Cap. 56

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Eu já estava cansada de curtir o baile sozinha, subi pro camarote.

Gabriella: Eita menina sossega a porra da bunda.

Karina: Mãe!. - dei um gole na água com balinha

Julia: To morta com esse salto.

Karina: Por isso venho pra baile de tênis. - comecei a rebolar com a tia Tha. Avistei o Guerreiro com meu pai. Não ia deixar de da aquela provocada, fui até eles. Mas primeiro bebi a água toda e peguei um energético.

Arthur: Essa daqui é minha maloqueira Guerreiro. - ri e olhei pra ele. Eu estava exausta e a Babi não chegava nunca.

Karina: Pai arruma alguém pra me levar.

Arthur: Guerreiro faz essa pra mim, meu bom.

Guerreiro: Sim senhor. - sorri, dei um beijo no meu pai agradecendo e descemos o camarote, estava lotado ainda.

Karina: Tô de carro.

Guerreiro: Hum, também to.

Karina: Não posso dirigir, bebi.

Guerreiro: Vem no meu! Sei que tem alguém cuidando do seu carro.

Karina: Tá sabendo demais, em...

Guerreiro: Até porque era eu que estava, depois ficou um soldado que seu pai colocou.

Karina: Ah. - ri e fui seguindo ele. O carro dele era um Hb20, entramos e ele deu partida, sentido minha casa. - Quero encerrar minha noite contigo!

Guerreiro: Karina... - ele negou com a cabeça.

Karina: Só uma noite Guerreiro. - passei a mão no peito dele e ele acelerou. Paramos em uma casa na favela mesmo, era perto da casa do Guilherme. Saímos do carro e entramos nela.

Guerreiro: Moro aqui com minha mãe.

Karina: Ela ta ai?

Guerreiro: Ta na casa do namorado dela. Agora cala a boquinha! - ele me beijou.

Bárbara narrando.

Entrei no baile disposta a conversar com o Hugo, falar logo. A minha mãe já sabe, se tem coisa que odeio fazer com ela é esconder as coisas, posso ser terrível, mas coisas graves assim ela sabe de tudo mesmo. O clima lá em casa ficou pesado, por mais que ela seja mente a aberta ela não aceita menina engravidar tão nova. Eu errei, dei disso, consequência do meu erro, e eu vou sim assumir essa criança, nem que eu me foda toda.  Procurei ele no baile, tomei um suco de latinha e subi pro camarote. Encontrei ele com o tio Arthur.

Babi: Oi tio. - dei um abraço nele.

Arthur: Ih Babi, a Karina foi embora agora. - ele me soltou e bagunçou meu cabelo. Sorri.

Babi: Posso falar contigo Hugo? - ele olhou
para os lados.

Hugo: Tem que ser agora?

Babi: Sim! - disse firme.

Hugo: Vai descendo! - revirei os olhos e desci. Sai do baile, uns dez minutos depois ele apareceu - Vamos logo! - disse seco. Respirei fundo, subi na moto dele e fomos pro alto da favela. Desci da moto e sentei numa laje. - Que foi?

Babi: To grávida!

Hugo: Parabéns! Me tirou do baile pra isso? - ele me encarou

Babi: E você é o pai! - engoli aquilo seco

Hugo: Como que é?

Babi: Você que me engravidou.

Hugo: Não é possível Bárbara, não posso ter mais filho.

Babi: Ta achando que quero dar o golpe em você?

Hugo: Mano, eu sei da minha vida.

Babi: Hugo, eu só transei contigo nesses últimos tempos.

Hugo: Não é possível, não é possível caralhooooo!!! - ele disse bravo e deu um murro na caixa de luz - Eu não posso ter um filho agora!

Babi: Sevira, não vou criar esse filho sozinho, nem fodendo!

Hugo: Toma abortivo!

Babi: Para de ser sujo! - eu já chorava horrores.

Hugo: Bárbara, to com a Júlia! - olhei espantada e chorei mais. - Isso fode com tudo.

Babi: Vamos fazer um acordo então.

Hugo: Entro com o dinheiro, vou assumir e registrar, mas contigo não fico.

Babi: Quero que de atenção pra essa criança Hugo.

Hugo: Depois te procuro, me deixa pensar. O menor ali te leva.

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora