Capítulo 34

6.9K 518 102
                                    

Ferreira narrando
Capítulo 34
Quarta

Minha mãe tinha feito aquele chá de novo e eu consegui dormir suave, acordei um pouco no meio da noite mas consegui dormi melhor.

Hoje não tinha muito bagulho pra resolver então vou ficar em casa de marola mesmo.

Desci pra tomar café era umas 11h e dona Neusa lá fora lavando roupa, fui indo lá pra parte de trás do quintal vendo ela colocar umas roupas na máquina.

Neusa: vai pra boca hoje não ? - colocou sabão em pó dentro do bagulinho da máquina.

Ferreira: só mais tarde num tem muita coisa pra resolver por lá hoje, a parada do telão que te falei ontem, já tá resolvido - ela assentiu com a cabeça.

Neusa: Sabe se a Alanny tá em casa ? - tudo dela agora é Alanny, pra mim ninguém liga.

Ferreira: tudo pra tu agora é Alanny, vai lá com ela Neusa - ela me olhou com deboche depois deu risada me abraçando de lado.

Neusa: se tem que parar de ser ciumenta garota - deu um tapinha nas minhas costas. - mas ela tá ou não ?

Ferreira: sei não, ela ia tá resolvendo os bagulho do salão hoje, pintando e limpando lá - ela fechou a máquina e apertou em uns botão que eu não faço a menor ideia do que significa cada um.

Neusa: vou lá daqui a pouco, xingar ela inteira - neguei com a cabeça- e você vai me levar lá hoje, daqui a pouquinho.

Agora eu vi mermo, virei mototáxi nessa porra, tudo sou eu puta que pariu viu.

Ferreira: eu tenho opção ? - ela negou com a cabeça.

Neusa: aliás vocês tão ficando ou algo do tipo ? - fiz mais ou menos com a mão.

Ferreira: ficando sim mas nada sério e pá - ela me olhou indignada.

Neusa: vocês são tudo lerda isso sim - foi entrando pra dentro de casa e eu dei uma meia risada. - mas que que se acha dela filha ? - falou assim que eu apareci na cozinha colocando suco de laranja no meu copo.

Ferreira: sei lá mãe, ela é daorinha - dei um gole do suco.

Ela num falou nada e eu sentei na mesa preparando meu pão.

Terminei de comer e chamei ela pra ir lá, não tinha muita opção então.

Ferreira: bora lá véia - chamei ela com a mão e fui indo junto com ela até a garagem, porque segundo ela, não que sair a pé porque tem uma filha que tem carro, folgada demais igualzinha a Alanny.

Fui pegar a moto e ela quase estouro meu ouvido com um grito.

Neusa: de moto eu não vou, já te falei isso - guardei a chave da moto no bolso e entrei pra dentro do carro dando partida até o bagulho delas.

Estacionei lá e a porta tava fechada, desci do carro e ela tava só encostada já fui logo entrando porque eu sou de casa, tem essa de ficar batendo não.

Ferreira: a mais perfeita chegou - entrei e o chão tava cheio de jornal e elas pintando uma parede de rosa.

Kiara: eu já tô aqui faz tempo - mandou beijo, se acha essa garota.

Olhei bem e as parede ja estavam todas pintadas só tavam passando mais uma demão.

Neusa: cadê a rapariga da Alanny - procurou ela com o olhar e achou ela lixando a porta que tava com massa acrílica.

Alanny: Olha só quem resolveu aparecer, colocou a cara na rua finalmente dona Neusa - agachou lixando a parte de baixo.

Neusa: quem tem que falar isso sou eu garota, nunca mais apareceu lá em casa pra me ver sua vagabunda - ela colocou a mão no peito se fingindo de ofendida.

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora