Rainha do Purgatório

Capítulo 152 (Final)

Eliza

Meses Depois

Tento manter a atenção enquanto resolvo alguns problemas do reino, pois preciso achar uma forma de deixar esse lugar seguro e adequado da forma que desejo.

Estou construindo meu império perfeito e por enquanto tudo está indo como quero, só não esperava uma coisa, mas da para moldar os planos.

Naomi —minha rainha, sei que está ocupada, mas você precisa parar um pouco e descansar, relaxar para o seu bem— só ignoro sua frase enquanto faço alguns cálculos.

—eu tô bem, só me deixa sozinha, tenho coisas para fazer, isso é uma ordem, Naomi— digo e ela sai do meu escritório com a cabeça baixa.

Continuo a fazer meus trabalho até ouvir o som do relógio marcando três da manhã, falta uns três ou quatro documentos então ficar mais um tempo acordada não será problema.

Paro meus trabalhos ao sentir uma pontada na barriga...

Só coloco a mão na barriga com um pouco de medo e cautela.

Será que... não deve ser só impressão mesmo.
(...)

Enquanto estou a jantar vejo Naomi e Maori ao longe me olhando.

—querem dizer alguma coisa?— pergunto enquanto como uma sopa leve por causa do enjôo.

Naomi —é que..— vejo que ela para de falar e a irmã dela da um passo a frente

Maori —rainha, sua barriga está maior e redonda, seus seios cresceram, você está grávida?— quando ela pergunta isso em frente aos guardas só paro de comer mais continuo calma

—se esse assunto sair dessa sala todos os empregados e guardas serão mortos, isso não é um blefe, agora saiam, menos as duas— falo e todos se retiram em silêncio.

Naomi —minha irmã não queria ser indelicada, só que...

—eu sei, conheço sua irmã. Vamos deixar algo claro, essa criança é um milagre da jóia da criação, nada mais deve ser perguntado ou dito sobre isso, esse reino está fechado e não pretendo abrir ele, nunca mais— falo ficando séria.

Maori —certo, mas devo esperar que seja ruivo, moreno ou que tenha cabelos cor de mel?— só olho diretamente para cara dela por um tempo, mas só ignoro.

—não deve esperar nada, esse lugar será um santuário para mim e para essa coisa na minha barriga— falo me levantando.
(...)
(...)
(...)

Parece que isso nunca vai acabar, dói demais!

Médica —isso, faz força rainha— diz calma enquanto me olha com um sorriso.

—eu tô fazendo força!— grito irritada, pois a dor é demais...

Só grito o mais alto que consigo quando a dor volta e logo tudo parece passar quando escuto um som fraco, um choro fino quase inaudível.

Médica —meus parabéns minha rainha, é uma linda princesinh....— fala sorrindo, mas para ao olhar para criança.

—tem algo de errado com ela?— pergunto preocupada querendo pegá-la no colo, mas a médica apenas se afasta e leva ela para longe.

Tento sair da cama, mas Naomi me impede me fazendo deitar novamente.

Naomi —calma, ela vai trazer sua filha para você— eu só não consigo me acalmar, quero ela aqui e agora.

Não demora para a médica voltar com a minha bebê no colo, mas o olhar dela está sério, tem algo de errado.

—me diz logo, ela está viva?— pergunto contendo a vontade imensurável de chorar.

Médica —por enquanto, mas os batimentos estão parando, e o pulmão não está funcionando como deveria, ela não vai viver minha rainha, quer ficar com ela enquanto ainda vive?— só sinto lágrimas caírem dos meus olhos, mas concordo com a cabeça.

Vejo que ela vem até mim e me entrega a criança embrulhada em um pano azul, tiro o tecido do rosto da minha bebê e logo consigo ver seu rostinho. Seus olhos estão fechados então não consigo ver a cor deles, sua pele é rosinha, meio avermelhada e seus cabelos pretos.

A cada segundo que fica em meus braços fica mais roxinha, eu não consigo aceitar isso, ela acabou de nascer, por que tem que morrer?!

—isso é injusto demais— falo  tentando me manter firme, mas simplesmente não consigo.

Naomi —talvez fosse o destino dela te conhecer— diz no meu lado enquanto olha minha bebê.

Sinto uma presença quase imperceptível no canto da sala, nunca senti essa energia antes, sei que tem alguém ali, mas não consigo ver ninguém, será que é a ceifeiro, ele veio buscar ela...

Naomi —Liza, está bem, está olhando para o nada por muito tempo— só saio dos meus pensamentos e volto a olhar minha bebê que está completamente roxa, ainda consigo ouvir seus batimentos com minha audição apurada.

Pode ser contra as regras fazer isso, mas eu não vou permitir que ela se vá.

Respiro fundo e pega minha jóia,  tento usar na minha filha, mas parece que simplesmente não funciona, mesmo quando paro de ouvir o coração dela contínuo a usar a jóia, acabo apertando tanto a pedra brilhante que ela se desfaz um pouco e cai em cima da minha filha, inclusive em sua carinha.

—me desculpa filha— falo abraçando o corpinho sem vida dela.

Escuto passos altos que parecem estarem vindo na minha direção, mas apenas ignoro enquanto olho minha filha, noto que um pedaço do cristal caiu na boca dela, tento tirar, mas quando os pedaços começam a brilhar e ela começa a se mover acaba engolindo o que estava em sua boca.

Só abro um enorme sorriso quando ela começa a chorar, mas paro ao notar que a cor do seu cabelo simplesmente começou a sumir até ficar completamente platinado com as mesmas luzes azuis e violetas da jóia.

*****—Maldita seja essa garota—  escuto um tom de voz assustador perto de mim, mas parece que apenas eu consegui ouvir

Naomi —que milagre, parabéns Liza, qual será o nome dela— só engulo seco enquanto tento pensar em tudo que acabou de acontecer. Minha filha morreu e eu consegui trazer ela de volta? Será que fiz alguma merda?

Só me recomponho e olho para ela.

—o nome dela vai ser Cristal, já que foi isso que a salvou— falo me aproximando mais de seu rostinho que voltou a ficar rosado

—Se conseguiu até mesmo vencer a morte, vence qualquer coisa minha guerreira—digo beijando sua bochecha.

Vou continuar a história da irmã dela, Scarlett ( Meu mestre, meu problema )

História da filha da Eliza, Cristal: Entre Mundos (Deuses Elementais)
Já saiu

Na minha história da Cristal vai mostrar o que aconteceu com o Dante e com a Eliza, e os outros guardiões.