Cap. 107

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Três horas depois.

A audiência estava atrasada. Me levaram pra sala e audiência. Estavam meus dois advogados, os policiais, e o advogado deles. Todos nós estávamos em pé.

Juíza: Boa tarde, podem sentar-se. Estamos aqui hoje para o julgamento do réu Arthur Lemos que esta sobre a acusação de tráfico de droga.


Promotor: Vossa excelência eu peço premição para falar um pouco sobre o acusado.

Juíza: Premiação aceita.

Promotor: Eu só quero dizer que esse marginal que sem acha dono do mundo, e que fosse condenado a mais de 30 anos de detenção, e ainda mais que fosse regime fechado, sem nenhum tipo de benefício!

Advogado: Eu protesto meritíssima, é um absurdo esse homem ser acha no direto de chama o meu cliente de marginal.

Promotor: Eu exijo respeito, eu não sou um homem qualquer eu sou um promotor de justiça.

Advogado: O senhor deveria saber que tem que respeita o meu cliente, caso ao contrário irei lhe processar por calúnia.

Juíza: Ordem no tribunal!!! - disse ela batendo com um martelo na mesa três vezes seguidas. - Se não eu anulo a audiência.

Advogado e Promotor: Desculpa meritíssima. - eles a acalmaram

Juíza: Eu já tomei a minha decisão, ontem eu estudei o seu caso Artur, verifique a sua ficha na polícia. Confesso que fiquei surpresa pois a sua ficha estava limpa, eu sei que você não é um santo, sou ciente fez muita coisa errada na vida, mas na minha concepção todos merecem uma segunda chance na vida Artur Lemos. Claro, dependendo do agravante. Eu vou ter dar uma única chance, eu não quero nunca mais te ver sentado nessa cadeira de acusado. Eu sei que você é uma boa pessoa, eu li no seu relatório que você tem uma família, moradia fixa, experiência na carteira de trabalho, ótima escolaridade, uma bela esposa, que ressaltando, está grávida do senhor, uma filha ainda na adolescência, eu espero que você passe para ela valores bons, ensine pra ela o verdadeiro valor da vida, liberdade e principalmente da dignidade. E ensine isso também por seus filhos que ainda irão vir ao mundo com muita saúde. Enfim, você ta sendo absorvido de todas as acusação. Você ganhou seu alvará, ta livre Artur Lemos, a seção está encerrada! - disse ela batendo 3 vez na mesa.

Artur: Obrigada senhora, obrigado Deus!!! - disse com os olhos marejados

Advogado: Parabéns, espero não ter você como cliente novamente.

Arthur: Só se for por pensão alimentícia.

Advogado: Nem por isso, meu caro. - sorri. - Tem gente esperando por você aí.

Arthur: Quem? - disse feliz. Ele só apontou e eu pude ver minha família, Gabriella, Karina e minha mãe. Sorri e elas caminharam até eu. A Karina foi a primeira que me abraçou.

Karina: Que saudade pai! Não faz mais isso! - ela me abraçou apertado, retribui.

Arthur: Prometo ficar contigo pra sempre meu amor.

Karina: Senti tanta saudade.

Arthur: Eu mais inda! - dei um beijo na testa dela - Te amo!

Karina: Também te amo meu herói. - nos soltamos. Minha mãe me olhou, fui até ela.

Arthur: Nunca mais te dou essa infelicidade, me arrependo de ter saído de casa aquele dia, eu juro!

Izabel: Eu acredito em você, tudo vai ficar bem. Que esses meses foi o suficiente pra você rever seus conceitos, valorizar as pessoas que sempre estavam do seu lado e valorizar a sua liberdade, porque dinheiro nenhum paga sua liberdade.

Arthur: Eu sei disso, pode ter certeza prezarei isso. Te amo coroa! - dei um beijo na testa dela.

Izabel: Também te amo Fernando Júnior. - ri e nos soltamos. A Gabriella estava mexendo no celular, digitando algo bem rápido. Me aproximei dela. Ela bloqueou o celular e guardou na bolsa, ela estava de vestido, bem bonito, marcava bem a barriguinha dela.

Gabriella: Ah, oi. - sorriu, puxei ela pra um abraço.

Arthur: Como vocês estão?

Gabriella: Bem e você? Fico muito feliz!

Arthur: Perto de vocês muito bem!

Gabriella: Toma juízo agora, você ta esperando dois filhos!

Arthur: Pode deixar, vou mudar meus conceitos. Me da um beijo? - ela me beijou no rosto, sorri sem graça.

Advogado: Preciso que assine seu alvará.

Arthur: Claro. - me soltei dela e fui seguindo ele até uma salinha. Entramos numa salinha la, assinei umas papeladas

Advogado: Consegui que não você não voltasse ao CDP. Podendo, assim, ir direto sua residência.

Arthur: Só agradece seu profissionalismo, de verdade. Obrigado pelo serviço e as palavras.

Advogado: Não volte sempre. - rimos, se despedi dele.

Arthur: Liberdade!!! - abracei a Karina e minha mãe.

Izabel: Toma juízo menino!

Arthur: Sempre coroa! - dei um beijo na testa dela e da Karina. - saímos fórum. Entramos no carro, a Gabriella foi dirigindo, sentido casa!

Gabriella narrando.

Agora que o Arthur saiu fiquei mais tranquila, meu coração está até mais leve. Mas eu ainda estava magoada com tudo que tinha acontecido, mais uma traição. Chegamos em casa, Karina foi pra casa da vó dela, iria ter baile hoje, em comemoração a volta do Arthur.

Arthur: Vou tomar um banho, depois conversamos?

Gabriella: Sim! - sorri e fui pra cozinha. Eu não sabia ao certo como iria ser a minha relação com o Arthur, eu amava ele demais, parece que quanto mais ele vacila com nossa relação, mas eu amo ele. Mas não consigo deixar que ele me toque como antes, não consigo!!! Por mais que eu tente esquecer não consigo, isso doí demais. Fiquei beliscando uma salada de fruta com bastante leite condensado, vendo TV ali na cozinha mesmo, estava passando seção da tarde. Terminei de comer, coloquei as coisas na pia. Peguei minha bolsa na sala e subi. Ele estava no quarto se trocando já. Tirei aquela rasteirinha e coloquei uma havaianas. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Coloquei meu celular pra carregar e sentei na cama.

Arthur: Podemos conversar? - ele estava sem camiseta. Puxou a poltrona e sentou na minha frente.

Gabriella: Começa.

Arthur: Vou ser bem reto, o que aconteceu com a Karolyn?

Gabriella: Eu não sei. - disse rápida.

Arthur: Como não? Ela morreu!!! - disse mais alto.

Gabriella: Não sabia.

Arthur: Gabriella, para de segredinho! - disse irritado - Nós dois sabemos aqui, quem matou ela, não é mesmo? - gelei

Gabriella: Não, não sabia que ela tinha morrido. - ele gargalhou

Arthur: Não? Tem certeza. - levantei da cama. - Pera aí, nossa conversa não acabou, Gabriella!

Gabriella: Você já sabe quem matou ela, pra quer quer saber?

Arthur: Quero ouvir da tua boca!

Gabriella: Para! - repreendi

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora