Eliza
Amon está andando pela sala do trono enquanto olha para mim com um sorriso no rosto, toca nos móveis com as pontas dos dedos como se estivesse explorando um lugar novo, acho que só está olhando tudo com outra perspectiva.
—é melhor não estar planejando mudar as coisas, ainda serei a rainha daqui e....
Amon —não precisa ficar preocupada Liza, não quero ficar acima de você ou das suas decisões, mas temos pouco tempo caso realmente queira casar comigo, só tenho 4 dias de vida provavelmente, temos que preparar tudo logo. Não cheguei a perguntar, mas como deseja o casamento? No salão de castelo rodeada de nobres e das pessoas que conhece ou entre nós dois?— eu não acredito que estou realmente decidindo isso, quero dizer, estou casando tão nova, queria minha mãe aqui, junto do meu pai e meus irmãos.
—não tenho preferências— digo abaixando o olhar, apenas nos dois estamos nessa sala, quer dizer que não tem problema dizer a verdade, eu acho.
Amon —tem certeza? Todas as mulheres que conheci queriam casar de véu e grinalda, depois ir para um salão e vestejar a união para esbanjar a felicidade a mil sois— diz com um sorriso enquanto caminha até mim.
—não sei se estarei feliz com esse casamento para ser sincera, quero dizer, é repentino demais e o futuro e incerto......
Amon —a incerteza é um dos sintomas da loucura, mas acho que está apenas sendo você mesma, não irei obrigar você ou colocar pressão nisso, se não quiser irei apenas voltar para minha cabana e morrer lá— diz se virando, ele vai até uma cadeira e senta longe de mim.
—estranho, pensei que ficaria de gracinha me puxando para perto de você ou me forçando a sentar no seu colo— falo, pois na última vez que ficamos sozinhos nessa sala me prendeu em cima de seu colo.
Amon —me desculpe, eu pensei que tivessemos intimidade, mas me esqueci completamente de algo. E então, como está sua relação com Dante, pelo menos são amigos ou estão em pé de guerra? Vocês dois estão muito orgulhoso e duas pessoas assim no mesmo lugar não dá certo— parece curioso, me pergunto o que quer com essa informação.
—estava sendo bem complicado no início, mas agora está aprendendo a abaixar a cabeça do jeito que deve, a única coisa que está me incomodando é ter me ameaçado por causa da Safira— digo sentindo a raiva subindo.
Amon —estã com raiva da ameaça? Pois para mim esse é ciúmes. Não precisa se sentir assim, muitas outras mulheres também preferem homens que sabem que vão arrumar outras, elas aceitam os chifres do jeito delas, até usam para se defender— diz com um sorriso de deboche enquanto olha para mim.
—sabe que está pedindo para ser recapitado não é? O que quer dizer com isso, eu não sou corna, nunca fiquei com ninguém até agora...— paro de falar ao ver ele se levantar e vir em minha direção.
Amon —tem um par de chifres brancos crescendo no topo da sua cabeça, está debaixo do cabelo, mas ainda dá para ver minha corninha, vai fazer o que agora me dar uma chifrada— diz começando a rir, fico sem saber muito o que dizer, só coloco a mão nos cabelos e tento procurar o que disse, pois provavelmente é uma brincadeira de mal gosto...
Estou sentindo dois pequenos ossos pontudos saindo da minha cabeça, isso não pode estar acontecendo, não quero chifres.
—CALA A BOCA— falo ficando brava instantemente.
Será que isso é um sinal me avisando que serei corna daqui há alguns anos?
Amon —nem eu que sou meio demônio possuo chifres, você tem uma sort......— taco ele contra a parede antes que possa dizer qualquer outra coisa.
Me levanto do trono e corro direto ao meu quarto olhar no espelho, pois só pode ser um engano, demônias normalmente não tem chifres, eu sou mestiça, não deveria ter de jeito nenhum!
(...)Estou em silêncio enquanto Arina da uma olhada na minha cabeça, está examinando para ver se tem algo de errado, pois essa pode ser a causa das dores que eu estava tento ao dormir.
—e então? É perigoso, pode tirar?— pergunto quando ela para de mexer, está me olhando de forma séria.
Arina —estão tudo normal na sua cabeça, mas vai doer um pouco já que seus chifres estão em fase de crescimento e parecem que serão médios, o chifres do seu pai tão volta então poderão ser iguais aos dele, vai parecer uma carneirinha, fique tranquila, vai se acostumar— não vou não, isso vai mexer com minha autoestima.
—não tem um jeito de tirar, eu não os quero!— falo ficando brava e ela se afasta de mim, acho que ficou com medo.
Arina —minha rainha, não é adequado fazer isso, ainda mais por ter veias por dentro que vão crescer junto, além disso, não vai parar de crescer, irá cair, mas logo novos crescerão no lugar— isso parece até uma maldição, por que eu? Serei a única diferente nesse lugar.
—agora vão poder me apelidar de chifruda, corna....— falo já pensando nos apelidos que o povo vai criar.
Arina —esse vai ser seu diferencial, seu charme, vai mostrar que é forte, pois apenas demônios fortes tem chifres grandes e bonitos— isso é verdade, mas....
—nenhum homem vai querer uma mulher com par de chifres, tenho certeza que até mesmo Amon vai sentir repulsa depois do casamento, Dante vai zoar como sempre enquanto desfila com aquela ninfa perfeita pelo castelo....— digo começando a chorar sem parar, não sei o que está acontecendo comigo, mas não consigo parar de jeito nenhum.
Arina —você linda, sempre foi, desde o outro corpo, não são esses chifres que irão ofuscar isso, acho que na verdade fará você brilhar mais. Vou passar analgésicos caso sinta dor de cabeça, mas não pense em tirar ainda, nem chegaram a crescer o suficiente para aparecer, seus cabelos cobrem eles ainda, veja como fica primeiro.— só concordo com a cabeça, pois tenho que tentar.
Desculpa estar pedindo ajuda novamente, mas minha tela quebrou, um garoto esbarrou em mim o que ocasionou a queta e fez minha tela arrebentar, já falei com o garoto e a família e simplesmente não vão ajudar a pagar o conserto.
Vou ficar sem escrever um tempo enquanto ajunto a dinheiro, também ficarei sem postar, pois estou fazendo isso pelo celular do meu irmão.
Vou deixar meu Pix aqui caso queiram ajudar, quem não pode só ignora a mensagem, pois uma hora volto.
Chave aleatória
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Rainha do Purgatório
RomanceElisa é uma demônia nascida no inferno, foi tirada de sua família quando tinha acabado de nascer para se tornar rainha de um dos lugares mais perigosos que já existiram. Ela vai ter que aprender muito até ser aceita como rainha, vai trilhar um long...