Capítulo 7

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Eliza

Acordo com as empregadas me servindo e fazendo suas tarefas diárias, minha banheira já está cheia com água morna e rosas.

Eu até que estou amando essa minha nova vida, todos me obedecendo e tratando bem, agora finalmente me sinto uma rainha.
(...)

Enquanto estou a comer o café da manhã só vejo Arina entrar no quarto, ela parece estar seria e nervosa.

—o que aconteceu?— pergunto comendo um pudim de chocolate.

Arina —sua coroação é hoje, mas o Dante já deixou claro que não vai comparecer e isso é ruim, pois ele tem muita influência, se os habitantes desse lugar não verem ele é como se não tivesse te aceitado como rainha.— por que meu dia não pode começar bem?

Eu só queria entender o problema dele comigo, foi ele que me trouxe para esse maldito lugar e agora não me aceita como rainha?! É um completo idiota bipolar.

Termino de comer e me levanto da cama, eu vou fazer o Dante ir nem que eu tenha que obrigar ele a isso.

Caminho pelos corredores com um vestido largo, pois qualquer coisa me incomoda por causa dos seios fardos, paro em frente a grande porta azul, esse é o quarto do Dante, nunca entrei aqui dentro, sempre que tentava ele me expulsava, claro que na época eu era uma criança chata e apaixonada.

Estou com um pouco de medo de abrir essa porta e ver ele com uma mulher nua, eu não quero ver uma cena tão vulgar.

Ciro a maçaneta e abro a porta do quarto dele devagar,  entro cautelosamente por algum motivo, vejo o moreno dormindo somente de cueca, a luz que está passando por uma das partes da janela está iluminando o corpo semi nu dele.

Seu tanquinho é tão definido, ele é grande e forte, e da para ver pela sua cueca azul que seu membro é grande, seus cabelos pretos ondulados e sua pele bronzeada só fazem ele parecer ainda mais um pedaço de mal caminho.

Como eu queria me esfaquear por estar pensando nele agora,  o quarto dele é arrumado e é enorme na cor azul escuro, não consigo imaginar nele sendo outra coisa além de um filho da puta que fica lindo dormindo.

Eu quero tanto acordar ele na base do grito, mas não consigo parar de olhar a cena dele dormindo tranquilamente.

Só abro as janelas e tiro a cortina da frente deixando a luz bater em seu rosto, fico perto da janela olhando, esperando ele acordar, logo noto ele abrindo os olhos, a primeira coisa que ele nota no quarto sou eu, está me encarando meio sonolento.

Dante —o que quer aqui, peste?— pergunto sentando na cama devagar, seus olhos agora estão nos meios seios.

—pelo que eu saiba meus olhos ficam na cabeça e não nos peitos.— falo e ele só olha para cima meio forçado.

Dante —eu não tenho culpa se meu instinto me faz olhar para os seus abacates.— ele acabou de chamar meus seios de abacate?

—pervertido, nojento, repugnante.— digo indignada e brava.

Dante —deveria se sentir elogiada por ter seios tão grandes e chamativos, além disso, deveria parar de me chamar assim por ser honesto, todos os outros pensam o mesmo, no quanto seu corpo agora é atrativo.— só respiro fundo para não ficar brava.

—tudo que eu quero é que compareça a minha coroação, foi você que me trouxe para o purgatório para ser rainha e agora vem com a palhaçada de demostrar que não me aceita.— falo tentando manter a calma.

Dante —eu fiz a minha obrigação, mas não quer dizer que queria uma rainha ou rei aqui, sempre dei conta de tudo.— eu não aguento esse idiota.

Começo a sentir o clima a minha volta começar a esfriar.

—você vai comparecer a reunião não é?!— só falo extremamente séria.

Dante —não irei, se quiser que eu vá me obriga.— desgraçado infantil!

Vou na direção dele é pego uma faca na escrivaninha aí lado da cama, aponto para seu pescoço, mas ele só abre um sorriso de canto, pega a faca pela ponta e taca na parede do quarto deixando ela presa em uma moldura.

Quase tenho uma parada cardíaca quando ele me puxa pela cintura me fazendo cair na cama, ele simplesmente se vira e fica por cima de mim prendendo minhas mãos, tento me soltar, mas estou completamente presa.

Dante —posso bloquear seus poderes enquanto estiver contato com seu corpo, desiste, não vai conseguir me tacar longe.— diz convencido.

—me solta agora!— falo me debatendo ao máximo tentando sair.

Dante —deveria pensar três vezes antes de querer brincar com fogo pestinha, pois pode acabar sendo queimada.— diz em meu ouvido me fazendo entrar cada vez mais em pânico, noto que o tempo mudou de repente, o céu escureceu e começou a ventar.

—ME LARGA AGORA!— grito com raiva e tudo começa a tremer, parece um terremoto.

Vejo Cris entrar no quarto o chutar Dante fazendo ele cair da cama, logo depois me pega nos braços e tenta me acalmar.

Dante se levantou e parece estar puto, mas não faz nada além de ir para o banheiro bravo.

Cristian —tenta se acalmar um pouco, seus sentimentos e estado mental estão ligados ao clima e tempo do submundo.— só abraço ele aproveitando um pouco a situação.

—o tremor no castelo foi culpa minha?— pergunto sem entender muito bem.

Cristian —sim, sempre que se sentir desestabilizada  o purgatório também ficará, por isso precisa se manter firme e neutra sobre seus sentimentos, vai ter que aprender a controlar melhor eles.

—me desculpa por ser um fardo.— falo querendo chorar, e nesse momento começa a chover.

Cristian —você não é um fardo, o problema é o Dante que sempre dificulta tudo.— só fico assustada quando ele me pega no colo.

—o que....

Cristian —não precisa do Dante para nada, o povo vai acabar de aceitando mesmo sem a ajuda do idiota do meu irmão nisso,  fique longe dele,  vai ficar melhor sem ter contato com aquele idiota.— eu acho que tem razão.

—o que ele ia fazer comigo?— pergunto enquanto ele me coloca no chão, prefiro estar em pé.

Cristian —ver você se debatendo em desespero e medo, não podemos ter relação sexual com você sem a sua vontade, é algo que nos foi proibido na hora que nossa criador nos vez. Pode ficar tranquila sobre isso, Dante não está acostumado a ter alguém mais importante que ele aqui, nenhum de nós está  habituado, mas aceitamos isso.— também parece ser difícil para ele, noto que ele sempre de mantém afastado de mim, me trata com respeito, mas é porque sou a rainha, Arina tem razão quando disse para não me iludir.

—obrigada Cris, tenho que me preparar.— falo abrindo um sorriso, saio para preparar o grande salão.



Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora