CAPÍTULO 38

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O treino com todas as Valquírias tinha acabado, mas em vez de estar morta de cansaço Gwyn sentia uma agitação formigante, uma tipo de energia extra zumbindo pela pele. Talvez fosse porque o sol naquele dia não estava tão matador, o vento agradável ou a forma que o treino tinha sido.

Foi cansativo, intenso, mas a primeira parte tinha se resumido a manejar as lâminas duplas, ambas com fios duplos. E ela adorava a sensação de rodar as espadas nas mãos, sincronizando os movimentos, aprender a distribuir o peso e fazer das armas uma extensão do seu corpo. Lâminas com certeza eram suas preferidas.

E além disso, quando não estavam treinando com as espadas, ela e Nestha tinham parado de lutar para observar Cassian e Azriel ensinarem a Emes a conjurar um escudo. Exigia treino, concentração, mas sua irmã estava se provando muito boa naquilo. Não tinha como descrever como estava orgulhosa.

A primeira guerreia Carynthiana era incrível e notavelmente poderosa. Não eram os sete sifões de Az e Cassian, mas eram cinco e isso estava muito acima da média.

No dia anterior ela tinha dito que não entendia o porquê, já que quase todos na sua família tinham recebido três, raramente quatro. Cassian falou que o sangue influenciava mas não era tudo, que aquele tipo de força vinha de algo que ia muito além de parentesco e que talvez aquele poder que sempre existiu ali, tivesse se acumulado ao longo dos anos que não fora usado e ficado mais forte, assim como Emes ficava cada vez mais.

Agora, a morena estava ao lado dela, bebendo água, com as pedras brilhando à luz do sol. Toda vez que olhava para os próprios sifões a Valquíria sorria e era como ver alguém ganhar vida. Ela parecia dez vezes mais mortal agora e estava ainda mais bonita.

Sua irmã tocou o pingente que adorava seu pescoço, um pedaço que ela pegou sem Develon percebesse da primeira pedra que tinha colocado nas mãos, a qual tinha brilhando e se moldado a ela, esquentado e explodido em pequenos pedaços por não conseguir conter toda a energia, mas tinha sido o primeiro sifão e ela queria uma parte dela para se lembrar.

Cassian disse que ela podia ficar, que depois energizada e quebrada, a pedra não sugava mais energia.

— Que calor infernal — Nestha reclamou.

E ela riu. Apesar de o sol não estar tão quente quanto a algumas semanas, cinco horas de treino fazem o calor entrar e permanecer no corpo.

— As moças já terminaram de reclamar do clima? — Cass perguntou.

Nestha fez uma careta para ele, que soprou um beijo em resposta. Emerie sorriu e balançou a cabeça, fingindo clamar, fazendo uma prece sussurrada e exagerada:

— Oh meus Deuses. Oh grande Mãe, que eu não me torne a luz desse mundo de tanto segurar vela para minhas irmãs.

Ela não conseguiu evitar a risada.

— Emes, quando eu penso que não tem como você se superar...

A Illyriana abriu um sorrisinho.

— Eu me supero, sempre me supero — e sussurrou — e acho melhor você se preparar para não cair para trás porque...

E parou de falar. Gwyn não precisava que ela dissesse que Az estava a alguns passos de distância, então rodou nos calcanhares para ficar de frente e, hum... bem, talvez devesse ter escutado Emerie e se preparado um pouco mais.

Era injusto que Azriel conseguisse ficar com aquela aparência suado.

O encantador de sombras deu aquele sorriso de lado, mas antes que pudesse fazer algum comentário, Nestha perguntou:

— Vão ou não mostrar como se faz isso?

Cassian que estava se abanando com uma mão e o copo em outra falou:

𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora