Cap. 77

6.8K 364 2
                                    

Gabriella narrando.

Estava descendo a rua e vi uma movimentação, quando me aproximei, vi que era a Bruna, a Bruna mesmo! Aquela amante infeliz do Arthur, quase se ajoelhou pra entrar na favela, por fim deixei. Quero ver qual a dela! Se a galinha ciscar muito vai acabar na panela com água quente, fui direto pra casa, o Arthur estava jogando vídeo game

Gabriella: Sua ex amante voltou! - rapidamente ele parou o jogo e me olhou - Assustou amor? - ri indo pra cozinha e ele veio atrás.

Arthur: Como que é? Tu disse que ela não iria entrar mais aqui Gabriella!

Gabriella: Calma amor! - ri - Quero ver qual a dela.

Arthur: Amor, não se mete em confusão, por favor.

Gabriella: Então Arthur, fica na tua! Por favor!

Arthur: Vem cá! - gelei. Fomos pra sala, sentamos no sofá, ou melhor eu sentei no colo dele.

Gabriella: Oi mor.

Arthur: Estão falando por ai que a Karina ta namorando com o Guerreiro.

Gabriella: A Karina? - disse assustada e surpresa.

Arthur: É mano, e pior que ja vi ele conversando várias vezes. Mas não sei se é verdade.

Gabriella: Será?

Arthur: Mor, ela ta com umas saidinhas quase todos os dias, o Guerreiro também, mas sei lá po. Não quero isso pra ela não.

Gabriella: Nem eu! Mas tu deveria conversar com ela, ja que ela é tão apegada a você.

Arthur: Manl o cara ta comigo todos os dias, se eles tiverem mesmo junto, na minha cara? - ri e dei vários beijos nele

Gabriella: Vou falar com ela amor!

Arthur: Por favor. Mor, vou ir descansar, juizo! - ri e ele subiu. Aproveitei e sai. Fui em direção à casa da piranha! Toquei a campanhia e ela atendeu.

Gabriella: Disse que viria e vim! - disse entrando.

Bruna: Percebi! - ela sorriu sem mostrar os dentes.

Gabriella: Sem enrolação, não quero você perto do Arthur, nem na boca, muito menos perto da minha filha! Entendeu? - dei dois passos pra perto dela. - Sério mesmo! Se me ver, sai do lugar, troca de calçada, troca de rota! Porque se eu te ver é surra!

Bruna: Gabriella, só vim pra minha casa, não vim confrontar ninguém.

Gabriella: Eu espero mesmo, de verdade! Porque senão, meu amor, você vai ser escaldada! - sorri deboxada.

Bruna: Me deixa em paz, por favor! - disse implorando.

Gabriella: Não disse que ia te infernizar não querida, só não quero você perto do que é meu!

Bruna: Entendi! Estou de saída.

Gabriella: Não precisa me mandar embora, sei do meu tempo. - esbarrei nela e fui saindo, andando, dando uma volta. Encontrei a moto do Guerreiro e dois capacetes, mais pra frente vi o Guerreiro e uma menina de costas. Cheguei perto e vi quem era, minha dúvida se esclareceu. Não era mentira os boatos. Era a Karina, minha filha. - Oi. - sorri - Atrapalho?

Karina: Mãe? - ela disse assustada

Gabriella: Eu mesmo, Karina! - encarei ela. - O que significa isso? - apontei pra eles que estavam abraçados e logos se soltaram

Guerreiro: Posso explicar dona Gabriella.

Gabriella: Explica o que? Não sou tão inocente não Guerreiro! - disse grossa - Pra que isso? Nas escondidas?

Karina: Eu ia te falar mãe.

Gabriella: Você sabe que eu não ligo pra que você fique, namore, mas meu, nas escondidas? Seu pai que vai resolver isso! Quero nem papo com você Karina.

Guerreiro: Dona Gabriella, sou homem, não quero brincar com sua filha jamais.

Gabriella: Nada contra você, menino bom você! Mas porra Karina, você quer a mesma vida que sua mãe?

Karina: Mãe, não é porque meu pai te sacaneou que vai acontecer comigo.

Gabriella: Não to falando isso, sacanear qualquer pessoa sacanea, tanto homem como mulher. To falando em viver, sem saber se ele ta bem, se ele ta vivo, a ele vai voltar. - respirei fundo - Você sabe o sufoco com seu pai Karina.

Karina: Mãe calma. Ta tudo bem!

Gabriella: Tenho medo de você passar o que passo com seu pai e a realidade.

Guerreiro: Calma dona Gabriella, eu vou cuidar dela. Eu vou conversar com o Arthur, fica tranquila. Não vou machucar a filha da senhora não.

Gabriella: Promete?

Guerreiro: Prometo, sogrona! - ele riu e me abraçou, respirei fundo e se soltamos.

Gabriella: Conta logo pro seu pai! - sai andando.

Karina narrando

Karina: E agora? - disse subindo na moto

Guerreiro: Oxi mor, se for te que falar com seu pai, eu falo! Escolhi você. - acelerou e saímos dali. Ele me deixou em casa, demos de cara com meu pai, gelei.

Arthur: Então os boatos confirmam? - meu pai disse sério.

Guerreiro: Verídico. Antes que o patrão fale que ela é mais uma comidinha minha, quero falar que a gente ta namorando, e que eu quero assumir ela pra todos.

Arthur: Eu disse que não queria você com minha filha Guerreiro! Ta quanto tempo com ela?

Karina: Pai eu gosto dele!

Arthur: Quanto tempo estão juntos Karina? - perguntou grosso.

Karina: Tem uns três meses.

Arthur: Três meses eu sendo idiota? Não acredito! Entra Karina! Agora! To me sentindo traído. - minha mãe saiu.

Gabriella: Conversei com eles já amor! Já falei pra Karina como é ser mulher de "bandido" e ela ta se envolver porque quer! Não é falta de conhecimento algum, não adianta a gente prender ela e proibir os dois, isso a gente na fazia e olha o que deu, ela pode fazer pior!

Guerreiro: Dona Gabriella, a senhora mesmo sabe como é isso, casou cedo com o patrão. Mas tou disposto a ficar com ela. - ele apertou minha mao.

Arthur: Isso mesmo, mas espero que saiba onde ta se metendo. Porque quando o assunto é filho não existe parceiria! Entendi cuzao? - ele bateu no peito do Guerreiro, sorri. - Como a Gabriella disse, proibir é pior! Mas vai ter regras. Não quero filha minha dormindo direto na casa de namorado e nem em rolezinho todos os dias, ela estuda e é menor de idade.

Guerreiro: Isso ai já foi conversado com ela.

Gabriella: Espero que tenham sabedoria.

Karina: Sim mãe! - sorri confiante.

Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}Onde histórias criam vida. Descubra agora