Capítulo 109

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Eliza

Estou a olhar minha mãe matando alguns monstros que estavam ameaçando o nível infernal dela, é impressionante como se mantém firme e determinada sempre.

Me pergunto se ela já chegou a sentir insegurança, medo e incerteza, pois pela forma que age parece que não.

Só abro um sorriso ao ver que parece estar se divertindo, parece estar feliz e completa com a vida que tem.
(...)

Vejo que minha mãe tenta limpar o sangue em suas roupas, mas não vai sair tão cedo, pois parece que é ácido, se assemelha a petróleo na aparência.

Mia —vamos voltar para o meu castelo, deixei esse lugar mal administrado por causa dos seus irmãos que tiraram boa parte do meu tempo, mas não me arrependo nem um pouco de ter tido aqueles pirralhos fofos— parece ser uma mãe maravilhosa que se esforça para ser uma mãe perfeita.

—eu queria alguns concelhos mãe— falo enquanto caminho atrás dela.

Mia —é sobre seu marido não é?— mais ou menos isso pelo menos.

—você disse que eu não deveria ficar com Dante na primeira fez que vim para cá, acho que deu a entender que ele me trairia— digo e ela apenas respira fundo.

Mia —eu fiz você dar uma chance ao Amon naquela época, mas tive claros motivos para isso,  não menti sobre o Dante, vocês se casariam a força por causa do purgatório, ele não iria ver esse relacionamento como algo real mesmo que fosse, o que mais você ganharia se tivesse o escolhido seria chifres e ressentimento por boa parte do tempo, até o fim de vocês— como assim "até o fim de vocês"?

—se eu não tivesse casado com Amon eu estaria morta agora?— quando pergunto ela fica em silêncio o que me confirma.

Mia —tem vários futuros prováveis, mas esse que está é o melhor acredite, mas mudando de assunto, não acha que deveria voltar e encarar seu marido, quero dizer, não pode viver fugindo ou ignorando os problemas entre vocês, devem se resolver, conversar— eu sei disso, mas eu queria ficar mais tempo perto da minha família.

—eu vou voltar, sinto que não posso deixar Amon e Dante sozinhos, sinto que devem estar destruindo tudo que estiver em volta— falo e ela ri, parece achar graça da forma que confio em Amon.

Mia —eu não posso de dizer o que vai acontecer daqui para frente, mas não desconfie tanto do Amon, ele te ama muito, o fato de não poderem ter filhos dói muito mais nele, pelo menos no seu pai machucava muito não poder ter filhos— do abraço ela mesmo estando suja, pois acho que é hora de voltar.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora