EPÍLOGO

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Gwyn ainda estava meio zonza, sua respiração ainda estava voltando ao normal, suor ainda brilhava em sua pele e seu corpo ainda doía. Mas tudo isso era completamente irrelevante quando comparado ao sentimento puro que enchia o seu peito e transbordava em luz por ele. Nada comparado a sensação do pequeno e delicado, gracioso e perfeito corpinho aconchegado em seu colo, da visão de outro igual nos braços de seu parceiro.

— Se parecem com você — ele murmurou, um sorriso grande iluminado os olhos cor de avelã cheio de lágrimas de felicidade — Deuses, Gwynie, são iguaizinhos a você.

Ela riu também, mesmo com o cansaço e as dores, havia uma alegria tão grande dentro dela... E aquelas criaturinhas, por todos os Deuses, eram as mais lindas e sagradas que já havia visto.

Castiel estava quietinho e a encarava com os olhos atentos, muito mais do deveria ser possível para um bebezinho. Ayla se remexia, os pequenos dedinhos estavam sempre se movendo, os olhos piscando em um ritmo lento. E, apesar de Azriel jurar e cantar aos quatro ventos como todo orgulho do mundo que eles se pareciam com ela, não era de todo verdade. Sim, ela se via neles, mas também se pareciam com Az.

Não sabia dizer direito o que, exatamente, eles tinham um do outro, mas era como se tivessem misturado tudo o que havia de melhor em ambos para esculpir sua garotinha e seu garotinho.

Os tons dos olhos e do cabelo, eram uma mistura perfeita. Ayla tinha o formato do seu rosto, Castiel, o de Azriel. Talvez fosse muito cedo para afirmar aquilo com tanta certeza, mas Gwyn era mãe daqueles seres lindos e perfeitos e estava certa do que pensava e falava sobre eles.

Ela baixou a cabeça e beijou levemente sobre os fios de cabelo do seu menino, que fechou os olhos ao sentir o toque e a sombra de um sorriso — sim, ela jurava que era um sorriso — passou pelo rosto dele.

Az se alternava em olhar para ela e Castiel e Ayla, a quem segurava enrolada em uma manta fofinha como se fosse a coisa mais preciosa, frágil e importante do mundo.

Lá fora, a noite fria do fim do outono ia avançando e ela mal podia acreditar que vinte e quatro horas antes não sabia que teria seus filhos em seus braços, ou que, antes disso, passaria quase treze horas para poder os ter em seus braços. Não iria mentir, havia sido difícil, doloroso e ela tinha ficado meio apavorada de que algo desse errado — apesar de que não tanto quanto Azriel — mas cada segundo tinha valido a pena.

Os dois, na verdade, os quatro, ficaram juntos, em silêncio. Não havia nada que ela ou Az pudessem falar, nada que fizesse justiça ao momento, ao sentimento. Então, ficaram juntos, observando a menina e o menino, decorando os traços de cada um.

Gwyn desviou o olhar para seu parceiro e o viu a felicidade, a admiração, o amor refletido no castanho avelã, aquilo fez seu coração bater com mais leveza.

Seriam longos dias, meses, anos, séculos... E ela mal podia esperar por eles.

 E ela mal podia esperar por eles

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𝐶𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑆𝑜𝑚𝑏𝑟𝑎𝑠 𝑀𝑒𝑙𝑜́𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora