O Michael estava cheio de gracinha com uma ruiva daqui da favela, eu não ia muito com a cara dela, porque eu já sabia que ela era louca por todos os moleques da boca, ou seja, ela também é doida pelo meu Arthur.
Fiquei olhando junto com a Mirela.Gabriella: Não coloco a mão no fogo pelo Arthur nunca mais, mas fazer isso na nossa frente, que é amiga dela é mancada demais.
Mirela: Ele é doido isso sim, esses moleque parecem que não tem juízo sério.
Gabriella: Não mesmo, por isso nem tento aumentar família, pra dá nisso.
Mirela: Eu também penso isso, ainda mais eles que vivem nesse mundinho. - dei um gole na minha bebida. Eu e a Mirela fomos para a cozinha, peguei um copo grandão descartável, fiz uma bebida pra mim, com uísque e energético, coloquei gelo e saímos fora. Sentamos na beira da piscina e ficamos conversando, até chegou uma menina do nosso lado.
X: Vocês que são as mulheres do Arthur e do Gordo? - concordamos.
Mirela: Porque?
X: Prazer Letícia. É que sou nova por aqui, sou mulher do Dieguinho, e to meia perdida, posso ficar aqui? - ela nos olhou.
Gabriella: Claro, senta aí. - ela sentou do lado da Mirela. Dei um gole na bebida e passei o copo pra Mirela - Prazer Gabriella, pode me chamar de Gabi.
Letícia: Pode me chamar de Le ou Let. - ela sorriu.
Mirela: Mirela ou Mi. - rimos.
Gabriella: Você era de onde?
Letícia: Morava no interior. - ela estava bebendo também.
Mirela: E como conheceu o Dieguinho? - peguei meu copo de volta.
Letícia: A família dele é de lá, ai teve uma festa na casa do meu pai e nos conhecemos, faz um sete meses, ai resolvi vim pra cá.
Gabriella: Ta morando onde?
Letícia: Na rua do campo sabe?
Mirela: Na minha rua, nem te vi lá ainda.
Letícia: Não sai pra rua ainda, sai hoje só, não conheço nada e ele também não deixa. - ela bufou
Gabriella: Acostume- se, depois piora - rimos - Mentira, tá? - rimos de novo.
Mirela: Ele é de boa, ele era meu cunhado.
Letícia: Sério?
Mirela: É, mas minha irmã foi embora do Brasil. - ela sorriu aliviada, ri. A Karina chegou do nosso lado.
Karina: Mãe? - olhei pra ela
Gabriella: Oi filha? - ela cumprimentou a Mirela e a Letícia.
Karina: Tem skol beats ainda?
Gabriella: Vê na geladeira da cozinha.
Karina: Ta bom, ah o Gui ta aí, tá?
Gabriella: Ta bom neguinha. - ela saiu andando mais voltou.
Karina: Mãe, olha meu celular?
Gabriella: Tá. - ela me deu o celular, deixei junto com o meu do meu lado.
Leticia: Sua filha? - ela me olhou surpresa.
Gabriella: Aham.
Leticia: Quantos anos você tem?
Gabriella: tenho 29 anos.
Leticia: mentiraaaa - ele tava de boca aberta.
Gabriella: Sério mesmo, a Ka tem 16 anos.
Leticia: Nossa, nem parece.
Mirela: Novinha né?
Leticia: Nem parece meu. - ela riu - Engravidou com quantos anos?
Gabriella: Com 14 anos. - dei um gole no copo. O dieguinho chegou no nosso lado.
Dieguinho: E ai Bi, e aí Mi, da uma atenção pra Lê, ela é nova aqui.
Mirela: Claro que sim né Dieguinho.
Dieguinho: Sabe como é, as minas daqui já empina o nariz quando vê coisa nova na favela.
Gabriella: Eu sei como que é, depois piora. - rimos.
Letica: Tem um negócio de depois piorar né. - ela riu, e o Arthur chegou.
Arthur: Qual foi Dieguinho de ideia com minha mulher? - a Letícia olhou assustada.
Dieguinho: Se loco, nós é de igual parceiro.
Arthur: To zuando moleque. Essa dai é a fiel?
Dieguinho: É sim parceiro. Leticia, Arthur, Arthur, Letícia.
Leticia: Prazer, tudo bom? - o Arthur pegou na mão dela.
Arthur: Tranquilo, fica a vontade ai. Encosta aqui Gabriella. - me levantei, peguei os celulares e deixe os copo com as meninas. Fomos à um grupo de amigo deles.
Arthur: Marconi essa daqui é minha mulher Gabriella, Bi esse daqui é um parceiro meu. - ele me cumprimentou com um beijo no rosto, e eu fiquei suuuuper sem graça, porque os moleques costumam a cumprimentar apertando na mão.
Marconi: Prazer minha querida. - me afastei dele rapidamente e abracei o Arthur - Essa daqui é minha mulher, Marianne.
Marianne: Olá. - apenas sorri.
Arthur: Esse é meu parceiro mor, mora no rio, mas temos nosso contato, por isso nunca te apresentei ele. - concordei. Do nada o som parou, e eu vi todo mundo correndo e barulho de tiro, fiquei em choque de verdade.
Arthur: Vem porra!!! - ele saiu me puxando e o Marconi veio seguindo nós, junto com a mulher dele. Parei no meio do caminho.
Gabriella: Cadê minha filha? - comecei a chorar.
Arthur: Anda tio, ela deve ta segura!
Gabriella: DEVE? - berrei e ele me puxou com tudo, entramos em casa. Tinha várias pessoas se escondendo, ouvi a voz da Karina. - Karina? - comecei a procurar ela, a mesma estava embaixo da mesa da cozinha, o Arthur puxou ela e nos levou pro fundo da casa, tem um lugar "secreto" lá, descemos as escadinhas e nos escondemos, tinha algumas pessoas lá. Olhei tava a Mirela e a Letícia, fui até elas e me sentei do lados dela.
Letícia: O que ta acontecendo? - ela falou desesperada.
Gabriella: Calma! - falei tentando acalmar ela - Teve uma invasão, mas calma!
Letícia: Cadê o Dieguinho? - mesmo sendo seguro aqui, dava pra ouvir muitos barulhos de tiro.
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Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}
Novela JuvenilEra uma vez... Era uma vez porra nenhuma! Vivemos uma realidade que nenhuma mãe quer ver, ainda mais mãe de uma patricinha, ainda mais a da minha patricinha, ver a filha apaixonada por um traficante. Quem disse que malandro não se apaixona de primei...