Cap. 110

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Chegamos no feijão de corda perto da favela. Fizemos o pedido.

Analu: O que foi aquilo lá em casa? - falava enquanto mexia no celular

Gordo: Não posso entrar na casa da minha filha?

Analu: Pai toda vez que o senhor vai lá é isso, vocês caem na porrada.

Gordo: Perdi na moral pra entrar e ele fica de ideia errada pro meu lado, me respeita caralho!

Analu: É, mas querendo ou não ele é namorado da minha mãe. O senhor tem que respeitar, porque ela não fica caindo na porrada com a sua amante. - ela falava rapidamente

Gordo: Não mesmo, por que ela não é minha amante mais, não tenho mulher e nem namorada, pra ela ser a outra. Ah, e sua mãe que levou ela pra porrada!

Analu: Aham, tá. - ela soltou um riso irônico.

Gordo: Se liga porra, fica debochando.

Analu: Mas o Emerson é legal. - encarei ela.

Gordo: Vai se foder! - falei bravo - Legal? O cara é verme! Quer atrasar o lado de vários.

Analu: Ai pai, vou nem falar nada, pra não da treta! - nossas comidas chegaram

Gordo: Vai pro pagode?

Analu: Claro, faz uns dias que não vou... - Fomos pra casa, quando deu 15h45 tomei um banho, coloquei meu relógio, arma na cintura, passei mais perfume e pronto. Meu celular vibrou, era mensagem da Brenda, ela é tranquila, mas acha que é minha mulher.

Minha moto estava na rua, subi na mesma e sai voado. Cheguei na rua dela, era uns 7 minutos da minha. Brenda estava na rua, olhei pra ela.

Brenda: Tchau amorzinhos. - deu beijo em todos e veio até eu, virei o rosto. - Que foi?

Gordo: Ta me tirando? Olha sua roupa caralho! Ainda fica na banca com um monte de homem! - apontei o dedo na cara dela - Espero que seja a última vez, porque senão você vai levar um pau na rua!

Brenda: Não posso nem falar com mais ninguém.

Gordo: Fica ai então. - liguei a moto.

Brenda: Espera, vou com você! - ela subiu na moto e sai acelerando daquele jeitinho que o pai gosta! O pagode estava LOTADO já. Coloquei a moto de quebra, descemos da mesma. Fui guiando ela até meu pessoal. 

Gordo: E ai, rapa!

Henrique: Pensei que não ia vir.

Arthur: Até parece que ia perder. - peguei o copo da mão dele. Dei um gole.

Brenda: Posso ir nas meninas?

Gordo: Vai caralho, não sai da minha vista!

Karina narrando.

Estava bebendo budweiser com as meninas, e os meninos, Kauan, Jefferson e o Gabriel. O Guerreiro estava na ronda.

Analu: Quem é aquela astranha ali?

Jefferson: Vocês não perdoam nada.

Karina: Mas é feia. - ri

Liz: Só o cabelo salva, porque misericórdia.

Gabriel: Da pra puxar gostoso!

Karina: Você é sujo demais Gabriel, como pode. - rimos. Vi a Thamires e o Guilherme se beijando. - Nunca vai superar.

Jefferson: Se controla louca, deixa eles!

Karina: Defendendo o parceiro? - gargalhei

Jefferson: Se manca Karina. - comecei a sambar de leve. Tinha uma menina que nunca nem tinha visto por aqui, ela era estranha, magrela, mal arrumada, só o cabelo arrumado, o que realmente salvava. Ela ficava me olhando enquanto bebia sua coca. O Guerreiro e o Gael chegaram. O Guerreiro me abraçou por trás.

Guerreiro: Linda! - deu um cheiro no meu pescoço. Me virei e abracei ele, dei um selinho.

Karina: Ta liberado?

Guerreiro: Só as cinco. - fiz bico - Tá roubando a cena sambando.

Karina: Eu posso! - ri e beijei ele com vontade.

Guerreiro: Amo você Ka!

Karina: Também amo você meu Guerreiro. - sorri

Guerreiro: Ta tranquilo aqui?

Karina: Ta, mor quem é aquela? - apontei discretamente pra menina estranha

Guerreiro: Chegou ontem na favela, parece que é filha do Galdino, meia nerd né? - concordei - Não faz meu tipo! - ele riu.

Karina: Você é idiota assim sempre é? - rimos e dei vários selinhos nele.

Gabriel: Vou da ideia nela, aposta.

Liz: Não acredito meu! - ela riu.

Guerreiro: AAAAAH NÃO! VAI LA, VALENDO CEM REAIS - ele gritava.

Gael: Dou mais cinquenta, se pegar também.

Jefferson: Se pegar dou cinquenta também.

Gabriel: Vou la! - ele deu o último gole na bebida e foi até a mesma. Começamos a rir. A Analu estava no telefone.

Analu: Mãe, a senhora ta doida? Mãe meu pai vai endoidar.... mas vocês tem que respeita o espaço um do outro... ta, a senhora que sabe.... Vai arrumar problema... o tio Arthur nunca vai deixar ele subir... mãe, para por favor... depois não quero você chorando... ta, tchau! - ela desligou o celular irritada.

Karina: O que foi isso?

Analu: Minha mãe quer entrar na favela com o Emerson. - ela bufou

Gael: Ela é doida? O Arthur nunca vai deixar.

Karina: Ele também tem que entender, né...

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora