Capítulo 14

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Dante

Quando volto para dentro do castelo levo um tapa no rosto, quando me viro para ver quem me bateu vejo Arina brava, parece que ela já sabe o que eu fiz na cachoeira.

Arina —eu tô ficando realmente cansada das suas provocações, nossa rainha só quer paz, inclusive se afastou dos lugares que você frequenta para conseguir isso, mas você insiste em infernizar a vida da coitada!— só fico em silêncio, pois é melhor deixar ela falar para as coisas não piorarem mais.

—eu não ia deixar ela se afogar, só estava brincando com a rainha, está calor e.....

Arina —não me vêm com essa, a rainha está trancada no quarto a horas e não quer sair, ela não sabe nadar, deve ter se sentido nervosa, com medo, insegura....— só respiro fundo.

Eu não quero fazer mal a pestinha, só queria brincar em pouco e irritar ela, estava calor, não achei que ela me soltaria e tentaria sair sozinha, quando me dei conta o subcomandante Alex já tinha se aproximado e tirado ela da água.

—vou falar com ela.— falo me virando, mas ela entra na minha frente.

Arina —você não vai, não ouse se aproximar dela novamente.— diz me olhando como se quisesse me bater mais.

—talvez ela queira ouvir um pedido de desculpas.— falo para ver se ela sai da frente.

Arina —Cristian está com ela no quarto, a tranquilizando, eu conheço você, não vai pedir desculpas a ela, vai inventar motivos.

Adam —alem disso, a rainha não quer olhar na sua cara, é provavelmente que inclusive mude de castelo já que não deixa ela em paz.

—ela não varia isso, é mais provável querer me expulsar.— falo e eles ficam me olhando.

Adam —a rainha está te evitando por não querer problemas com você, mas continua a infernizar ela, se meter com você é a mesma coisa que ficar contra o povo dela, óbvio que vai preferir se afastar a arrumar problemas com o guardião mais importante.

Arina —Se fizer a jovem rainha sair daqui farei da sua vida um inferno entendeu?! Não dei 18 anos da minha vida para fazer a Eliza se afastar de nós, ela é independente, não precisa de nós para ser rainha, no momento que quiser fazer o que desejar pode.— eles estão realmente sérios sobre isso.

Não entendo porque tanto drama, só passo direto pela Arina ignorando os esporros dela.

Vou em direção ao quarto, abro a porta e entro sem me importar, mas antes que eu possa dar o primeiro passo para dentro sou tacado contra a parede.

Eliza está em  pé no meio do quarto com o olhar cheio de raiva,  só engulo seco, acho que uma desculpa realmente não vai melhorar essa situação.

Cristian está no lado dela com a mão em seu ombro, parece estar tentando acalma-la, provavelmente falou algo para deixar ela ainda mais brava comigo e agora está se fazendo de bonzinho. Talvez seja minha implicância com ele, mas o odeio.

Eliza —fica longe de mim, da próxima vez que se aproximar juro que enfio uma faca no seu peito.— ela está mais que com raiva, está fervendo em ódio.

Não vou levar a ameaça a sério, não posso morrer mesmo, só deixo minha energia fluir fazendo uma barreira em volta de mim o que faz os poderes dela serem rebatidos, começo a andar na direção dela, mas Cristian fica na minha frente me impedindo.

Cristian —chega, estou cansado de ver você fazendo o que quiser por ser você, da rainha você não se aproxima mais.— da para ver que ele está sério, mas acho que é pelo problema que descobriu durante o dia  e só está descontando em mim.

Só respiro fundo para manter o controle, dou meia volta e saio. Estou ficando completamente puto com isso, sei que cometi um erro, mas isso não voltaria a acontecer.

Eliza

Cristian — se anima um pouco rainha, Dante não vai voltar a perturbar você tão cedo.— assim eu espero, eu me sinto tão inútil e inferior perto dele.

—espero que nunca mais, quero que vá para terra para nunca mais voltar.— falo e ele passa a mão na minha cabeça.

Cristian —é bem improvável já que esse é o lar dele, mas tem outros castelos no inferno, todos são seus, quer dizer, tudo aqui nesse mundo é considerado seu rainha. Deixe esse castelo para os guardiões, pode comprar e contratar  servos para o novo castelo que irá morar, ficar um tempinho longe não seria ruim.— tem alguma coisa acontecendo, ele parece meio estressado.

—não estou segura aqui? Você está muito estranho mesmo Cris, você é sempre tão calmo.— falo e ele senta na cama e respira fundo.

Cristian —o purgatório é enorme, deve saber disso, mas metade dele é controlado por um ser que chegou no inferno a milhões de anos, mas ele parece não ter pertencido ao céu, nem ao inferno, muito menos a terra. Não sabemos como ele é, só que se esconde atrás de seres que o consideram rei, o exército dele está aumentando e passou da nossa parte desse mundo, a parte que conseguimos estabilizar. Sei que seus problemas com o Dante mexem muito com seu psicológico, mas tem algo muito pior acontecendo, quero te deixar em um lugar seguro enquanto resolvemos isso, Alex irá ficar ao seu lado para te proteger se aceitar, pois o foco do inimigo será na gente.— só fico olhando para cara dele sem acreditar, meu problema é tão insignificante perto dos deles.

—se acha que é melhor assim, mas não seria melhor eu viver em outro lugar ou me esconder fingindo ser outra coisa, morar em um castelo sendo a rainha desse mundo é meio...— eu não estou confiante em minha própria habilidade.

Cristian —você viveu a vida inteira em um castelo, o melhor seria fingir ser uma plebeia ou uma guerreira da guarda, mas não teria os mimos, e ninguém poderia ficar sabendo disso.

—quer dizer que poderei lutar e fazer missões se entrar na guarda?— pergunto animada e ele fica me olhando sem entender.

Cristian —sim, mas quer mesmo isso? Terei que tratar você como uma guerreira igual as outras.— só faço um sim com a cabeça.

—os outros não vão me reconhecer?

Cristian —não, vai usar um capacete e uniforme, vai cuidar dos monstros em volta das cidades, nenhum guardião trabalho nisso, só pegam trabalhos pesados e perigosos. Acho que seria bom para você utilizar o que aprendeu, quando mais experiência mais forte fica.— só faço um sim com a cabeça.

—então Alex vai ficar como meu segurança?

Cristian —só se realmente precisar, pode pensar nisso o quanto quiser, mas não comente com os empregados, são fofoqueiros.— diz e se levanta, logo sai do cômodo.

Minha vida bem que poderia ficar fácil.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora