CAPÍTULO 33

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Quando Azriel chegou até a Casa do Rio, para ter uma reunião com seus irmãos, ele ainda tinha um esboço de sorriso nos lábios por causa da conversa que tinha tido com Gwyn, mas isso sumiu assim que entrou no escritório e viu as expressões nos rostos de Rhys, sentiu a tensão no ar, era o suficiente para saber que algo muito ruim estava prestes a acontecer ou já tinha acontecido.

Ele sabia que aquela sensação não era infundada.

— O que foi? — perguntou sem nem os cumprimentar.

— Beron — respondeu Rhys, claramente se esforçando para não socar a mesa — Eris avisou a Lucien que o desgraçado está preparando o exército, unindo os batalhões, e vai para o continente.

E simples assim, seu humor voltou a ficar tão bom quanto mais cedo. Azriel perguntou:

— Quando ele vai?

— Essa é a questão — Cassian falou, sentado na poltrona ao lado, meio de costas para ele — Eris não sabe quando exatamente, nem com quem ele vai encontrar. Tudo que disse foi para que ficássemos atentos e que acha que Beron não confia mais nele, por isso só está dando informações vagas.

Az cogitou a possibilidade de ser uma mentira. Não confiava em Eris, nunca confiaria nele, se dependesse dele o macho poderia queimar no inferno pela eternidade, mas já os tinha ajudado e fazia sentido que o Grão-Senhor da Outonal desconfiar o filho depois que fora ele e Cassian que o resgataram de Briallyn. Seu irmão tinha dito que Beron o tinha torturado para saber o que de fato tinha acontecido e talvez fosse horrível admitir que Az não conseguia sequer sentir pena. Mas o foco ali não era sua antipatia por Eris e sim o que aconteceria a partir daquele momento. O mestre espião começou:

— Se ele pisar em qualquer território feérico do continente ficarei sabendo e se for até as Rainhas também, me dê quatro dias e vou descobrir quais as ligações e alianças eles têm.

Rhysand assentiu. E Cassian perguntou:

— O que faremos sobre os exércitos?

— Os deixe preparados para qualquer coisa, Cass, não dê sinal de conflito, mas se certifique de que estarão prontos.

O encantador de sombras viu seu irmão assentir e Rhys afundar mais na cadeira. Poderiam começar se preparar verdadeiramente para guerra, mas isso indicaria que estavam prontos pro conflito direto e poderia incitar os outros a começarem isso. E era o que Rhysand mais queria evitar, uma zona de guerra, com a vida dele amarrada a de Feyre e Nyx com só cinco meses.

Quase tinha perdido tudo da última vez, todos eles estiveram com um pé no Além Mundo. Rhys e Amren com os dois pés, por milagre e sorte conseguiram voltar, só que o problema da sorte é que ela acaba e eles certamente já tinham gastado a que tinham e agora tinha muito em jogo para arriscar e ceder não era uma opção.

— Os outros já sabem? — perguntou.

Seus irmãos assentiram.

— Saíram pouco antes de você chegar — o Grão-Senhor balançou a cabeça, espantando qualquer que fosse o pensamento — Feyre disse que queria falar algo, o que era?

Cassian resmungo:

— Com certeza nada de bom.

Não, não era.

— Tudo está parado no continente, nenhum tipo de movimentação e acho que tem a ver com o que Beron quer fazer.

Cass se virou para amaldiçoar tudo e Az piscou notou a marca arroxeada no rosto dele e perguntou:

— O que foi isso?

A expressão do Illyriano mudou e Rhys abriu um sorrisinho.

— Emerie.

𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora