Cap. 115

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Alice narrando.

Aquele traste do Leandrinho não tinha dormido em casa, nem me atende nem nada. O Lorenzo tá me enchendo o saco querendo papai dele!

Gabriella: Não adianta se estressar, você casou com ele porque quis.

Alice: E eu ia lá saber que esse filho da puta e canalha? Me poupe Gabriella, não sou vidente.

Gabriella: Para de ser ignorante, sua retardada! Olha como seu filho ta, porra, todo largado! - olhei chorando. Eu estava no sofá deitada, tinha chorado a noite toda.

Lorenzo: Quero tete tia bi. - a Gabriella saiu com ele no colo e foi pra cozinha. Tentei ligar pra ele mais umas dez vezes, tocava tocava e não atendia. Eu não aguentva mais chorar. Minha casa estava uma zona, mamadeiras espalhadas, fralda. Gabriella apareceu aqui por sorte.

Gabriella: Anda Alice, levanta. - ela deitou o Lorenzo no sofá com uma mamadeira e puxou minha coberta - Vai menina, sua casa tá um nojo. - disse pegando as fraldas largadas. Me levantei e fui pro banheiro. Usei o mesmo, lavei meu rosto, prendi meu cabelo num rabo e cavalo, escovei os dentes, terminei o que tinha que fazer e sai. Dei uma olhada no Lorenzo e fui pra cozinha. Bebi um café puro e fiquei olhando pro nada. A porta abriu e o Lorenzo gritou, fui correndo. Olhei e era o Leandrinho, ele me olhou com dó, pena.

Leandrinho: Que foi? Casa maior sujeira po!

Gabriella: Vou indo, se cuida Alice! Lorenzo vai comigo!

Leandrinho: Depois passo da buscar ele. - ela saiu

Alice: Onde você tava? - disse chorando novamente.

Leandrinho: Para de chorar meu, ninguém te bateu não!

Alice: Onde você dormiu? Na casa de qual vagabunda?

Leandrinho: Para de paranoia porra! Que vagabunda o que!? Sou bandido porra, tava numa missão.

Alice: Que missão Leandro? Missão de comer outra?

Leandrinho: Cala a porra da boca que você não sabe de nada! - ela apertou meu braço.

Alice: Dorme fora e ainda vem me machucar?

Leandrinho: Alice, você ta insuportável!

Alice: Insuportável porque não quero transar com você?

Leandrinho: Sexo não é tudo não, você ta chatona.

Alice: Deve ter arrumado uma na rua. - ele veio pra cima de mim e grudou no meu pescoço.

Leandrinho: Se eu arrumei é por culpa sua.

Alice: Então você confirma?

Leandrinho: Não é da sua conta!

Alice: Ta machucando. - disse tentando tirar a mão dele do meu pescoço.

Leandrinho: Você que ta dando motivo pra mim sair de casa.

Alice: Você sai por que é um canalha!

Leandrinho: Você merece uma surra! - ele me deu um tapa na cara - Pra aprender a ser mulher de bandido.

Alice: Para com isso. - ele me um soco, cai no chão com o nariz sangrando, depois disso? Só sequência de bicuda e chutes na minha costela. Eu chorava - Para com isso Leandro, não fiz nada pra você.

Leandrinho: Pra você aprender a confiar em mim, porra! - ela abaixou e levantou minha cabeça pelos meus cabelos. - Não fala coisa que não sabe, arrombada do caralho! Eu durmo quantas vezes eu quiser fora de casa, e ninguém vai me impedir disso! - ele me deu mais uma bicuda na boca do estômago, que comecei a vomitar sangue e saiu de casa quebrando tudo que tinha na sala. Fiquei no chão, até ficar inconsciente, apaguei não vi mais nada.

Gabriella narrando.

Cheguei em casa, foi o tempo e fechar a porta começaram a tocar a campanhia descontroladamente. Me assustei, sentei o Lorenzo no sofá e coloquei um desenho qualquer. Olhei pelo computador que mostrava la fora, não sabia que era, mesmo assim fui. Coloquei minha arma nas costas e fechei a blusa de frio. Fui, abri o portão e era uma mulher, aparentava uns 37 anos.

X: Dona Gabriella? - ela estava desesperada.

Gabriella: Sim, no que posso te ajudar?

X: Sou vizinha da sua irmã, Alice. Ouvi um barulho de gritos e quebradeira na casa dela, depois o marido dela saiu, chamamos e ela não respondeu. - o Arthur tava chegando de carro.

Arthur: Que foi?

Gabriella: Preciso ir na Alice.

Arthur: O que aconteceu?

Gabriella: Ela e o Leandrinho brigaram.

Arthur: Mas ele ta na boca amor, oxi.

Gabriella: Me leva la? - ele concordou, fui até a porta da sala, pedi pra Rosa dar una olhada no meu sobrinho e sai. - A senhora quer carona?

X: Quero não, obrigado! - ela sorriu. Entrei no carro do Arthur e ele saiu cantando pneu.

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora