CAPÍTULO 55

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Era muito, muito melhor do qualquer coisa que ele pudesse imaginar. Ter o corpo dela junto ao seu, sentir ele ceder sob seu toque, ouvir a respiração dela falhar.

Azriel teria parado, desejando morrer em seguida, mas teria parado a qualquer indício de que não era aquilo que ela queria, mas o jeito como os olhos azuis dela perderam o foco, o som que lhe escapou quando ele beijou a cada centímetro da linha do queixo que quase o fez perder o controle de vez.

Era impossível parar.

Principalmente agora ao sentir os lábios dela contra os seus, a maciez, a doçura.

Az moveu os lábios devagar, pedindo permissão para continuar, que lhe foi cedida quase imediatamente. E continuou fazendo aquilo com calma, toques leves e lentos, enquanto a segurava pela cintura. Deixando que ela sentisse, que se acostumasse com aquilo. Desejando que passasse a querer mais.

E no momento que Gwyn colocou as mãos sobre seu peitoral, se apoiando ainda mais nele e passou a mover os lábios junto a ele, de um jeito quase tímido primeiro, mas ganhando confiança e firmeza a cada toque, ele sentiu grande parte do autocontrole evaporar. Suas mãos apertaram a cintura dela e puxaram ainda mais para perto porque não podia haver espaço entre os corpos deles. O corpo dela se arqueou um pouco, o dele ficou tenso com a necessidade avassaladora. Deuses... Ele precisava dela mais perto.

Az pressionou o corpo de ambos, as costas de Gwyn contra a madeira da estante da parede, os livros balançando um pouco ao contato súbito. As mãos dela foram para seus ombros, o segurando com força quando ele intensificou o beijo, sua língua deslizou pelos lábios macios, até se entrelaçar a dela, o que a fez soltar um suspiro trêmulo, e ele teve que conter um gemido ao sentir o gosto dela.

E o beijo já não era mais leve, não era mais lento. Se tornou intenso, o toque dos lábios mais rápido e a sensação... A sensação foi incrível, inebriante, enlouquecidamente boa.

Nunca tinha sido daquele jeito.

Azirel só podia estar na porra do paraíso porque não deveria ser possível um beijo ter aquele efeito sobre alguém. Não deveria ser possível o gosto da boca de alguém ser tão bom. Mas era Gwyn, é claro que era possível.

E era viciante, cada vez que a boca dela se movia contra a sua ele desejava mais. Cada vez que aumentava a pressão entre o corpo deles a necessidade de estar mais perto aumentava também. Cada vez que a língua dela se movia em volta sua, ele queria mais, mais e mais.

Seu coração batendo num ritmo frenético dentro do peito, ecoando a batida do dela.

Não havia como controlar aquilo.

Azirel a beijou de novo e de novo e de novo, o intervalo de um segundo entre um beijo e outro porque não tinha a mínima possibilidade de ficar longe por mais tempo que isso, não mais.

A cada a vez que sua boca se unia a dela, a cada vez que ela ofegava e suspirava, a cada vez que sua própria respiração se tornava um pouco mais instável e aquecia a pele e os lábios dela, o toque se tornava mais forte, mais exigente, mais urgente. Puro instinto e desejo e necessidade liderando os corpos.

E quando os dedos dela se enroscaram no seu cabelo, o puxando mais para perto e Gwyn gemeu baixinho contra sua boca... Ele se esqueceu completamente do que "controle" significava.

Azriel colocou uma perna entre as dela, quase desesperado por qualquer contato a mais, uma das suas mãos deixou a cintura e desceu um pouco mais para baixo, a outra foi subindo para tirar o cabelo dela do caminho, os fios se emaranhavam em seus dedos. Ele só deixou os lábios dela quando sua boca foi para o pescoço, mordiscando a pele e deixando um beijo em seguida.

𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora