Cap. 91

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Mirela narrando.

Mirela: De novo isso Rodrigo?

Goro: De novo o que? Você ta na paranoia, fica imaginando coisas.

Mirela: Imaginando? Ahahah! - gargalhei. - Você cheio de assunto com aquela vagabunda da Eliana! Você ta achando que sou trouxa.

Gordo: Qual mal tem? - ele disse calmo, o que me irritou.

Mirela: Nada né? Porque pra você é normal! Imagina só eu conversando com o Davi? Você ia gostar? - falei gesticulando. Ele agarrou no meu braço. - Solta, oxi!

Gordo: Você é casada, me deve respeito!

Mirela: Sim, sou casada e você solteiro? Vai se foder Rodrigo! - ele me deu um tapa. - Não cansa de viver de mentiras não? Dentro de casa você não da uma assistência, na rua quando ta comigo paga de marido prestativo. Eu cansei! Não quero viver mais assim! - ele apertou mais ainda meu braço

Gordo: Para de fantasiar, para! - ele me abraçou, tentei me soltar dele batendo no mesmo, mas era em vão, ele era mais forte.

Mirela: Cansei de viver assim, você me bate e depois beija! Isso é ser covarde - eu já chorava - Não casei pra isso, casei pra ter segurança, conforto, amor. Se fosse pra continuar apanhando preferia apanhar dentro de casa, de um alcoólatra, mas pelo menos era meu pai!

Gordo: Me desculpa amor, isso não vai voltar acontecer.

Mirela: Você sempre fala isso, e sempre caga as coisas! - limpei meu rosto e me soltei dele. - Chega, essa foi a última vez! Deu!!! - sai andando.

Gordo: Volta aqui Mirela!

Mirela: Me deixa viver! - falei confiante e fui pro meu quarto. Tomei um banho e sai, ele estava deitado na cama. Fui pro closet, me sequei direito, coloquei um peça íntima, sequei meu cabelo, progressiva top, coloquei um bory preto, não muito ousado, uma calça jeans, passei desodorante e perfume. Uma make leve, coloquei meu relógio de ouro branco, uns acessórios, continuei de aliança. Coloquei um salto azul. Terminei de me arrumar e sai.

Gordo: Onde você vai?

Mirela: VIVER! - disse alta e clara - Agora me da licença! - sai trombando nele. Entrei no carro e sai sem rumo. Resolvi ir no salão da minha mãe, conversar um pouco com a única pessoa que confio 100%. Estacionei o carro e entrei no shopping. Passei numa padaria, comprei tudo que ela gostava. Comprei umas rosas e caminhei tranquilamente até o salão dela. Assim que cheguei, respirei fundo e entrei, estava bem movimentado, não vi ela ainda.

Mirela: Rebeca! - sorri simpática. - Cadê a dona Paola?

Rebeca: Ta no escritório, precisa de ajuda?

Mirela: Ah não, obrigado! Ou melhor, abre a porta pra mim.

Rebeca: Claro. - ela abriu e eu subi as escadas. Bati na porta e abri. - Posso?

Paola: Claro que sim meu amor, deixa eu ajudar você! - ela pegou as coisas.

Mirela: As flores são suas! - abracei ela. - Como a senhora tá mãe?

Paola: Bem meu amor e você? Ta linda!

Mirela: Indo! - respirei fundo e nos sentamos.

Paola: Indo? E a Analu?

Mirela: Terrível! - rimos - E seu marido la?

Paola: Não é mais. - respirou aliviada e ergueu as mãos pra cima.

Mirela: Não? Uau!

Paola: Não, aquilo era uma cruz! Como eu pude ser tão cega? Meu Deus! - disse inconformada. - Foi embora, nunca mais voltou!

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora