Rainha do Purgatório

Capítulo 137

Eliza

Abro as gavetas do armário e pego as roupas que mais uso, pois quero me sentir confortável na casa dos meus pais.

Faço uma pequena mala e saio do quarto me deparando com Alex, parece estar me esperando.

—que bom que está aqui, quero que cuidasse de algo para mim até eu voltar— digo olhando para seus olhos azuis como o céu claro da manhã.

Alex —claro minha rainha, se eu puder de ajudar em qualquer coisa farei— diz vindo para perto de mim para pegar minha mala.

—sei que essa pergunta pode ser estranha, mas posso beija-lo?— quanto pergunto isso ele simplesmente trava e fica me olhando surpreso.

Talvez eu apenas devesse tê-lo beijado sem pedir, mas acho isso uma falta de educação muito grande, ainda mais com ele que parece um cavaleiro de armadura reluzente.

Alex —realmente deseja me beijar? Eu achei que gostasse do Dan...— só dou um selinho em seus lábios antes que possa terminar de falar.

—eu também gosto de você ruivinho,  por isso quero que cuide da minha jóia até eu voltar— quando termino de falar ele só olha para mim em silêncio.

Alex —está bem minha rainha— acho que buguei ele por causa da sua expressão incrédula.

—podemos conversar melhor quanto eu voltar, certo?— pergunto e ele só confirma com a cabeça.

Me pergunto se estou o fazendo se sentir desconfortável, talvez ele nem goste de mim dessa forma, tenho medo de estar forçando as coisas.

Só tiro a pequena jóia do meu peito e entrego a ele em formado de colar, não tem problema fazer isso, pois quando eu voltar ela voltará para mim na hora.

Alex —tem certeza que e seguro deixar ela comigo?— parece um pouco inseguro sobre isso.

—tenho sim, você é uma das pessoas que eu mais confio nesse mundo para cuidar de mim e do meu reino— falo e ele parece ficar mais tranquilo ao ouvir isso, inclusive colocou o colar no pescoço.

Alex —vou cuidar do colar com a minha vida, prometo— diz de forma determinada o que me faz sorrir.

—sei disso, ruivinho— falo abraçando ele que demora alguns segundos para retribuir.

Dante

Só sento no trono e pego minha garrafa de whisky que fica escondido em um armário, eu não sei explicar a raiva que estou sentindo, como eles podem fazer isso comigo?!

Só escuto Henri e Cristian tossirem para chamar minha atenção.

Henri —o que picou você hoje para estar mal humorado desse jeito?— pergunta de forma curiosa.

Cristian —o seu normal não é ficar bravo, o que aconteceu?— as vezes esqueço o quanto ter irmãos é ruim.

—o que aconteceu? Seu filho é o problema Cris! Quando eu fui ver a Eliza, vi o beijo que ela deu nele e o abraço forte— digo irritado e eles me olham por um momento.

Cristian —talvez você esteja tirando conclusões precipitadas, pode ter visto isso de um ângulo diferente— eu sei o que eu vi.

—isso não é justo comigo— quanto digo isso Cris apenas me olha de cara feia.

Cristian —deveria parar de agir como uma criança mimada, você nem consegue dizer a Eliza o que sente ou por que a pertuba tanto, se ela está partindo para outra deveria ficar feliz por ela depois do fiasco que foi a separação dela do Amon— só fico em silêncio, pois é a primeira vez desde a minha coroação que ele falou dessa forma comigo.

Henri —alem disso tudo, Alex é uma opção bem melhor que você, sem ofensa— sem ofensa é o caramba.

—ele não é maduro o suficiente para a  Eliza, não vai conseguir cuidar dela direito— quando termino de falar Cris vai até a mesa de bebidas e pega um copo de vinho.

Henri —já que o Cris perdeu a paciência falarei por ele. A gente acha ele bem mais maduro que você, com todo o respeito— deus, as vezes me arrependo de ter irmãos, só servem para me esculachar.

—acha mesmo que a Eliza ama ele? É óbvio que não— digo bravo e eles apenas se olham.

Henri —na verdade eu lembro que a Eliza falava que ele parecia um príncipe encantado, que nunca tinha visto um ruivo de olhos azuis tão lindo. Além disso, se ela já vou capaz de se apaixonar por você e pelo Amon não duvido que se apaixone pelo Alex, já que ele é uma opção bem melhor que você— eles se podem ter feito um complô para me irritar.

—SAIAM DA MINHA SALA, AGORA!— digo irritado e eles só fazem isso sem dizer nada.

Finalmente paz...