Mingi - Ateez pt2-papai

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Amanheceu, bem cedo. Com pressa, liguei pra Yeji perguntando se ela pode tomar conta da Minhee enquanto estamos no trabalho. Ela disse que não podia, já tinha compromisso, mas que podia mandar alguém no lugar dela. Bom, já estou pronta, mas se a tal pessoa demorar muito, vou acabar me atrasando.

Escuto a campainha sendo tocada, vou até lá e abro a porta, revelando Hyunjin.

-- Bom dia S/n, a Yeji disse que me chamou.

-- Eh, você também é babá?

-- Ainda estou em experiência, ela disse que seria uma ótima oportunidade de eu aprender. Ela sempre me dá ordens, isso é chato, posso tentar sozinho.

-- Espero que saiba cuidar de bebês - o levo até meu quarto, onde ela estava deitada em sono profundo. - Aqui tem uma listinha de o que ela precisa, e cuidado pra não quebrar minhas coisas.

-- Ela é muito fofinha. - sorri fofo. - Só tem ela pra eu cuidar, né?

-- Sim, e se for bem na experiência, você será pago.

-- Agora eu ouvi conversa. - rimos baixo. - Pode ir lá trabalhar, eu cuido da... qual o nome dela?

-- Minhee, ainda vamos decidir o nome certinho dela.

-- Vamos? Quem é o papai dela?

-- Não é papai, de sangue. É o Mingi.

-- Entendi. Bom - olha o relógio. - Melhor você ir logo. Pode ficar despreocupada, eu tomo conta dela. Troco a fralda, dou banho, alimento, até brinco.

-- Beleza. Confio em você.

Saio pro trabalho, que acabei me atrasando um pouco. Mingi ficou a minha procura, até me encontrar.

-- Pensei que não viria trabalhar hoje. Cadê a Minhee?

-- Em casa dormindo. Liguei pra Yeji mas ela não pôde vir, então chamou o Hyunjin pra tomar conta dela.

-- Fico mais tranquilo. Vai lá se trocar, os clientes estão a espera.

-- Tá bom.

Foi um dia longo, e cansativo. Depois de tanto pra lá e pra cá, voltamos pra minha casa. Ele já vinha pra cá antes, agora que não vai sair daqui mesmo. Foi direto pro quarto, mas não tinha ninguém lá.

-- Cadê eles? - pergunta.

-- Hyunjin? - chamo por ele, e logo escuto uma resposta vindo da cozinha. Então fomos até lá.

-- Que bom que voltaram - fala, com uma colher pequena na mão, dando papinha pra ela. - Eu cuidei bem dela, até fizemos uma amizade legal, né Minhee? - ela ri.

-- Que bom. - olho em volta. - Impressionada que a casa está inteira - rio. - Fez um bom trabalho.

-- Me esforcei. - termina de alimentá-la. - Prontinho, terminamos. Estava gostoso? Hm? - a pega no colo.

-- Gostou mesmo dela, né? - Mingi pergunta.

-- Ah, ela é um amor, não tem como não gostar dela. - a enche de beijinhos.

-- Tá bom, o serviço tá feito - sorrio, pegando minha carteira. - Aqui, não gaste com besteira.

-- Eh, realmente vai me pagar? - entrega a criança ao Mingi, logo pegando o dinheiro e se curvando. - Obrigado.

-- Eu que agradeço por ter cuidado bem dela. - sorrio.

-- Eu vou indo agora, mas eu queria voltar mais vezes pra cuidar dela, realmente me apaixonei por essa fofucha. - aperta de leve suas bochechas.

Depois de ir embora, vejo que Mingi estava meio sério.

-- Que foi? - pergunto.

-- Que foi o que?

-- Você, tá bravo?

-- Não, tô de boa. É que.. sei lá, o Hyunjin se apegou à ela muito rápido, não acha?

-- Você também, foi bem rápido. - me aproximo um pouco. - Ah, você tá com ciúmes?

-- Ciúmes? - ri. - Claro que não, ficou louca?

-- Pois é o que parece. - cruzo os braços.

-- Ah, tá. E daí? Eu que sou o homem responsável por ela, não ele. Se é pra ela ter um papai, espero que seja eu. - a olha. - Ouviu só? Eu que vou ser seu papai, tá bom?

-- Não acha que tá forçando a barra? Cuidado com esse ciúmes.

-- Papai? - a menina fala, como uma pergunta.

-- Você.. - a olha surpreso. - Falou papai? - sorri. - Isso, papai. Fala de novo, pa-pai.

-- Papai. - ri em seguida.

-- Ah, isso, eu sou papai. - a abraça.

-- De consideração, né? - falo, me aproximando dela. - Agora fala mamãe. Eu. Ma-mãe.

-- Realmente, se eu for o papai dela, fico feliz que você seja a mamãe. - sorri pra mim.

-- Você realmente gosta de mim né?

-- S-sim. - ele cora. - Eh - faz uma careta. - Uh, que cheirinho ruim. O lanche estava tão bom que já digeriu tudo. - ri. - Vamos lá trocar essa fralda? - a leva pro quarto.

Achei incrível que ele realmente sabe cuidar de uma criança, talvez nem precisa da minha ajuda, pode ser ao contrário.

Não foi tão surpreendente quando ele disse que gosta de mim, eu já sabia disso há um tempo, mas... não sei, não consigo gostar dele mais que um amigo, somos amigos há tanto tempo, seria um pouco estranho pra mim.

-- Você ama o papai? Hm? Ama o papai? - fala sentado na cama, com ela no colo de frente pra ele. - Papai te ama, sabia?

Ela ria.

-- Olha lá a mamãe. - olha sorrindo pra mim. - Chama a mamãe? Vem cá mamãe.

Ele faz um gesto com a mão pra me chamar, e ela faz quase igual.

-- Mamãe tá indo. - me sento ao seu lado. - Sentiu minha falta, foi?

-- Mamãe. - ela fala, me fazendo sorrir.

Na verdade, senti algo tão bom explodir dentro de mim. Senti amor por ela, muito amor e carinho.

-- Você... ama a mamãe? - pergunto. - Hm? Ama?

-- Viu? Ela gosta de você.

Ela estende os braços na minha direção, indicando que quer que eu a pegue no colo.

-- Ih, perdeu papai. - rio dele. - Vem cá, pequena. - a pego.

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Continua?...

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