Capítulo 73

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Eliza

Quero acabar com isso de uma vez, talvez atacar primeiro seja melhor, preciso terminar com essa rebelião e colocar essas pessoas no lugar delas, com suas cabeças penduradas em estacas.

Paro de escrever quando vejo Dante entrar na sala, ele passa o olhar em mim e depois na minha mesa.

—se está procurando algo é só falar— digo já irritada por estar me ignorando.

Vejo seus olhos voltarem a mim, está me encarando em silêncio, mas depois faz um som que eu identifico como "desistiu do silêncio"

Dante —preciso dos relatórios das invasões, sabe onde está?— pergunta em um tom sério, é raro ver ele sendo direto, antes não era assim.

—por que não fala mais comigo, qual é o seu problema?— pergunto em um tom mais brava e ele abre um sorriso sarcástico.

Dante —isso é o problema, tudo irrita você, tudo é motivo para matar alguém, ninguém pode mais responder você sem que se sinta ameaçada e mante matar. Só estamos sendo cautelosos com a nossa própria vida, pois pelo que parece nesse momento tudo que importa é você— diz indo até a estante procurar o documento.

Eu não acredito que disse mesmo isso para mim, me deixa brava, decepcionada e  com vários outros sentimentos que não consigo indentificar.

Dante —vai querer que me executem depois de ter falado a verdade?— consigo sentir a ironia na sua voz enquanto procura o documento.

—você sempre me tira do sério, mas  acho que já estou no terceiro nível de loucura— digo e ele volta a olhar na minha cara.

Dante —na verdade está no 4 nível de loucura, psicopatia, como não consegue notar isso, por que acha que parou no egoísmo?— pergunta me olhando sem entender.

—por que estou pensando seriamente em matar a Safira pela afronta no jantar— quando digo isso ele paralisa inteiro.

Dante —sua peste, ela não te afrontou em momento nenhum!— diz bravo, mas eu apenas rio da reação que me dá um pouco de prazer para dizer a verdade.

—você notou sim, ela tentou dizer que é culpa minha você estar ocupado— digo e ele fica sério.

Dante —ela não afrontou você, disse algo natural que não deixa de ser verdade, tem me atarefado muito mais que o normal, essa é a sua vingança, pelo que?— só viro meu rosto, pois não preciso dar nenhuma explicação a ele.

—se já achou o documento saia, tenho coisas a fazer e....—paro de falar ao ver Dante se aproximar sério.

Dante —juro que se machucar a Safira te farei se arrepender, eu não me importo com o que faz ou deixa de fazer comigo, mas com ela não— só sinto um ódio maior crescer em meu peito.

—saia da minha frente e vá para o inferno com ela— digo em plano ódio, ele se vira e sai da sala me deixando ainda mais brava.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora