Capítulo 28

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Eliza

Abro meus olhos sentindo alguém agarrando minha cintura por trás, meu coração dispara de um jeito anormal enquanto tento me afastar, mas não consigo.

Dante —calma peste, não precisa ficar assustada.— diz em meu ouvido de um jeito estranho, parece estar se divertindo com a situação.

—o que pensa que está fazendo?! Não pode fazer isso comigo!— falo entrando em pânico.

Meu corpo inteiro treme quando ele morde minha orelha de leve me causando arrepios estranhos.

Dante —eu só quero uma coisa de você, irei solta-la depois disso— diz colocando uma de suas mãos por debaixo da blusa, ele começa a acariciar minha cintura me fazendo esquentar com o calor de suas mãos quentes.

O calor do corpo dele está passando para as minhas costas mesmo com a blusa que estou usando.

—se o Cristian souber diss....— paro de falar na hora que ele da um beijo humido em meu pescoço.

Estou completamente sem reação por nunca ter passado por isso antes, é extremamente estranho, pois o sensação não é nada ruim.

Dante —só quero que peça perdão por me ofender ontem, não é tão difícil assim sabe.— diz com a voz mais tranquila enquanto massageia a minha cintura.

—nunca seu idiota imaturo.— falo firme, mas tomo um susto quando ele desce a mão para minha coxa, está acariciando ela fazendo com que meu corpo comece a queimar um pouco.

Estou sentindo um calor anormal entre minhas pernas o que me faz esfregar elas.

Dante —tão pervertida.— quando ele diz isso me irrito, viro minha cabeça o suficiente para morder o ombro dele o fazendo me soltar na hora.

Pulo da cama  e me viro em sua direção, não espero nem um segundo para usar meu poder e tacar ele contra a parede, mas seu sorriso convencido ainda não se desfez.

Dante —não sairei daqui até ouvir você se desculpando.— diz agora ficando sério.

—se não vai sair por bem farei sair por mal.— falo séria.

Dante —essa eu quero ver.— odeio seu sorriso convencido como se fosse superior.

A primeira coisa que faço é empurrar novamente seu corpo contra a parede, vou rapidamente em sua direção e dou um chute em sua barriga, mas ele consegue segurar minha perna me prendendo.

Dante —quero ver sair daqui agora, "rainha"— ele falou a última palavra de forma debochada.

Pior é saber que a forma que ele agarrou minha perna me impossibilita de muita coisa.

Vai ser tolice tentar chutar ele com a outra perna e me arriscar bater a cabeça no chão, mas sou um pouco tola mesmo, no fundo ele sabe que não pode me machucar, não vai deixar eu me ferir mesmo que acabo levando um chute na cabeça.

Só faço um movimento rotacional e tento acertar ele com minha outra perna, da certo e eu acerto bem na sua cabeça, mas acabo indo para o chão um segundo depois, antes que minha cabeça conseguisse alcançar o mármore ele segura minha outra perna e me faz ficar de cabeça para baixo.

Dante —belo chute, acho que valeu a pena passar por isso para ter a bela visão da sua calcinha vermelha— sinto meu rosto queimar ao lembrar que estou de saia então ele está vendo absolutamente tudo.

—ME SOLTA!— grito de vergonha e ele só ri.

Dante —calma pestinha, não é a primeira calcinha que eu vejo uma mulher usando, também não será a última.— só me irrito ainda mais com a audiência desse idiota.

Meu coração para no momento que escuta a porta do quarto sendo aberta, não quero que me vejam nessa situação estranha.

Olho para a porta e vejo Cristian, mesmo estando de cabeça para baixo consigo notar que está confuso com o que está vendo, e eu estou com vergonha pois minha calcinha está aparecendo.

Tudo que eu queria agora é que isso fosse um sonho estranho e vergonha.

Cristian —Dante, solta a rainha.— a voz dele está seria.

O moreno começa a andar ainda segurando minhas pernas quando me coloca na cama.

Quando noto que está longe de mim só uso meu poder e o taco da janela por ter visto minha calcinha, estou com tanta vontade de me enterrar na areia que nem consigo pronunciar uma única palavra.

Cristian está me olhando, mas ainda não disse nada, acho que sabe que não tem o que dizer para deixar essas situações menos constrangedora.

Cristian —só vim avisar que Alex trouxe Naomi e Maori para cá. Sobre o que eu acabei de ver.... Quer que eu faça algo sobre o Dante?— ele está calmo ou tentando não demostrar nada.

—se puder não deixar ele se aproximar de mim ou das minha servas.— falo tentando manter a calma.

Cristian —qual foi o motivo para ele ter vindo te perturbar?— pergunta sério.

—desde quando o Dante precisa de um motivo?— falo o encarando.

Cristian —não é querendo defender ele, mas conheço meu irmão, convivi com ele por milênios, algo você fez para irrita-lo.— eu não acho que chamá-lo de corno é motivo o suficiente para ele fazer o que fez.

—eu só o chamei de corno, não é motivo o suficiente para ele ter invadido o quarto....— para de falar ao pensar em tudo que ele fez, o que me causou.

Cristian —você está bem, ficou pensativa do nada— diz me observando.

—eu preciso de um banho, só isso.— falo me levantando.

Cristian —certo, irei tentar providenciar que o Dante não chegue perto das suas servas.—  concordo com a cabeça antes de entrar no banheiro.

Sei que está frio, mas estou com um calor tão intenso.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora