CAPÍTULO 25

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Azriel estava sentado em uma poltrona no escritório da Cada do Rio, Feyre e Nyx tinham acabado de sair dali, a Grã-Senhora tinha que comparecer a um evento na cidade e tinha decidido levar o menino junto, aliás, Nyx era um príncipe, mesmo ainda sendo só um bebê, mesmo que ainda só conseguisse o enxergar como seu sobrinho.

Ele ouviu o Cassian estava falando sobre os Illyrianos e cobrando a Rhys a conversa que eles teriam que ter com Devlon, que deveriam aproveitar a falta de conflitos em Illyria para tocar no assunto, seria mais fácil evitar alguma confusão falando aquilo quando não havia ninguém de cabeça quente. Azriel concordava e disse isso. Mesmo que pensar nela... Nelas, em meio aos Illyrianos não lhe agradasse muito.

O mestre espião deixou que o irmão falasse para poder começar dizer que, ao que parecia, nos próximos dias chegaria algum tipo de carregamento nas fortalezas humanas, que tudo indicava que estavam se preparando para receber algo importante, não tinha detalhes porque a informação foi ouvida por auto e passou por vários ouvidos antes de chegar aos deles e que precisaria averiguar isso.

Rhysand assentiu e, os três tinham terminado todos os assuntos, por um instante seus irmãos se entreolharam e pareciam que estavam prestes a dizer algo mais quando Nestha passou pela porta, ao lado de Emes, pedindo para que Cass as levasse.

— Pensei que fosse com Feyre — Rhysand falou.

Nestha balançou a cabeça.

— Não, não queria ter que passar a noite toda em pé conversando com pessoas que não conheço e Elain foi com ela, todos sabemos que ela será uma melhor companhia do que eu.

O Grão-Senhor fez um gesto com a cabeça, dando razão a ela.

— Vamos? — ela chamou Cass — Não queremos nos atrasar.

— Para quê?

— Para o culto — a Illyriana respondeu com ela, de maneira quase santa.

Azriel escondeu um sorriso, Cass tinha razão, aquilo com certeza era blasfêmia, não que ele se importasse. Rhysand engoliu uma risada e seu outro irmão se lavantou.

— Deixe-me adivinhar: Gwyn vai cantar.

— Se não fosse não iríamos.

Emerie concordou.

— Além do mais, ela disse que Clotho lhe deu uma música antiga, Gwyn já canta bem normalmente mas na velha língua a voz dela é quase sagrada.

Azriel tinha passado a prestar mais atenção na conversa assim que o nome da ruiva tinha sido citado da primeira vez, mas quando Emerie disse aquilo, mesmo suas sombras ficaram mais atentas.

O encantador de sombras não duvidava que a voz de Gwyn fosse de fato sagrada, o timbre dela era melodioso até quando falava, a risada dela parecia ser uma melodia por si só, a voz dela entoando uma canção na antiga língua feérica... Dveria ser encantador, divino.

— Azriel? — Rhysand chamou.

Ele piscou, saindo dos próprios pensamentos, que na verdade pertenciam a ela e perguntou:
— Sim?

— Estávamos perguntando se poderia levar Emes até a Casa do Vento — Rhys esclareceu.

— Claro.

— Tem certeza, irmão? Talvez queira continuar olhando para o nada.

Ele revirou os olhos e se levantou, indo em direção a Illyriana, que assim como os outros estavam na varanda.

— Vá se foder, Cassian.

Dessa vez o Comandante olhou para Nes.

— Só mais tarde.

𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora