CAPÍTULO 7

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Azriel estava voltando do continente, e para sua frustração, sem notícias significantes. Apesar da patrulha que tinha deixado ao redor das fortalezas, o movimento não tinha sido muito, não havia tido mais nenhuma chegada de carruagens com guerreiros nem nenhum carregamento de armas.

Então, teria que dar um relatório vago a Rhys e torcer para Cass tivesse notícias, seu irmão ao que parecia tinha ido as terras humanas aquela tarde, para falar com Vassa e ver se ela sabia algo sobre a união dos exércitos e também conversar com Eris, a relação de Beron naquilo tudo ainda era um grande problema.

Ao chegar lá, se deparou com Rhys, Feyre e Cassian ao redor da mesa do escritório e assim que entrou, a Grã-Senhora disse:

- Da próxima vez que lhe der uma ordem, Azriel, espero que a obedeça.

Ele baixou o olhar por um instante e depois o desviou para os irmãos, Rhys apenas deu de ombros e fez uma cara como quem dizia: Eu avisei. Cass apenas relaxou na poltrona em que estava sentado para observar a cena.

- Espero que da próxima vez eu possa fazer isso.

- Você deveria ter feito isso, eu e Rhys dissemos para não ir até lá e eu mandei que esperasse que Mor voltasse de Vallahan antes de fazer qualquer coisa.

- Eu sei, Feyre. Entendo que esteja brava e não quero que pense que não respeito sua decisão, mas não me arrependo de ter desobedecido nem você nem a Rhys, prometi servir a Corte e estou fazendo isso e sejamos sinceros, não havia nenhum real motivo para eu me manter afastado além da superproteção de vocês dois, coisa que, com todo o respeito, não preciso.

Feyre o observou por um segundo e depois fez um aceno.

- Certo, mas a questão aqui não é nossa superproteção, Az, não queremos causar alvoroço e estamos fazendo de tudo para evitar essa guerra, ter espiões de nossa corte nas terras humanas não ajudará nisso. Então, da próxima vez que eu disser algo, me escute.

Azriel assentiu, e normalmente, ele apenas ficaria calado, mas dessa vez, se manteve firme.

- Eu vou, mas espero que me ouçam também. E entendo o que está me dizendo, assim como asseguro que estou fazendo tudo com discrição, mas que nossos esforços para evitar uma guerra não valeram de nada se outro lado não está interessado em paz, a única coisa que conseguiríamos em nos manter afastados era ficarmos despreparados. E posso lhe assegurar que as Rainhas não querem paz.

Feyre soltou um suspiro e fez um gesto com a cabeça.

- Rhys me falou sobre sua suspeita e... Confesso que o que fez foi necessário, mas espero que isso não se repita, Az.

- Eu também espero que não, mas se for necessário fazer algo assim de novo, vou fazer. Você e Rhys não são os únicos responsáveis por manter a Corte e a nós a salvo - sua voz, apesar de firme, baixou um pouco - E também são minha família.

A Grã-Senhora o olhou com um misto de reprovação e carinho, mas a segunda coisa acabou vencendo e ela apenas disse para Rhys:

- Tente colocar juízo na cabeça de seu irmão.

- Vou tentar, Feyre querida.

E com um gesto de despedida, saiu. Quando estava atravessando a porta, a voz dela soou em sua mente:

Estou falando sério, Azriel, não faça nenhuma loucura sem informar a mim ou a Rhysand.

Ele olhou para a fêmea enquanto essa saia e garantiu:

Da próxima vez, aviso.

Uma risada leve soou antes que a porta se fechasse e a Grã-Senhora sumisse de vista. Houve um segundo de silêncio então Cassian disse, soltando um suspiro:

𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora