Liz : Tem que iludir para não ser iludida.
Julia: Não é bem assim não ta querida, tem alguém pensando a mesma coisa que você.
Liz: Julia, sai daí. - ela saiu com a comida
Izabel: Tudo novinha emocionada.
Gabriella: Quem vê pensa né, maior apaixonadinha pelo Gael.
Izabel: É mesmo, foram pra praia ontem.
Gabriella: Renan deixou?
Julia: Ele nem sabe né, acobertei... Mas já era isso, depois sobra pra mim.
Renan: Não sei do que? - nos três olhamos pra ele.
Izabel: Pensei que estava no turno.
Renan: Que foi? Posso vim em casa não é? - disse colocando água num copo.
Izabel: Claro que sim meu amor.
Renan: Falsa! - ele riu. - E ai barriguda.
Gabriella: Oi cunhado.
Renan: Em dona Julia? Não posso saber de que?
Clara: Papai, papai, me leva pra tomar sorvete. - a clarinha era bem meiga, delicada, educada e tratava todos bens, quero meus gêmeos assim! Era tão lindo vê, mesmo ela tendo o pai dela de verdade.
Renan: Pede pra sua mãe Clara.
Clara: Quero você papai.
Renan: Julia, não posso.
Julia: Eu te levo, vamos. - ela não falou nada e subiu.
Renan: Tem a quem puxar.
Julia: Menos amor.
Renan: Vou nessa! - ele deu um selinho na Ju e saiu.
Izabel: Quer mais Bi?
Gabriella: To cheia sogra, obrigada.
Izabel: Se quiser, só pegar.
Gabriella: Ta bom. - ela saiu da cozinha. Ficamos conversando até tardezinha, levamos a Clara pra tomar sorvete. Aproveitei e fui pro mercado, fiz compras, deixei ela em casa e fui pra minha. Deixei no carro na rua mesmo com as coisas e subi. Tirei aquele roupa e botei um vestidinho.
Karina: Mãe? - entrou no quarto
Gabriella: Oi?
Karina: Guerreiro pode dormir aqui?
Gabriella: Pode, não esquece que amanhã tem aula hein!
Karina: Podemos fazer alguma coisa?
Gabriella: Sim, tipo?
Karina: Batata recheada? Que tal?
Gabriella: Ótima ideia! - prendi meu cabelo num rabo de cavalo. - Pega as coisas no carro então?
Karina: Ta. - ela desceu e eu fui usar o banheiro, usei o mesmo, lavei minha mãos e desci. Fizemos o jantar, tava tudo na paz! Depois subi pro meu quarto me troquei e capotei.
Arthur narrando.
Acordei cedão ou melhor nem dormir. Fui pra ducha, tomei aquele banho gelado que congela tudo, até a mente. Coisa de cinco minutos, aqui é um lugar que não da pra pensar no banho de jeito algum! Me sequei, botei uma cueca, nem box era! Passei desodorante, creme nos braços, botei aquela calça ridícula cor de caqui, uma camiseta totalmente branca, sem nenhuma estampa. Passei gel e penteei meu cabelo. Peguei minhas coisas e sai fora.
Jota: Vai da tudo certo, pode crer!
Arthur: Para todos! - sorri. Guardei minhas coisas na sacola. Voltei pro banheiro escovei meus dentes e sai, guardei as coisas. Fiquei em silêncio olhando pro céu e rezando, logo meus pensamentos foram atrapalhados.
Agente: Arthur Lemos. - levantei rapidamente e fui até a grade. - Bora! - fiz o sinal da cruz.
xX1xx: Boa sorte malandro.
X2: Boa sorte Arthurzeira.
X3: vai na fé moleque! - fiz o 2 com os dedos e sai da cela. Me algemaram e me guiaram até o lado de fora do raio, e me levou até o estacionamento que fica os camburão dos presos.
Agente: Tira a roupa! - respirei fundo e assim fiz. - Agaixa! - já sabia que de três de frente e três de costa, assim fiz. - Abre a boca. - fiz e coloquei a língua pra fora. Tinha um outro agente balançando minha roupa. Logo me vesti, algemaram novamente. Me colocaram no camburão, gelado, sem nada, nada, nada mesmo! Me sentei num banco de aço que tinha ali. Fiquei uns 30 minutos ali, até que eles deram partida, sentido fora da barra funda. O caminho era longe, quase duas horas, balançava pra lá, balançava pra cá.
Arthur: Senhor, me absorve!!! - eu pedia, suplicava. Rezava tudo que era oração possível. Cheguei no fórum, me tiraram e me deixaram num sub-solo onde tinha mais uns presos. Eles me entregaram um pão e um suco de caixinha. Comi, estava com muita fome e minha audiência era as 11h40. Pela noção do tempo, deveria ser 10h, ainda. Então fiquei com o pensamento tumultuado. Queria que a Gabriella estivesse aí, queria ver minha filha, minha mãe.
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Daqui pra frente vai ser tudo diferente {M}
Teen FictionEra uma vez... Era uma vez porra nenhuma! Vivemos uma realidade que nenhuma mãe quer ver, ainda mais mãe de uma patricinha, ainda mais a da minha patricinha, ver a filha apaixonada por um traficante. Quem disse que malandro não se apaixona de primei...