Capítulo 93

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Eliza

Amon saiu para caçar alguns monstros, pois gosta de comer carne fresca, eu entendo que goste de tudo fresco, mas tenho uma impressão que mata o inimigos e recolhe o coração. Saber que é meio canibal mexe um pouco comigo, mas demônios são assim pelo que ouvi pelo menos.

Ontem a noite foi bom, a forma que fiquei por cima dele, o controle de dominar ele foi algo novo de se sentir, foi ótimo  sentir me no controle.

Abro a janela do quarto para entrar um ar, mas algo passa por mim e entra, foram asas pretas bem grandes, notei os olhos roxos, respiro fundo e preparo para não perder a paciência.

—o que quer aqui Dante? Invadir o quarto da sua rainha não é algo muito certo de se fazer sabia?— pergunto olhando para trás e vendo ele ali parado me observando, está olhando minha camisola, meu cabelo desarrumado e a cama toda bagunçada, deve estar imaginando alguma coisa que não é da conta dele.

Dante —você não foi me ver mesmo sabendo que o Amon brigou comigo, fiquei decepcionado— só abro um sorriso e respiro fundo.

—meu marido em primeiro lugar, estaria em segundo caso fosse culpa dele, mas não foi não é?— pergunto e ele desvia o olhar.

Dante —por que é tão cega, é óbvio que algo ele quer te você, vai mata-la quando conseguir— diz de forma séria.

—claro, e você acha que ficar afrontando ele vai resolver isso?— pergunto e ele fica em silêncio.

Só vou até minha poltrona e me sento de pernas cruzadas.

Dante —eu só quero cuidar de você, não acho que seja seguro para ti estar com ele, pois pode acabar surtando em algum momento e matando você como fez com as outras que passaram em sua vida antes— ele pode ter sim razão, mas não a mais nada que eu possa fazer, estou casada e é até que a morte nos separe literalmente.

—eu não quero que tenha mais problemas com o Amon, por favor Dante. É pedir demais que pelo menos finja o obedecer?— pergunto, mas o olhar dele fica sério.

Dante —é, eu nunca vou conseguir aceitar alguém que fui criado para matar, consegue entender isso não é?— não é bem assim também, ele estava se tanto bem com o Amon antes de se tornar meu marido, quando trouxe a Safira para cá.

—ele está nos ajudando, libertou você da maldição que os obriga a ser guardiões, o que mais precisa para ver que ele apenas quer ajudar?— pergunto e ele respira fundo.

Dante —eu apenas não quero ver você morta, pois sei que quem vai ter que dar a notícia ao seus pais sou eu—  eu sei disso.

—se não quer isso não de motivos para ele querer me matar, pois deixou bem claro que se eu o trair vai matar me, você invadiu meu quarto, o que você acha que ele vai pensar se ver você aqui dentro comigo?— digo e ele abaixa a cabeça.

Dante —me desculpe pestinha, não quero causar problemas a você— estou pasma que realmente está pedindo desculpas.

—otimo, agora se poder sair do meu quarto pela janela que entrou seria ótimo— falo e ele faz isso sem eu precisar pedir novamente.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora