Capítulo 123

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Eliza

Estou caminhando atrás do Amon, pois não estou muito segura de aparecer em frente a todos.

Amon —está muito quieta, pode falar comigo se quiser esclarecer algo até chegarmos na sala de jantar— sua voz está calma.

—não estamos mais casados não é? Ou estamos?— estou curiosa sobre isso.

Amon —por que a pergunta? Quer que não estejamos mais casados para poder fugir de mim?— diz se virando para me olhar.

—não é isso, só quero saber se estamos casados ou não— digo  olhando para ele de forma séria.

Amon —você foi colocada como morta então não estamos, nossa união até a morte se quebrou também, mas você está viva, quero dizer, se quiser continuar comigo— eu nem sei o que responder agora.

—você é o governante desse lugar, pensei que fosse apenas isso que queria, já que disse que apenas casou comigo para não morrer— vejo que ele respira fundo quando escuta isso.

Amon —acha mesmo que eu fiquei contigo esse tempo todo sem realmente gostar de você?— ele está sério.

—eu sei que você gosta de mim, mas....

Dante —vão demorar muito? A comida já está esfriando, podem deixar para resolver esse assunto de vocês depois— diz aparecendo e me interrompendo completamente.

Amon —já estamos indo, Dante— diz de mal humor, vejo que Dante me olha e sorri antes de sair o que faz Amon fechar a cara.

—essa sua expressão não é de ciúmes né?— pergunto abrindo um sorriso.

Amon —no momento você é basicamente solteira e você sabe que Dante estava louco para arrumar uma oportunidade de ficar contigo— em uma coisa está certo, Dante está muito estranho ultimamente.

—eu acho muito paranóico da sua parte ficar pensando isso do seu irmão— digo brincando o que faz ele revirar os olhos, acho que já cansou de ficar ouvindo que Dante é seu irmão.

Amon —vamos logo voltar antes que ele volte para nos infernizar— diz voltando a caminhar.
(...)

Estamos em frente a sala de jantar, só respiro fundo antes de entrar atrás de Amon, quando faço isso vejo todos na mesa travarem, mas tem um rosto novo ali, acho que aquele homem loiro de olhos azuis esverdeados é Soleil.

Cristian e Alex estão me olhando fixamente, parecem não acreditar que sou eu, eu também não acreditaria se fosse eles, pois me viram morta imagino.

Henri está comendo enquanto me olha, não parece impressionado, acho que só aceitou o fato que voltei, ou a comida é mais importante que minha volta, está machucado e tem uma cicatriz na bochecha, provavelmente sabia desse corpo.

Amon —nossa Eliza voltou, conversaremos sobre tudo depois do jantar— diz se sentando em sua cadeira, vejo que a minha cadeira está vazia.

Cristian —esse é o verdadeiro corpo dela não é?— só concordo com a cabeça enquanto caminho até meu lugar.

Dante —pai essa é a Eliza— quando ele diz isso o homem loiro apenas fica me olhando por um tempo.

Soleil —imagino que esse seja o verdadeiro nome da Eva, de qualquer forma, todos falaram muito bem de você, deve ser uma ótima pessoa— a forma calma e sem preocupações que fala me causam paz, mas ao mesmo tempo estranheza.

—não é para tanto também— digo forçando um sorriso, pois teve uma época que eu não era uma boa pessoa não.

Amon —vamos comer, conversamos depois do jantar quando os pratos forem retirados— diz e o silêncio se instala na mesa, todos começaram a comer menos eu que estou olhando os pratos, tem tanta variedade.
(...)

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora