Capitulo 48

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Dante

Eu cheguei a passar na terra antes de vir para o inferno, lá falei com Safira, só não esperava ver ela me perguntando sobre esse tal Amon. Eu não acredito que aquele maldito me chamou de amigo, quem ele pensa que é?

Eu estou ficando cada vez mais puto,  saber que ele consegue se aproximar facilmente de todas as pessoas importantes para mim está me irritando, até mesmo safira que não tem nada a ver com isso ele está se aproximando.

Pelo menos posso ficar tranquilo em saber que Eliza está bem, pelo menos foi o que Safira disse, que eles pareciam apenas um "casal" conhecendo o lugar.  Eu não gosto nada dessa aproximação dos dois, obviamente quer pegar a confiança dela a trazendo aqui mesmo sabendo as consequências disso.

Eliza pode acreditar na história dele, mas todos sabem que tem sempre dois lados ou até mais. Eu nunca vou conseguir acreditar que ele é mesmo bom, Soleil era um rei extremamente autoritário, não gostava que as coisas saíssem do seu conceito de certo, mas ainda assim amava o filho, pois se não amasse não me teria criado a imagem e semelhança dele.

Algo Amon fez para merecer todas aquelas maldições,  e tenho certeza que foi merecido, pois o antigo rei mesmo que muito autoritário era benevolente e sabia perdoar.

É estranho até agora Scarlett não ter me avisado sobre  a chegada da Eliza lá,  pois não tem muitos motivos para eles terem vindo para o inferno além de conhecer os pais da rainha. Apesar que ele passou no castelo principal do inferno, provavelmente foi falar com Lúcifer, pedir almas e talvez mais poder, queria saber qual é o acordo entre os dois, o que Amon da em troca disso?

Eu tô  começando a achar que ele já conseguiu conquistar a família da Eliza, pois deve estar lá agora, não entendo porque a irmã dela não me avisaria, eu deixei claro que ele não é nem um pouco confiável.
(...)

Só abro minhas asas e vou até o castelo do Dagon, eu tenho certeza que vou encontrar eles lá, é quase uma certeza, pois sinto a energia dela por perto, não costumo errar, sempre encontro quem eu quero, mas a exceção é o Amon, ele consegue esconder sua energia a deixando imperceptível,  pelo menos Eliza não sabe fazer isso.
(...)

Paro de voar ao ver o pai da Eliza lutando com um monstro enorme que parece ser um gigante, eu queria evitar falar com ele, mas talvez seja melhor ser direto sobre o assunto, pois não sei o que Amon já  disse para ele.

Quando pouso na grama verde perto do lugar só espero ele finalizar o monstro, quando faz isso logo depois vem em minha direção voando, provavelmente sentiu que tinha alguém por perto.

Dagon —estranho, já estava demorando a aparecer, agora me explica, quem é aquele Amon, o que ele está fazendo ao lado da minha filha e porque está dizendo que são noivos.— fico travado ao ouvir a última parte, era de se esperar que ele queria casar com ela, vai ganhar o trono do mesmo jeito, mas é um pouco estranho, ele poderia simplesmente pegar o controle do purgatório inteiro a matando, não acho que ele queira dividir o controle com outra pessoa, mesmo que seja uma esposa.

Amon é conhecido por ser um demônio causador do caos, ele é completamente egoísta e ganancioso.

—eles não se viram nem 5 vezes, obviamente não são noivos, ele é extremamente manipulador, tenho certeza que só quer a aceitação de vocês para fazer Eliza aceitar a ideia também— falo e ele apenas respira fundo.

Dagon —agora entendi porque ele não deixou ela falar, tinha achado bem estranho, mas deixei para lá quando ela começou  a rir junto de Scarlett, parecia descontraída.— ele parece um pouco bravo, mas está tentando não demonstrar.

—sei que acabaram de se rever, mas como pilar deve entender que preciso levar Eliza de volta, o purgatório deve estar completamente desestabilizado sem a rainha lá,  pois ela carrega a joia com ela que é como se fosse o coração  do lugar.— quando digo isso ele fica apenas me encarando.

Dagon —ela precisa mesmo voltar agora? Finalmente elas estão juntas, nunca vi minha esposa e Scarlett tão felizes antes— eu entendo que ele finalmente está com a familia completa, mas é necessário.

—sabe que eu não posso deixar ela ficar aqui, sou o guardião do purgatório,  preciso me responsabiliza por todos que vivem lá— quando falo isso ele só se vira e abre as asas.

Dagon —então é melhor ir falar com ela, pois  parece não querer ir embora— mesmo que não queira precisa colocar suas responsabilidades como prioridade,  uma rainha tem que colocar seu reino acima de qualquer outra futilidade.

—o Amon está lá?— pergunto pois no momento que eu encarar ele...

Dagon —não, ele saiu para resolver alguma coisa, mas antes disso beijou Eliza o que foi bem estranho, pois minha filha não sabia como reagir além de ficar paralisada sem saber o que fazer. Se eles fossem mesmo noivos imagino que seria natural esse tipo de ação— ou não,  do jeito que a filha dele é envergonhada agiria assim até  mesmo se fosse com o futuro pai dos filhos dela, ainda mais na frente dos pais.

—eu não teria tanta certeza se fosse você,  sua filha é um anjo as vezes, fico na dúvida se ela é realmente um demônio— quando falo isso vejo que ele ficou meio ofendido.

Dagon —infelizmente o fato de ela ser assim não vai impedir que eu tenha um genro— diz dando as costas para ir embora,  logo o vejo voar em direção a sua cada.

Só  o sigo enquanto penso no que falar para Eliza para ela aceitar voltar de boa, eu acho que ela não recusaria, mas depois de tudo que aconteceu com ela não duvidaria, além disso, se ela contar para o Dagon quantas vezes quase morreu no purgatório ele não vai deixar ela voltar mesmo.

O problema vai ser quanto Amon voltar.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora