Capítulo 84

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Eliza

Estou em uma mesa reservada para mim e Amon, todos estão bebendo e se divertindo depois do meu casamento, mas não estou em um clima festivo, queria estar feliz, mas sei que não posso forçar esse tipo de sentimento.

Amon —eu fiz algo de errado?— olho para seu rosto depois de lembrar que está ao meu lado.

—não, é só que me sinto cansada, sem muita vontade de festejar e cumprimentar todos, talvez devessemos ir embora, viajar em lua de mel e...

Amon —lua de mel— diz me interrompendo com um certo sorriso safado.

—você já transou comigo, por que ainda age desse jeito?— pergunto, pois realmente não entendo.

Amon —na verdade gosto de ver você irritada, é a única expressão que tenho conseguido tirar de você desde que nos conhecemos— diz ficando um pouco sério.

—então não faz tanta questão de sexo?— estou curiosa sobre isso para dizer a verdade, nossa mesa é afastada de todas, ninguém pode nos ouvir conversando nem em tom normal.

Amon —não faço, mas gosto de fazer, todos os homens gostam na verdade. Não gostou da forma que fiz você tremer de prazer?— pergunta com um sorriso malicioso enquanto olha em meus olhos de forma intensa.

—o que eu disse sobre conversarmos sobre isso no quarto— digo me sentindo um pouco envergonhada mesmo sabendo que ninguém está nos ouvindo.

Amon —tudo bem então, mas se quiser sentir novamente é só pedir querida— diz com um sorriso e logo depois se levanta da cadeira.

—onde você vai?— pergunto, pois ele não pode simplesmente me deixar sozinha no dia da nossa comemoração  de casamento.

Amon —pegar uma bebida, logo vai começar a dança, vamos participar?— parece querer minha permissão.

—sim, mas uma única dança, não sou boa nisso— infelizmente é verdade, sempre piso no pé do meu parceiro no dança, fico até com pena.

Amon —Liza, estamos casados, somos marido e mulher, qualquer conflito ou problemas que tivermos quero que primeiro tentemos conversar como pessoas responsáveis, não faça nada irresponsável por favor— ele está me chamando de infantil e irresponsável?

—certo, certo— digo um pouquinho cansada.

Amom  —daqui a pouco volto, não suma do nada por favor— diz e logo se retira me deixando sozinha, só fico olhando as pessoas ao longe, minha mãe está em uma mesa de frente para meu pai, cada um segura um dos filhos gêmeos,  parecem ser um casal perfeito.

Eu sei que não deveria basear minha felicidade na dos outros, mas é tão difícil não fazer isso.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora