Cap. 10

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O Michael estava cheio de gracinha com uma ruiva daqui da favela, eu não ia muito com a cara dela, porque eu já sabia que ela era louca por todos os moleques da boca, ou seja, ela também é doida pelo meu Arthur.
Fiquei olhando junto com a Mirela.

Gabriella: Não coloco a mão no fogo pelo Arthur nunca mais, mas fazer isso na nossa frente, que é amiga dela é mancada demais.

Mirela: Ele é doido isso sim, esses moleque parecem que não tem juízo sério.

Gabriella: Não mesmo, por isso nem tento aumentar família, pra dá nisso.

Mirela: Eu também penso isso, ainda mais eles que vivem nesse mundinho. - dei um gole na minha bebida. Eu e a Mirela fomos para a cozinha, peguei um copo grandão descartável, fiz uma bebida pra mim, com uísque e energético, coloquei gelo e saímos fora. Sentamos na beira da piscina e ficamos conversando, até chegou uma menina do nosso lado.

X: Vocês que são as mulheres do Arthur e do Gordo? - concordamos.

Mirela: Porque?

X: Prazer Letícia. É que sou nova por aqui, sou mulher do Dieguinho, e to meia perdida, posso ficar aqui? - ela nos olhou.

Gabriella: Claro, senta aí. - ela sentou do lado da Mirela. Dei um gole na bebida e passei o copo pra Mirela - Prazer Gabriella, pode me chamar de Gabi.

Letícia: Pode me chamar de Le ou Let. - ela sorriu.

Mirela: Mirela ou Mi. - rimos.

Gabriella: Você era de onde?

Letícia: Morava no interior. - ela estava bebendo também.

Mirela: E como conheceu o Dieguinho? - peguei meu copo de volta.

Letícia: A família dele é de lá, ai teve uma festa na casa do meu pai e nos conhecemos, faz um sete meses, ai resolvi vim pra cá.

Gabriella: Ta morando onde?

Letícia: Na rua do campo sabe?

Mirela: Na minha rua, nem te vi lá ainda.

Letícia: Não sai pra rua ainda, sai hoje só, não conheço nada e ele também não deixa. - ela bufou

Gabriella: Acostume- se, depois piora - rimos - Mentira, tá? - rimos de novo.

Mirela: Ele é de boa, ele era meu cunhado.

Letícia: Sério?

Mirela: É, mas minha irmã foi embora do Brasil. - ela sorriu aliviada, ri. A Karina chegou do nosso lado.

Karina: Mãe? - olhei pra ela

Gabriella: Oi filha? - ela cumprimentou a Mirela e a Letícia.

Karina: Tem skol beats ainda?

Gabriella: Vê na geladeira da cozinha.

Karina: Ta bom, ah o Gui ta aí, tá?

Gabriella: Ta bom neguinha. - ela saiu andando mais voltou.

Karina: Mãe, olha meu celular?

Gabriella: Tá. - ela me deu o celular, deixei junto com o meu do meu lado.

Leticia: Sua filha? - ela me olhou surpresa.

Gabriella: Aham.

Leticia: Quantos anos você tem?

Gabriella: tenho 29 anos.

Leticia: mentiraaaa - ele tava de boca aberta.

Gabriella: Sério mesmo, a Ka tem 16 anos.

Leticia: Nossa, nem parece.

Mirela: Novinha né?

Leticia: Nem parece meu. - ela riu - Engravidou com quantos anos?

Gabriella: Com 14 anos. - dei um gole no copo. O dieguinho chegou no nosso lado.

Dieguinho: E ai Bi, e aí Mi, da uma atenção pra Lê, ela é nova aqui.

Mirela: Claro que sim né Dieguinho.

Dieguinho: Sabe como é, as minas daqui já empina o nariz quando vê coisa nova na favela. 

Gabriella: Eu sei como que é, depois piora. - rimos.

Letica: Tem um negócio de depois piorar né. - ela riu, e o Arthur chegou.

Arthur: Qual foi Dieguinho de ideia com minha mulher? - a Letícia olhou assustada.

Dieguinho: Se loco, nós é de igual parceiro.

Arthur: To zuando moleque. Essa dai é a fiel?

Dieguinho: É sim parceiro. Leticia, Arthur, Arthur, Letícia.

Leticia: Prazer, tudo bom? - o Arthur pegou na mão dela.

Arthur: Tranquilo, fica a vontade ai. Encosta aqui Gabriella. - me levantei, peguei os celulares e deixe os copo com as meninas. Fomos à um grupo de amigo deles.

Arthur: Marconi essa daqui é minha mulher Gabriella, Bi esse daqui é um parceiro meu. - ele me cumprimentou com um beijo no rosto, e eu fiquei suuuuper sem graça, porque os moleques costumam a cumprimentar apertando na mão.

Marconi: Prazer minha querida. - me afastei dele rapidamente e abracei o Arthur - Essa daqui é minha mulher, Marianne.

Marianne: Olá. - apenas sorri.

Arthur: Esse é meu parceiro mor, mora no rio, mas temos nosso contato, por isso nunca te apresentei ele. - concordei. Do nada o som parou, e eu vi todo mundo correndo e barulho de tiro, fiquei em choque de verdade.

Arthur: Vem porra!!! - ele saiu me puxando e o Marconi veio seguindo nós, junto com a mulher dele. Parei no meio do caminho.

Gabriella: Cadê minha filha? - comecei a chorar.

Arthur: Anda tio, ela deve ta segura!

Gabriella: DEVE? - berrei e ele me puxou com tudo, entramos em casa. Tinha várias pessoas se escondendo, ouvi a voz da Karina. - Karina? - comecei a procurar ela, a mesma estava embaixo da mesa da cozinha, o Arthur puxou ela e nos levou pro fundo da casa, tem um lugar "secreto" lá, descemos as escadinhas e nos escondemos, tinha algumas pessoas lá. Olhei tava a Mirela e a Letícia, fui até elas e me sentei do lados dela.

Letícia: O que ta acontecendo? - ela falou desesperada.

Gabriella: Calma! - falei tentando acalmar ela - Teve uma invasão, mas calma!

Letícia: Cadê o Dieguinho? - mesmo sendo seguro aqui, dava pra ouvir muitos barulhos de tiro.

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora