Capítulo 15

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Ferreira narrando
Capítulo 15

Sai do banho coloquei a primeira bermuda que eu achei no guarda roupa e catei uma camiseta, fui descendo as escadas e minha mãe sentada na cadeira da mesa da cozinha.

Ferreira: bom dia mãe - fui indo até o armário pegando uma caneca pra colocar o café que ela tinha feito.

Dona Neusa: bom dia amor - ô milagre dona Neusa carinhosa, é uma cavala bruta.

Sentei na mesa junto com ela tomando só café porque vou passar lá no restaurante da dona Maria.

Neusa: ô filha - quando ela me chama assim já sei que é pra perguntar alguma coisa lá vem

Ferreira: manda - ela colocou a caneca de café dela na mesa me olhando.

Neusa: por que você não tenta alguma coisa com a Alanny ? - dei risada, eu sabia que era alguma coisa relacionada a doida.

Ferreira: quase fiquei com ela no banheiro do baile mas ela é hétero, não curte mulher - de fato, se ela disse que é hétero posso fazer nada.

Neusa: você tentou ficar com ela ? - perguntou incrédula tava toda feliz a véia.

Ferreira: í mãe nem começa - neguei com a cabeça - nem cria expectativa não, já disse que ela não gosta de mulher. - ela deu de ombros voltando a tomar o café dela.

Ferreira: mas aqui, faz um favor pra mim véia - levantei assim que terminei de tomar o café e coloquei a caneca na pia.

Neusa: não. - ô mulher ruim puta que pariu.

Ferreira: é relacionado a Alanny - virou o pescoço no mesmo momento me olhando

Neusa: diga - ala, tô perdendo minha mãe mesmo

Ferreira: tô querendo o número dela, vou falar que você que pediu pra conversar com ela, aí eu te passo e tu chama ela e depois eu chamo também. - ela deu risada toda animada, minha mãe é um caso perdido.

Ferreira: jaé ? - ela concordou com a cabeça, continuei trocando um papo com ela por um tempo até da 9:40 e eu fui até o Restaurante da mãe da Ravena.

Cheguei lá a doída tava lá também fiquei trocando um papo com ela até chegar a desgraçada da Raica pra infernizar, a Alanny falou umas paradas com ela que eu nem prestei atenção direito fiquei só comendo suavona, terminei de comer e fui direto pra boca.

Nem cheguei direito na boca e uma confusão lá dentro, já mandei geral cala a porra da boca pra tentar entender que porra tava acontecendo.

Ferreira: manda, que porra tá rolando ? - a Aysha me olhou mas não falou nada.

Ferreira: fala caralho, tem boca não? - olhei pra geral que tava ali esperando alguém falar algum bagulho, coisa boa não é.

Alemão: morro ta ameaçado de invasão do rival, ficaram sabendo que se tá de volta e tão querendo te pegar. - era só o que faltava mesmo, mas foda- se vou botar a cara mesmo, correr eu não vou.

Ferreira: da recado pra geral no morro, as 15:00 quero ninguém nas ruas daqui - fico bolada com um bagulho desses porque eles inventam de invadir justamente a tarde que é na onde tá cheio de criança brincando no campo, praça lotada de morador, morador trabalhando.

Geral tudo na atenta esperando pra ver se os fogos já tinham começado, era 16:00 e até agora nada.

Aysha: será que vão invadir mesmo ? Geralmente é as três e pouca que eles inventam de invadir. - tava pensando nisso também, mas não ia ficar zanzando por aí.

A cada passo - romance sáfico Onde histórias criam vida. Descubra agora