. 

-Você viu que o Zack foi embora? -A Karina e a Júlia apareceram do meu lado. 

-O que querem que eu faça? -Por que as pessoas acham que eu preciso a todo momento estar cuidando do Zack? Ele é grande o suficiente para ficar irritado com algo que acha que viu e ir embora. Afinal, por que ele foi embora? Não é como se tivesse surgido um compromisso urgente... A probabilidade disso acontecer é quase zero. 

-Olha, Fernanda, eu não sei o que você sente pelo Zack, mas está estampado na cara dele que ele gosta de você. Vai deixar ele ir embora por causa de um mal entendido? 

-Agora eu tenho culpa se ele acha que eu estou apaixonada pelo meu amigo? E qual, é! Vocês estão fazendo uma tempestade em um copo d'água. Estamos em uma festa em um sabádo a tarde, não é como se eu estivesse em uma balada, trebada, me jogando em cima de um ex namorado. -Falei um pouco exaltada e vi que chamei atenção de um jornalista. 

-Tá bem! -A Júlia falou baixo, tentando não atrair mais atenção. -Se não vai por isso vai pelo motivo de você ter trazido ele aqui. Não vai deixar ele ir embora logo após ter chegado, vai? -Olhei para o Daniel que concordou com ela. 

Bufei. 

A verdade era, eu queria ir atrás dele, mas o fato dele ter ido embora por me ver falando com o Daniel me fazia pensar que tipo de pessoa ele era. Não que eu estivesse pensando em ter um relacionamento com ele, mas será que ele é o tipo de namorado que não suporta ver a namorada conversando com outros amigos?

Não. 

Eu sabia a resposta para aquela pergunta, isso é tão não a cara dele. O Zack é seguro de si, por mais que pareça ao contrário, às vezes... 

-Para de pensar e vai, Fernanda. -A Karina disse e sorriu para mim. 

Entreguei o copo na mão da minha melhor amiga e saí da casa do Daniel atrás do Zack, antes que minha coragem fosse para o espaço. 

Ele já estava no final da rua, quando o gritei. Ele virou para mim, mas continuou parado.

 -Para onde está indo? -Corri até ele, sem ligar para o fato que toda vez que eu corria, parecia uma maluca. 

-Casa. -Ele foi curto e grosso. Como começa conversa com alguém assim? 

-O que aconteceu? 

-Nada, é só que esse lugar não é para mim. Eu não conheço ninguém e todo mundo fica querendo mostrar quanto dinheiro e poder têm. 

-Todo mundo é muita gente, Zack. -Falei me sentindo afetada. Como dizem, a carapuça serviu, embora eu soubesse que não era assim, a forma que ele falou parecia me incluir. 

-É, eu sei. Mas é exatamente isso. Todo mundo lá fica mostrando quanto dinheiro tem, como se isso fosse comprar as coisas mais importantes do mundo. 

-Eu não sou assim. -Falei dando um passo para trás. Ele hesitou por muito pouco tempo antes de responder. 


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Queria agradecer a todas que leem a história, áquelas que voltam e que comentam também !!! 

Você são mega incríveis e moram no meu coração !!! 

Mas e ai, me contem o que estão achando que a opinião de vocês conta muito para mim !!! 

Beijinhos! 

Um estranho em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora