Capítulo 63

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Eliza

Acordo  assustada com alguma coisa caindo em cima de mim, me levanto na hora e me deparo com a minha cama cheia de livros antigos e empoeirados.

Amon —já aprendeu a se proteger sozinha, isso é bom, mas não é o suficiente  para ser uma rainha adequada. Um rei sempre está a lutar, mas também sempre está a ler e estudar, precisam ser sábios e ter bons conselheiros— diz ligando a luz do quarto, minha visão demora a se adaptar com a claridade.

—poderia esperar amanhecer pelo menos— digo enquanto passo a mão em meus olhos.

Amon —meu tempo está acabando, preciso que você aprenda logo a desfazer maldições, acho impossível você aprender a fazer isso em meses sendo que normalmente uma pessoa normal demora milhares de anos para obter esse conhecimento— ele está realmente mais pálido que o normal.

—estranho, pensei que iria tentar me convencer a casar contigo ou algo desse tipo— falo enquanto olho as capas dos livros.

Amon —se casar comigo ainda é uma opção,  mas não posso obrigar você a isso, para nossa união ser feita precisa ser da sua vontade também. Tenho um presente para você— vejo ele tirar uma caixa que está coberta com desenhos e marcações, ela é bem bonita e antiga, parece ser bem importante.

A pego de suas mãos, fico a olhando e passando os dedos nas marcações.

Amon —abra, espero que goste— a voz dele parece calma e pacífica.

Abro a caixa, vejo uma adaga avermelhada, a bainha é preta com listras vermelhas, os cristais são  da mesma cor.

–obrigada, mas tem algum motivo para estar me dando isso?— pergunto estranhando.

Amon —essa adaga foi feita por mim quando era novo com metais celestiais, ela pode matar qualquer ser não importando se é imortal ou não. Até mesmo o Dante que não pode morrer, qualquer ser não importando se é um Deus ou não— foi bem específico no pode matar qualquer ser.

—inclusive você imagino, mas já está morrendo— falo com um meio sorriso.

Amon —nossa.... eu criei um monstro— diz irônico com um sorriso de canto.

—eu vou fazer o máximo para aprender,  agora saia, por favor— digo pois não aguento mais olhar para ele, de alguma forma sinto algo estranho em sua voz.

Estou com a leve impressão que me deu isso para poder mata-lo quando a hora chegar, ou que vá ficar contra mim em algum momento,  tentar me matar.
(...)

Fico a olhar os livros até  ver um específico,  acho que ele só pegou os mais importantes da biblioteca subterrânea sem olhar pois tem um sobre ele com mil paginas. Vou amar ler ele quando tiver tempo, pois saber mais sobre o temido Amon não será ruim.

Rainha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora