Chegamos no feijão de corda perto da favela. Fizemos o pedido.
Analu: O que foi aquilo lá em casa? - falava enquanto mexia no celular
Gordo: Não posso entrar na casa da minha filha?
Analu: Pai toda vez que o senhor vai lá é isso, vocês caem na porrada.
Gordo: Perdi na moral pra entrar e ele fica de ideia errada pro meu lado, me respeita caralho!
Analu: É, mas querendo ou não ele é namorado da minha mãe. O senhor tem que respeitar, porque ela não fica caindo na porrada com a sua amante. - ela falava rapidamente
Gordo: Não mesmo, por que ela não é minha amante mais, não tenho mulher e nem namorada, pra ela ser a outra. Ah, e sua mãe que levou ela pra porrada!
Analu: Aham, tá. - ela soltou um riso irônico.
Gordo: Se liga porra, fica debochando.
Analu: Mas o Emerson é legal. - encarei ela.
Gordo: Vai se foder! - falei bravo - Legal? O cara é verme! Quer atrasar o lado de vários.
Analu: Ai pai, vou nem falar nada, pra não da treta! - nossas comidas chegaram
Gordo: Vai pro pagode?
Analu: Claro, faz uns dias que não vou... - Fomos pra casa, quando deu 15h45 tomei um banho, coloquei meu relógio, arma na cintura, passei mais perfume e pronto. Meu celular vibrou, era mensagem da Brenda, ela é tranquila, mas acha que é minha mulher.
Minha moto estava na rua, subi na mesma e sai voado. Cheguei na rua dela, era uns 7 minutos da minha. Brenda estava na rua, olhei pra ela.
Brenda: Tchau amorzinhos. - deu beijo em todos e veio até eu, virei o rosto. - Que foi?
Gordo: Ta me tirando? Olha sua roupa caralho! Ainda fica na banca com um monte de homem! - apontei o dedo na cara dela - Espero que seja a última vez, porque senão você vai levar um pau na rua!
Brenda: Não posso nem falar com mais ninguém.
Gordo: Fica ai então. - liguei a moto.
Brenda: Espera, vou com você! - ela subiu na moto e sai acelerando daquele jeitinho que o pai gosta! O pagode estava LOTADO já. Coloquei a moto de quebra, descemos da mesma. Fui guiando ela até meu pessoal.
Gordo: E ai, rapa!
Henrique: Pensei que não ia vir.
Arthur: Até parece que ia perder. - peguei o copo da mão dele. Dei um gole.
Brenda: Posso ir nas meninas?
Gordo: Vai caralho, não sai da minha vista!
Karina narrando.
Estava bebendo budweiser com as meninas, e os meninos, Kauan, Jefferson e o Gabriel. O Guerreiro estava na ronda.
Analu: Quem é aquela astranha ali?
Jefferson: Vocês não perdoam nada.
Karina: Mas é feia. - ri
Liz: Só o cabelo salva, porque misericórdia.
Gabriel: Da pra puxar gostoso!
Karina: Você é sujo demais Gabriel, como pode. - rimos. Vi a Thamires e o Guilherme se beijando. - Nunca vai superar.
Jefferson: Se controla louca, deixa eles!
Karina: Defendendo o parceiro? - gargalhei
Jefferson: Se manca Karina. - comecei a sambar de leve. Tinha uma menina que nunca nem tinha visto por aqui, ela era estranha, magrela, mal arrumada, só o cabelo arrumado, o que realmente salvava. Ela ficava me olhando enquanto bebia sua coca. O Guerreiro e o Gael chegaram. O Guerreiro me abraçou por trás.
Guerreiro: Linda! - deu um cheiro no meu pescoço. Me virei e abracei ele, dei um selinho.
Karina: Ta liberado?
Guerreiro: Só as cinco. - fiz bico - Tá roubando a cena sambando.
Karina: Eu posso! - ri e beijei ele com vontade.
Guerreiro: Amo você Ka!
Karina: Também amo você meu Guerreiro. - sorri
Guerreiro: Ta tranquilo aqui?
Karina: Ta, mor quem é aquela? - apontei discretamente pra menina estranha
Guerreiro: Chegou ontem na favela, parece que é filha do Galdino, meia nerd né? - concordei - Não faz meu tipo! - ele riu.
Karina: Você é idiota assim sempre é? - rimos e dei vários selinhos nele.
Gabriel: Vou da ideia nela, aposta.
Liz: Não acredito meu! - ela riu.
Guerreiro: AAAAAH NÃO! VAI LA, VALENDO CEM REAIS - ele gritava.
Gael: Dou mais cinquenta, se pegar também.
Jefferson: Se pegar dou cinquenta também.
Gabriel: Vou la! - ele deu o último gole na bebida e foi até a mesma. Começamos a rir. A Analu estava no telefone.
Analu: Mãe, a senhora ta doida? Mãe meu pai vai endoidar.... mas vocês tem que respeita o espaço um do outro... ta, a senhora que sabe.... Vai arrumar problema... o tio Arthur nunca vai deixar ele subir... mãe, para por favor... depois não quero você chorando... ta, tchau! - ela desligou o celular irritada.
Karina: O que foi isso?
Analu: Minha mãe quer entrar na favela com o Emerson. - ela bufou
Gael: Ela é doida? O Arthur nunca vai deixar.
Karina: Ele também tem que entender, né...
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Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}
Novela JuvenilEra uma vez... Era uma vez porra nenhuma! Vivemos uma realidade que nenhuma mãe quer ver, ainda mais mãe de uma patricinha, ainda mais a da minha patricinha, ver a filha apaixonada por um traficante. Quem disse que malandro não se apaixona de primei...