Eliza
Dante —acorda sua pestinha, precisamos sair, falei que ia te levar para conhecer o purgatório e fazer a conexão.— diz alto enquanto eu me movo na cama ainda dormindo.
—que horas são? Pois eu acho que está muito cedo para começar a infernizar minha vida.— falo abrindo os olhos.
Dante —são três horas da manhã e não tem hora para suas obrigações entendeu?— como eu odeio ele.
Enquanto começo a acordar me cubro automaticamente ao ver que estou de calcinha e sutiã.
—qual o seu problema em bater na porta! Invadiu o quarto da rainha, isso é uma grande violação, me ver semi nua deveria ter pena de morte.— falo completo vermelha e ele ri.
Dante —eu não vim aqui para ver seu corpo sem graça, não ligo para regras e estou pouco me importando para sua vergonha, levanta logo daí e vai se arrumar, quero você lá em baixo em dez minutos, e com armas também.— diz saindo do quarto enquanto estou apertando a coberta em meu peito.
Vou para o banheiro me sentindo sem o mínimo de privacidade, Dante não me obedece, não me ouve e nem se importa comigo, não sei o que estou fazendo aqui se ele se acha o rei de tudo isso.
(...)Desço a escada meio para baixo, Dante está na mesa da cozinha comendo o café da manhã, eu tô sem apetite e não quero brigar ou discutir, se eu pudesse negar minha posição aqui e ter uma vida normal seria melhor.
Cristian —aconteceu algo rainha?— pergunta me olhando, como chefe de guarda ele precisa ficar acordado dando ordens até tarde então encontrar ele é normal.
Só contenho as minhas lágrimas para não parecer fraca, pois me sinto tão inútil e sem lugar que me dá vontade de sumir.
—não é nada.— falo olhando para seus cabelos e olhos cor de mel com um sorriso forçado.
Cristian me olha sem acreditar nisso, vejo ele ir até a cadeira do Dante, ele da um chute no pé da cadeira fazendo assim quebrar e cair para trás, o moreno cai junto com o prato de comida, sua blusa agora está toda suja.
Dante —qual o seu problema?!— diz se levantando puto.
Cristian —você deveria estar tentando fazer as coisas serem fáceis e aceitáveis para nossa pequena Rainha, mas está piorando as coisas e a fazendo sofrer, seu papel aqui é ser somente o guardião do purgatório, Eliza é a rainha, a respeite mesmo que não goste dela.— diz de frente para Dante que continua com a postura de quem quer brigar.
Arina —chega vocês dois, sabem que essa briga não vai dar em nada, vocês tem o mesmo nível de força eu acho, a diferença é que um é imortal, parem de besteira. Cristian está certo, se tudo correr bem hoje a Eliza virá nossa rainha e finalmente nosso mundo vai voltar aos trilhos.— diz e Dante se afasta para ir ao banheiro se limpar.
—Cris, obrigada mesmo.— falo com vergonha e sem jeito.
Cristian —de nada pequena rainha, preciso ir, espero que consiga passar no teste.— como assim teste?!
Vejo meu 'favo de mel" sair da sala para voltar ao posto dos guardas do castelo, ele é sério, mas é tão justo e valente.
Arina —um concelho, ele é gentil com você por ser rainha e não porque gosta de você.— diz quebrando o clima e as expectativas que nem comecei a criar.
—que teste é esse?— pergunto pois eles não me falaram nada.
Noto que Arina fica em silêncio, parece estranha e não quer me contar, tem coisa aí, estou ficando com medo.
Henri —como seu protetor preciso de dizer o que vai acontecer hoje.— diz o castanho de olhos verdes, sempre está sério e de mal humor.
—diz logo.— falo séria e cansada desse suspense todo.
Henri —vai ser um exame de sobrevivência, precisará sobreviver sozinha no lugar mais perigoso do purgatório, depois vai ir até o coração do purgatório para fazer a conexão, por ser filha da sua mãe provavelmente vai conseguir fazer isso.
—o que acontece se eu não passar ou não conseguir fazer a conexão com esse lugar?— pergunto começando a sentir medo, vejo Dante voltar e olhar para minha cara, sei que estava ouvindo tudo, pois a audição dele é ótima.
Dante —se não conseguir é morte nas duas opções.— sinto meu coração acelerar, eu tô com tanta vontade de entrar em pânico e chorar.
Eu não consigo usar meus poderes direito... eu vou morrer..... Sou tão nova para morrer, eu nem namorei, nem sei o que é amor.
Henri —como seu professor de luta, só posso dizer para confiar nos seus instintos.— diz me olhando, acho que ele tem certeza que vou morrer.
—eu só quero saber uma coisa, meus pais sabiam disso?— pergunto pretendo todo minha dor em meu peito. Se eles sabiam sobre isso, eu só tenho que confirmar que são realmente demônios sem coração ou amor pelo próximo, dar a própria filha para morte é algo inacreditável.
Dante —não, para eles você teria a melhor vida que uma garota poderia ter.— então ele omitiu fatos.
—se eu morrer eu juro que volto para te assombrar, seu maldito sem coração.— falo olhando para o moreno com ódio no olhar.
Dante —quero ver.— diz com um sorriso convencido.
—se eu sobreviver e fazer a conexão viro a rainha legítima desse lugar certo? É melhor orar para mim morrer, pois se eu sobreviver farei da sua vida o próprio inferno, Dante.— falo e ele apenas fica a me olhar.
Dante —vamos, não vejo a hora de ver sua morte.— diz com um sorriso.
Arina —vai dar tudo certo, Eli.— diz me olhando tentando me tranquilizar.
Só respiro fundo e acompanho Dante para o lugar onde acontecerá o teste.
Não vou mais poder postar todos os dias, minhas aulas voltaram e estou tentando arrumar um trabalho, agora só posso confirmar caps final de semana.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rainha do Purgatório
RomansaElisa é uma demônia nascida no inferno, foi tirada de sua família quando tinha acabado de nascer para se tornar rainha de um dos lugares mais perigosos que já existiram. Ela vai ter que aprender muito até ser aceita como rainha, vai trilhar um long...